quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Federação Nacional dos Sociólogos – FNS


___________________________________________________________________________ Federação Nacional dos Sociólogos – FNS, CNPJ 26.229.666/0001-00, Av. Dona Amália Golin Pagnoncelli, 10 Jd. Rosa de França - CEP: 07081-200 - Guarulhos – SP / e-mail institucional: fns-brasil@hotmail.com (11) 8109-7614 (cel TIM) – 11 – 2485-9463 - www.fns-brasil.org


INFORMATIVO FNS –05/2011
10 de Dezembro –DIA DO SOCIÓLOGO/A

Dia 10 de dezembrocomemoramos o DIA DO SOCIÓLOGO/A. A data relaciona-se a sanção presidencial à Lei 6.888 de 10 de dezembro de 1980, que reconhece a profissão liberal de Sociólogo/a no Brasil e foi proclamado pelos Sindicatos, Associações e Federação Nacional dos Sociólogo(a)s no XIV Congresso Nacional da Categoria, realizado em Natal –RN, abril de 2008.

O sociólogo desenvolve e utiliza um conjunto variado de técnicas e métodos de pesquisa para o estudo das coletividades humanas e interpreta os problemas da sociedade, da política e da cultura. Este profissional atua nas áreas de ensino, pesquisa e planejamento, além de dar consultoria e assessoria a ONGs, empresas privadas e públicas, partidos políticos e associações profissionais, entre outras entidades. A sua formação tem sua matriz em Ciências Sociais e é estruturada tendo como eixo principal, três grandes áreas: sociologia, antropologia e ciência política.



No mundo atual, em que o homem, esta voltado para a individualidade e vem perdendo a compreensão global de sua intervenção na história a sociologiadesempenhaum papel muito importante, em razão de sua própria natureza, podendo cumprir o papel, fundamental, de propiciar uma visão integrada da vida humana e social.


Dessa forma,conclamamos para queem seu Estado ou Cidade, Dia 10 de Dezembro de 2011,promova e comemoreo DIA DO SOCIÓLOGO/A!

Sociólogo Ricardo Antunes de Abreu (DRT 1560 –SP)
Presidente da Federação Nacional dos Sociólogo(a)s -FNS

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

DIA NACIONAL DO SOCIÓLOGO: 10 DE DEZEMBRO

Dia 10 de dezembro comemoramos o DIA DO SOCIÓLOGO. A data relaciona-se a sanção presidencial à Lei 6.888 de 10 de dezembro de 1980, que reconhece a profissão liberal de Sociólogo no Brasil.

O sociólogo desenvolve e utiliza um conjunto variado de técnicas e métodos de pesquisa para o estudo das coletividades humanas e interpreta os problemas da sociedade, da política e da cultura.Este profissional atua nas áreas de ensino, pesquisa e planejamento, além de dar consultoria e assessoria a ONGs, empresas privadas e públicas, partidos políticos e associações profissionais, entre outras entidades. A sua formação tem sua matriz em Ciências Sociais e é estruturada tendo como eixo principal três grandes áreas: sociologia, antropologia e ciência política.

No mundo atual, em que o homem, esta voltado para a individualidade e vem perdendo a compreensão global de sua intervenção na história. A Sociologia desempenha um papel muito importante, em razão de sua própria natureza, podendo cumprir papel, fundamental, de propiciar uma visão integrada da vida humana e social.

A profissão de sociólogo apesar de existir muito antes somente foi reconhecida na década de 80 através da Lei 6.888/80 mesmo assim não delimitou exatamente seu campo de atuação gerando o pleito destes profissionais pela criação de um conselho federal de sociólogos dentro dos objetivos busca disciplinar o exercício da profissão de sociólogo, elevar o prestígio que seu conhecimento desfruta e defender o campo de trabalho pertencente à categoria.

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

RDR DISTRITO 4310 - ROTARACT CLUB


6ª Reunião Ordinária, do Rotaract Nova Odessa, com a vinda do RDR Alexandre Fumes.Reunião realizada nas dependências da Casa Noturna "NOCANTO" em Nova Odessa.

Reunião realizada no dia 06/11/2011 - nas dependências do NOCANTO ! Vinda do RDR Alexandre Godinez, juntamente com a presença da Presidenta do RCT SBO Allana Dias !

ABC do RotaractianoInformações de suma importância a todos os Rotaractianos, e que poucos conhecem, está aqui para que todos saibam..
Ano rotário: ano que se inicia em 1º de julho e termina em 30 de junho do ano subseqüente. É o tempo de gestão de um Conselho de Club ou do RI.
Arquivo Nacional: é um programa da OMIR-Brasil, que visa promover a divulgação dos projetos já realizados para os Clubs de todo o Brasil.
ASR: Associação de Senhoras de Rotarianos, é o mesmo que a Casa da Amizade, onde as esposas dos rotarianos se reúnem e criam eventos beneficentes.
Caixa Distrital: todos os Clubs mandam uma contribuição por cada sócio do Club, ou por outro motivo qualquer, que é utilizada para cobrir os gastos do distrito.
Carteirinha de sócio: é a carteira de identificação de um sócio, que leva o nome do associado, o Club, a assinatura do secretário e outros campos padronizados.
Casa da Amizade: é o mesmo que a ASR – Associação de Senhoras de Rotarianos.
CLARI: é a sigla para Conferência Latino-Americana de Rotaract e Interact Clubs.
Clube de Serviço: é um Clube que tem a função de promover eventos e projetos que beneficie a sociedade, principalmente os mais carentes.
Clube padrinho: é o Clube que deu incentivo, coordenou ajudou na fundação de outro Clube.
Clube patrocinador: é o Rotary Club que patrocina a fundação de um Rotaract Club. O Rotary patrocinador está sempre prestando auxílio às necessidades dos Rotaract Clubs.
Comissão: é um grupo de sócios que trabalham especificamente para um objetivo dentro do Club ou do distrito.
Companheiro: é o termo utilizado para dirigir-se a algum sócio do Club. Em todos os Clubs do mundo, os sócios se tratam como companheiros.
Companheiro Paul Harris: é uma pessoa que foi condecorada com um título Paul Harris.
CODIRC: é a sigla de Conferência Distrital de Rotaract Clubs.
CONARC: é a sigla de Conferência Nacional de Rotaract Clubs.
Conferência Distrital: reunião os sócios de todos os Clubs de alguns distritos, onde são conferidos os projetos e eventos realizados durante a gestão. Normalmente, acontece em junho ou julho. Nas conferências distritais do Rotary, normalmente o último dia é dedicado aos jovens do Interact e Rotaract, quando acontecem palestras e eventos relacionados aos jovens.
Conselho Diretor: é o grupo de dirigentes de um Club, a maioria das decisões dos mesmos é tomada pelos mesmos.
Conselho Distrital: é o grupo de dirigentes que coordena um determinado distrito. Eles são eleitos por todos os Clubs e representarão o distrito perante o RI.
Dirigentes: é o grupo de pessoas que estão em determinados cargos dentro do Club e tem a função de dirigi-lo e coordená-lo da melhor forma possível.
Distintivo: é uma peça que serve para identificar o sócio ou um cargo dentro do Club ou do distrito. Ele é usado na lapela da camisa e reforça o companheirismo dos sócios.
Distrito: área geográfica que engloba cidades e Clubs, é uma divisão utilizada para melhor ser a atuação do RI sobre os Clubs. Cada distrito conta com um governador.
ENPARC: sigla para Encontro PAULISTA de Rotaract Clubs.
Estatutos: são diretrizes prescritas pelo RI para o Programa Rotaract.
Fundação Rotária: é um fundo de doações para o Rotary, com a finalidade de espalhar o bem em todo o mundo, através da caridade, da educação e de várias outras maneiras.
Governador: é a pessoa eleita para coordenar todas as ações e todo o desenvolvimento dos Clubs de um distrito. Eles prestam contas ao RI de tudo o que ocorre em seu distrito. Uma pessoa nunca perde o título de governador, isto é, uma vez governador, ele será sempre tratado como governador.
Interact Club: é um Clube de serviços para jovens de 14 a 18 anos que tem como o objetivo trabalhar pelo bem da comunidade e prestar serviços aos necessitados.
INTEROTA: sigla para Encontro Internacional de Rotaract Clubs.
Lema rotário: é o lema ou pensamento adotado todo ano por um presidente de RI.
OMIR-Brasil: Organização Multidistrital de Informação de Rotaract. No Brasil, foi criada em 1991 para aumentar o intercambio de informações entre os Rotaract Clubs.
Official Directory: é um CD lançado anualmente que trazem informações sobre todos os Clubs do mundo.
Paul Harris: fundador do RI – Rotary International.
Pólio Plus: Programa da Fundação Rotária que tem como objetivo erradicar a Poliomielite do mundo. Foi implantado em 1985, com a esperança de concluir seus trabalhos no ano de 2005.
Presidente de RI: é o cargo máximo do Rotary International que coordena todos os programas em nível mundial. Ele preside o Conselho mundial de RI.
Quota: é a quantia paga todo mês ou todo bimestre no Club. Este dinheiro vai para o caixa do Club e serve para cobrir gastos e realizar eventos e projetos.
RDR: Representante Distrital de Rotaract, é autoridade máxima no Rotaract de um distrito. É ele quem coordena todas as ações do distrito durante o período de um ano rotário.
Recuperação: é o termo utilizado para uma pessoa compensar uma falta à reunião do Club. Essa recuperação pode ser adquirida na reunião de outro Club ou em evento relacionado ao Rotary, Rotaract ou Interact. Um sócio pode recuperar no máximo 70% da presença, pois deve ir no mínimo a 30% da reunião de seu cube e ter freqüência total de 60% no mês.
Regimento Interno: diretrizes definidas pelo Rotaract Club para que se possa melhor organizar e dirigir o Club. O Regimento deve ser autorizado pelo Club Patrocinador.
REPRESE: reunião de Presidente e Secretários, que ocorre mensalmente para resolver as questões burocráticas do distrito.
Rotakids: Clube de serviços que agrupa crianças de até 14 anos, no intuito de fazer o bem através de ações simples, porém significativas junto com seus Rotary Clubs patrocinadores.
Rotaract: é um clube de serviços para jovens de 18 a 30 anos que tem como objetivo trabalhar pelo bem da comunidade e prestar serviços aos necessitados.
Rotary Club: clube de serviços para pessoas acima de 30 anos ou profissionais liberais. Tem o objetivo de promover o bem para a comunidade.
Rotary International: Organização Internacional fundada em 1905 por Paul Harris. Seu objetivo é coordenador todos os Rotary Clubs do mundo.
RYLA: Rotary Youth Leadership Awards, programa de liderança para jovens, que é patrocinado por um Rotary Club.
SÍMBOLOS
Lapela (Pin)
Sem dúvida é o símbolo mais próximo e constante de cada rotaractiano. O uso do pin demonstra o comprometimento não só com o clube, mas principalmente com os ideais de Rotaract. Com ele poderá ser reconhecido por demais integrantes e até mesmo despertar oportunidades para divulgação de rotaract. O pin deve ser adotado como item básico do dia-a-dia, e quem o usa, deve ter a consciência que é um representante de uma organização internacional com princípios sólidos. O pin sempre deve ser usado do lado esquerdo, representando afeto.
Bandeiras (Pavilhão)Representam a face cívica de Rotary, respeitando cada nação e etnia, bem como valorizando o amor de cada companheiro detém a causa rotária. A saudação ao pavilhão (palmas) é rotina cerimonial em qualquer cerimônia rotária. Dispensável tratarmos sobre a necessidade do respeito a este símbolo, porém é interessante e útil sugerirmos a seguinte ordem no pavilhão (visão frontal): Rotaract/ Rotary/ Estado/ País/ Município/ ASR/ Interact.
Sino
É o instrumento de autoridade dentro de uma reunião, o que possibilita ao presidente a condução dos trabalhos de forma respeitosa e cerimonial.
REUNIÕES
Objetivos
Sua principal função é dinamizar as atividades do clube, tratando de temas e projetos, dentro de pautas organizadas conforme as prioridades. A reunião é a materialização do que conhecemos como organização dentro do clube. Sem reunião não existe Rotaract.
FormalidadesPelo próprio perfil de Rotaract é impossível tratarmos de formalidade de forma semelhante a Rotary, mas isso não significa que não exista ordem e decência. Uma reunião organizada demonstra a maturidade do clube. Existe uma grande distinção entre um encontro de amigos e uma reunião, sendo um desafio conciliarmos tais antagonismos. Se o objetivo da reunião for simplesmente rever os amigos não seria necessário ser rotaractiano, ao mesmo passo não faria sentido falarmos de força e união sem a existência de amigos.
Cronograma básicoSaudação ao pavilhão
Momento de reflexão
Protocolo de abertura
Expediente de secretaria
Expediente de tesouraria
Instrução Rotaractiana
Expediente das comissões
Palavra para companheiros
Palavra para visitantes
Palavra do presidente
Encerramento
Companheirismo
FREQUÊNCIA
Recuperação
É obrigação estatutária de o sócio comparecer a, no mínimo, 60% das reuniões mensais do clube. A falta de uma reunião pode ser suprida com uma recuperação. Recuperação é um certificado de presença fornecida pelo clube visitado. Deve ser requerida junto ao secretário do clube visitado ao final da reunião. Recuperações são válidas para suprirem faltas em reuniões ocorridas até 15 dias, antes ou depois da visita ao clube. O visitante que está na reunião para suprir a falta em seu clube (recuperar) é chamado de recuperante.
Sócio 100%A secretaria do clube poderá fornecer certificados ou pins comemorativos aos companheiros que obtiveram ao longo da gestão 100% de freqüência, ou seja, participaram de todas as atividades do clube ou, se em caso de faltas, recuperaram.
Nomenclaturas
Visitante: companheiro (ou não) que visita sem finalidade de recuperar;
Recuperante: companheiro que visita para recuperar falta em seu clube;
Convidado: potencial rotaractiano, ou acompanhante, que foi trazido por sócio ou rotariano.
REGULAMENTOSPara melhor estudo e conhecimento de Rotaract esta a disposição de qualquer cidadão do mundo os seguintes documentos:
Manual do Rotaract: informações básicas e instruções sobre como fundar um Rotaract
Estatutos Prescritos, Regimento Interno Prescrito e Declaração de Normas para o Rotaract: regulamentos instituídos pelo Rotary Internacional e obrigatório a todos os Rotaract Clubs do Mundo
Regimento Distrital de Rotaract – Distrito 4310: instrumento regulador de nosso distrito elaborado e aperfeiçoado por rotaractianos ao longo dos anos e aprovado em reuniões distritais.
Regimento Multi-distrital de Rotaract: instrumento elaborado e aprovado por RDR’s do Brasil em reuniões multidistritais promovidas pela OMIR Brasil.
EVENTOS
ADIRC (Assembléia Distrital de Rotaract Clubs): evento destinado à capacitação de cargos e líderes para próxima gestão. A grade da programação e os treinamentos devem ser organizados pelo Representante Distrital entrante.
CODIRC (Conferência Distrital de Rotaract Clubs): principal evento rotaractiano de um distrito, onde ocorre a transmissão de cargos de Representantes Distritais, bem como encerramento da gestão e premiações.
ENPARC (Encontro Paulista de Rotaracts Club): encontro destinado exclusivamente à confraternização dos distritos de São Paulo. CONARC (Conferência Nacional de Rotaract Clubs): o mais importante evento rotaractiano do Brasil, reunindo todo o país. É organizado pela OMIR Brasil. Tem como finalidade confraternizar companheiros e premiação de projetos, além de palestras.
CLARI (Conferência Latino-americana de Clubes Rotaract e Interact): Evento latino-americano realizado a cada dois anos.
INTEROTA (Conferência Internacional de Rotaract): evento de nível internacional ocorrido a cada três anos.
Encontro Rotaract Pré-Convenção: evento oficial internacional destinada a Rotaract. Ocorre antes do início da Convenção Internacional de Rotary, sempre na mesma cidade e instalações.
Como se associar ao Rotaract?
Informações para associados em potencial
Agradecemos seu interesse em tornar-se rotaractiano. Consideramos o quadro social altamente importante e estamos sempre à disposição para ouvir as idéias daqueles interessados em associar-se e conhecer melhor nossa missão.
O Rotaract refina o caráter e o espírito. Emanam altos padrões éticos, profissionais, humanitários, de tolerância e amor ao próximo, criando um ambiente mais propício à paz e à compreensão mundial. Em todas as situações, o Rotaract sempre acaba beneficiando pelo menos duas pessoas: aquela que dá e aquela que recebe. Uma criança enferma, faminta, sedenta, desabrigada, analfabeta, sem futuro nem esperanças, encontra no Rotaract quem a beneficie legando-lhe uma vida mais digna. O rotaractiano que ajuda a esse ser, cresce e cumpre a real razão de sua existência, que é servir aos outros, tornando a pessoa mais saudável, emocional e espiritualmente, enfim, um ser humano melhor.
Rotaractianos são pessoas com idade entre dezoito e trinta anos, preferencialmente universitários ou jovens que estão iniciando suas carreiras profissionais e associados a um Rotaract Club. Contudo, só isso não basta. O rotaractiano tem muitas responsabilidades que vão muito além das responsabilidades de um jovem comum. Ele tem um compromisso não só com o clube, mas com sua comunidade, que necessita de seu trabalho.
Por isso os critérios de seleção de sócios devem ser observados com muita atenção. Rotaractianos em potencial devem preencher, antes de mais nada, os quesitos de caráter, responsabilidade e liderança. Caráter, porque o rotaractiano deve ser um exemplo para os demais jovens da sua comunidade; responsabilidade, porque haverá uma população inteira esperando que o rotaractiano tome uma atitude; liderança porque é natural esperar que o rotaractiano, tendo caráter e responsabilidade, seja um líder aceito e respeitado.
Processo de afiliação Em geral, associados potenciais são convidados a assistir uma ou mais reuniões para familiarizar-se com o Rotaract. Posteriormente, seus nomes são encaminhados à comissão do quadro social do clube.

Maria Tigani Tognella - Dona Mariquinha !!!

DECRETO Nº 607 DE 23 AGOSTO DE 1.982
“Denomina MARIA TIGANI TOGNELLA a Rua Dois do loteamento Jardim Planalto”.


MANOEL SAMARTIN, Prefeito do Município de Nova Odessa, Estado de São Paulo, no uso das atribuições que lhe confere o inciso XIX, do artigo 39, do Decreto-Lei Complementar nº9 de 31 de Dezembro de 1.969 (Lei Orgânica dos Municípios), e,
CONSIDERANDO que ao Município compete a denominação / das vias públicas com nomes, datas e fatos que sirvam de exemplo às gerações vindouras e de reconhecimento e respeito da comunidade;
CONSIDERANDO ainda, que de conformidade com os dados biográficos que fazem parte do anexo a este Decreto, a homenageada, MARIA TIGANI TOGNELLA, se torna merecedora da justa homenagem do povo novaodessense.

DECRETA
ART. 1º) – Fica denominada MARIA TIGANI TOGNELLA a Rua Dois do loteamento Jardim Planalto, em nosso Município.
ART. 2º) – Este Decreto entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário.
PREFEITURA MUNICIPAL DE NOVA ODESSA, 23 de Agosto de 1.982

MANOEL SAMARTIN
Prefeito Municipal

Publicado na Secretaria desta Prefeitura, na mesma data.

JOSÉ PEREIRA DE ARAUJO
P/SECRETARIA



ANEXO DO DECRETO Nº 607 DE 23 DE AGOSTO DE 1982

FICHA BIOGRÁFICA: MARIA TIGANI TOGNELLA

Dona MARIA TIGANI TOGNELLA nasceu a 20 de abril de 1920 e faleceu a 30 de novembro de 1975, com 55 anos de idade.
Nasceu em Piracicaba, veio para Nova Odessa em 1952 e estabeleceu-se como comerciante proprietária de restaurante Dona Maria atendia aos funcionários da FEPASA, PREFEITURA, S/A TEXTIL NOVA ODESSA e fornecia alimentação gratuita aos guardinhas da AVANO.
Quando da inauguração do prédio da Prefeitura muita gente importante foi servida em seu restaurante entre elas Chico Amaral ex-prefeito de Campinas, Ari Normanton Deputado Federal, Jamil Gadia Deputado Estadual e diversos jornalistas de Campinas.
Filha de Maria Anselmo Tigani e Francesco Tigani, casou-se com Alarico Tognella do qual teve o seu único filho, Luiz Antônio Tognella conhecido como Dedi.
Começou a trabalhar com 12 anos na lavoura e já em Nova Odessa foi proprietária de diversos restaurantes, entre eles a Pensão São Jorge que ficava na Av. Carlos Botelho 057, antiga Prefeitura, restaurante próximo a Praça José Gazzetta onde atualmente está o Restaurante e Lanchonete Casarão, outro ficava na Av. Carlos Botelho, 120, onde Atualmente reside Dona Benedicta de Oliveira Magrin e na Rua Rio Branco, 158 onde está atualmente localizado a Junta de Serviço Militar.
Seu filho Dedi é casado com Dona Vita Rosa Tognella e tem dois filhos: Luiz Antônio Tognella Júnior e Tiago Rosa Tognella.

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Viva a República !!!




Proclamação da República do Brasil
A Proclamação da República Brasileira foi um levante político-militar ocorrido em 15 de novembro de 1889 que instaurou a forma republicana federativa presidencialista de governo no Brasil, derrubando a monarquia constitucional parlamentarista do Império do Brasil e, por conseguinte, pondo fim à soberania do imperador Pedro II. Foi, então, proclamada a República dos Estados Unidos do Brasil.
A proclamação ocorreu na Praça da Aclamação (atual Praça da República), na cidade do Rio de Janeiro, então capital do Império do Brasil, quando um grupo de militares do exército brasileiro, liderados pelo marechal Deodoro da Fonseca, destituiu o imperador e assumiu o poder no país.
Foi instituído, naquele mesmo dia 15, um governo provisório republicano. Faziam parte, desse governo, organizado na noite de 15 de novembro de 1889, o marechal Deodoro da Fonseca como presidente da república e chefe do Governo Provisório; o marechal Floriano Peixoto como vice-presidente; como ministros, Benjamin Constant Botelho de Magalhães, Quintino Bocaiuva, Rui Barbosa, Campos Sales, Aristides Lobo, Demétrio Ribeiro e o almirante Eduardo Wandenkolk, todos membros regulares da maçonaria brasileira.
A Situação Política do Brasil em 1889O governo imperial, através do 37º e último gabinete ministerial, empossado em 7 de junho de 1889, sob o comando do presidente do Conselho de Ministros do Império, Afonso Celso de Assis Figueiredo, o Visconde de Ouro Preto, do Partido Liberal, percebendo a difícil situação política em que se encontrava, apresentou, em uma última e desesperada tentativa de salvar o império, à Câmara-Geral, atual câmara dos deputados, um programa de reformas políticas do qual constavam, entre outras, as medidas seguintes: maior autonomia administrativa para as províncias, liberdade de voto, liberdade de ensino, redução das prerrogativas do Conselho de Estado e mandatos não vitalícios para o Senado Federal. As propostas do Visconde de Ouro Preto visavam a preservar o regime monárquico no país, mas foram vetadas pela maioria dos deputados de tendência conservadora que controlava a Câmara Geral. No dia 15 de novembro de 1889, a república era proclamada.



A Perda de Prestígio da Monarquia BrasileiraMuitos foram os fatores que levaram o Império a perder o apoio de suas bases econômicas, militares e sociais. Da parte dos grupos conservadores pelos sérios atritos com a Igreja Católica (na "Questão Religiosa"); pela perda do apoio político dos grandes fazendeiros em virtude da abolição da escravatura, ocorrida em 1888, sem a indenização dos proprietários de escravos.
Da parte dos grupos progressistas, havia a crítica que a monarquia mantivera, até muito tarde, a escravidão no país. Os progressistas criticavam, também, a ausência de iniciativas com vistas ao desenvolvimento do país (fosse econômico]], político ou social), a manutenção de um regime político de castas e o voto censitário, isto é, com base na renda anual das pessoas, a ausência de um sistema de ensino universal, os altos índices de analfabetismo e de miséria e o afastamento político do Brasil em relação a todos demais países do continente, que eram republicanos.
Assim, ao mesmo tempo em que a legitimidade imperial decaía, a proposta republicana - percebida como significando o progresso social - ganhava espaço. Entretanto, é importante notar que a legitimidade do Imperador era distinta da do regime imperial: Enquanto, por um lado, a população, de modo geral, respeitava e gostava de dom Pedro II, por outro lado, tinha cada vez em menor conta o próprio império. Nesse sentido, era voz corrente, na época, que não haveria um terceiro reinado, ou seja, a monarquia não continuaria a existir após o falecimento de dom Pedro II, seja devido à falta de legitimidade do próprio regime monárquico, seja devido ao repúdio público ao príncipe consorte, marido da princesa Isabel, o francês Conde D'Eu).
Embora a frase de Aristides Lobo (jornalista e líder republicano paulista, depois feito ministro do governo provisório), "O povo assistiu bestializado" à proclamação da república, tenha entrado para a história, pesquisas históricas, mais recentes, têm dado outra versão à aceitação da república entre o povo brasileiro. É o caso da tese defendida por Maria Tereza Chaves de Mello (A República Consentida, Editora da FGV, EDUR, 2007), que indica que a república, antes e depois da proclamação, era vista popularmente como um regime político que traria o desenvolvimento, em sentido amplo, para o país.



Antecedentes da Proclamação da RepúblicaA partir da década de 1870, como consequência da Guerra do Paraguai (também chamada de Guerra da Tríplice Aliança) (1864-1870), foi tomando corpo a ideia de alguns setores da elite de alterar o regime político vigente. Fatores que influenciaram esse movimento:
O imperador dom Pedro II não possuía filhos, apenas filhas. O trono seria ocupado, após a sua morte, por sua filha mais velha, a princesa Isabel, casada com um francês, Gastão de Orléans, Conde d'Eu, o que gerava o receio em parte da população de que o país fosse governado por um estrangeiro.
O fato de os negros terem ajudado o exército na Guerra do Paraguai e, quando retornaram ao país, permaneceram como escravos, ou seja, não ganharam a alforria de seus donos.


A Crise EconômicaA crise econômica agravou-se em função das elevadas despesas financeiras geradas pela Guerra da Tríplice Aliança, cobertas por capitais externos. Os empréstimos brasileiros elevaram-se de 3 000 000 de libras esterlinas em 1871 para quase 20 000 000 em 1889, o que causou uma inflação da ordem de 1,75 por cento ao ano.
A Questão AbolicionistaA questão abolicionista impunha-se desde a abolição do tráfico negreiro em 1850, encontrando viva resistência entre as elites agrárias tradicionais do país. Diante das medidas adotadas pelo Império para a gradual extinção do regime escravista, devido a repercussão da experiência mal sucedida nos Estados Unidos de libertação geral dos escravos ter levado aquele país à guerra civil, essas elites reivindicavam do Estado indenizações proporcionais ao preço total que haviam pago pelos escravos a serem libertados por lei. Estas indenizações seriam pagas com empréstimo externo.
Com a decretação da Lei Áurea (1888), e ao deixar de indenizar esses grandes proprietários rurais, o império perdeu o seu último pilar de sustentação. Chamados de "republicanos de última hora", os ex-proprietários de escravos aderiram à causa republicana.
Na visão dos progressistas, o Império do Brasil mostrou-se bastante lento na solução da chamada "Questão Servil", o que, sem dúvida, minou sua legitimidade ao longo dos anos. Mesmo a adesão dos ex-proprietários de escravos, que não foram indenizados, à causa republicana, evidencia o quanto o regime imperial estava atrelado à escravatura.
Assim, logo após a princesa Isabel assinar a Lei Áurea, João Maurício Wanderley, Barão de Cotegipe, o único senador do império que votou contra o projeto de abolição da escravatura, profetizou:



"A senhora acabou de redimir uma raça e perder um trono!"
— Barão de Cotegipe
A Questão ReligiosaDesde o período colonial, a Igreja Católica, enquanto instituição, encontrava-se submetida ao estado. Isso se manteve após a independência e significava, entre outras coisas, que nenhuma ordem do Papa poderia vigorar no Brasil sem que fosse previamente aprovada pelo imperador (Beneplácito Régio). Ocorre que, em 1872, Vital Maria Gonçalves de Oliveira e Antônio de Macedo Costa, bispos de Olinda e Belém do Pará respectivamente, resolveram seguir, por conta própria, as ordens do Papa Pio IX, não ratificadas pelo imperador e pelos presidentes do Conselho de Ministros, punindo religiosos ligados à maçonaria.
D. Pedro II, aconselhado pelos maçons, decidiu intervir na questão, solicitando aos bispos que suspendessem as punições. Estes se recusaram a obedecer ao imperador, sendo condenados a quatro anos de trabalho braçal (quebrar pedras). Em 1875, graças à intervenção do maçom Duque de Caxias, os bispos receberam o perdão imperial e foram colocados em liberdade. Contudo, no episódio, a imagem do império desgastou-se junto à Igreja Católica.
A Questão MilitarOs militares do Exército Brasileiro estavam descontentes com a proibição, imposta pela monarquia, pela qual os seus oficiais não podiam manifestar-se na imprensa sem uma prévia autorização do Ministro da Guerra. Os militares não possuíam uma autonomia de tomada de decisão sobre a defesa do território, estando sujeitos às ordens do imperador e do Gabinete de Ministros, formado por civis, que se sobrepunham às ordens dos generais. Assim, no império, a maioria dos ministros da guerra eram civis.
Além disso, frequentemente os militares do Exército Brasileiro sentiam-se desprestigiados e desrespeitados. Por um lado, os dirigentes do império eram civis, cuja seleção era extremamente elitista e cuja formação era bacharelesca, mas que resultava em postos altamente remunerados e valorizados; por outro lado, os militares tinham uma seleção mais democrática e uma formação mais técnica, mas que não resultavam nem em valorização profissional nem em reconhecimento político, social ou econômico. As promoções na carreira militar eram difíceis de serem obtidas e eram baseadas em critérios personalistas em vez de promoções por mérito e antiguidade.
A Guerra do Paraguai, além de difundir os ideais republicanos, evidenciou aos militares essa desvalorização da carreira profissional, que se manteve e mesmo acentuou-se após o fim da guerra. O resultado foi a percepção, da parte dos militares, de que se sacrificavam por um regime que pouco os consideravam e que dava maior atenção à Marinha do Brasil.


A Atuação dos PositivistasDurante a Guerra do Paraguai, o contato dos militares brasileiros com a realidade dos seus vizinhos sul-americanos levou-os a refletir sobre a relação existente entre regimes políticos e problemas sociais. A partir disso, começou a desenvolver-se, tanto entre os militares de carreira quanto entre os civis convocados para lutar no conflito, um interesse maior pelo ideal republicano e pelo desenvolvimento econômico e social brasileiro.
Dessa forma, não foi casual que a propaganda republicana tenha tido, por marco inicial, a publicação do manifesto Republicano em 1870 (ano em que terminou a Guerra do Paraguai), seguido pela Convenção de Itu em 1873 e pelo surgimento dos clubes republicanos, que se multiplicaram, a partir de então, pelos principais centros no país.
Além disso, vários grupos foram fortemente influenciados pela maçonaria (Deodoro da Fonseca era maçom, assim como todo seu ministério) e pelo positivismo de Auguste Comte, especialmente, após 1881, quando surgiu a igreja Positivista do Brasil. Seus diretores, Miguel Lemos e Raimundo Teixeira Mendes, iniciaram uma forte campanha abolicionista e republicana.
A propaganda republicana era realizada pelos que, depois, foram chamados de "republicanos históricos" (em oposição àqueles que se tornaram republicanos apenas após o 15 de novembro, chamados de "republicanos de 16 de novembro").
As ideias de muitos dos republicanos eram veiculadas pelo periódico A República. Segundo alguns pesquisadores, os republicanos dividiam-se em duas correntes principais:
Os evolucionistas, que admitiam que a proclamação da república era inevitável, não justificando uma luta armada;
Os revolucionistas, que defendiam a possibilidade de pegar em armas para conquistá-la, com mobilização popular e com reformas sociais e econômicas.
Embora houvesse diferenças entre cada um desses grupos no tocante às estratégias políticas para a implementação da república e também quanto ao conteúdo substantivo do regime a instituir, a ideia geral, comum aos dois grupos, era a de que a república deveria ser um regime progressista, contraposto à exausta monarquia. Dessa forma, a proposta do novo regime revestia-se de um caráter social revolucionário e não apenas do de uma mera troca dos governantes.



O Golpe Militar de 15 de Novembro de 1889No Rio de Janeiro, os republicanos insistiram para o Marechal Deodoro da Fonseca, um monarquista, para que ele chefiasse o movimento revolucionário que substituiria a monarquia pela república. Depois de muita insistência dos revolucionários, Deodoro da Fonseca concordou em liderar o movimento militar.
O golpe militar, que estava previsto para 20 de novembro de 1889, teve de ser antecipado. No dia 14, os conspiradores divulgaram o boato de que o governo havia mandado prender Benjamin Constant Botelho de Magalhães e Deodoro da Fonseca. Posteriormente confirmou-se que era mesmo boato. Assim, os revolucionários anteciparam o golpe de estado, e, na madrugada do dia 15 de novembro, Deodoro iniciou o movimento de tropas do exército que pôs fim ao regime monárquico no Brasil.
Os conspiradores dirigiram-se à residência do marechal Deodoro, que estava doente com dispneia,[1] e convencem-no a liderar o movimento.
Com esse pretexto de que Deodoro seria preso, ao amanhecer do dia 15 de Novembro, o marechal Deodoro da Fonseca, saiu de sua residência, atravessou o Campo de Santana, e, do outro lado do parque, conclamou os soldados do batalhão ali aquartelado, onde hoje se localiza o Palácio Duque de Caxias, a se rebelarem contra o governo. Oferecem um cavalo ao marechal, que nele montou, e, segundo testemunhos, tirou o chapéu e proclamou "Viva a República!". Depois apeou, atravessou novamente o parque e voltou para a sua residência. A manifestação prosseguiu com um desfile de tropas pela Rua Direita, atual rua 1º de Março, até o Paço Imperial.
Os revoltosos ocuparam o quartel-general do Rio de Janeiro e depois o Ministério da Guerra. Depuseram o Gabinete ministerial e prenderam seu presidente, Afonso Celso de Assis Figueiredo, Visconde de Ouro Preto.
No Paço Imperial, o presidente do gabinete (primeiro-ministro), Visconde de Ouro Preto, havia tentando resistir pedindo ao comandante do destacamento local e responsável pela segurança do Paço Imperial, general Floriano Peixoto, que enfrentasse os amotinados, explicando ao general Floriano Peixoto que havia, no local, tropas legalistas em número suficiente para derrotar os revoltosos. O Visconde de Ouro Preto lembrou a Floriano Peixoto que este havia enfrentado tropas bem mais numerosas na Guerra do Paraguai. Porém, o general Floriano Peixoto recusou-se a obedecer às ordens dadas pelo Visconde de Ouro Preto e assim justificou sua insubordinação, respondendo ao Visconde de Ouro Preto:



Sim, mas lá (no Paraguai) tínhamos em frente inimigos e aqui somos todos brasileiros!
— Floriano Peixoto[2]



Em seguida, aderindo ao movimento republicano, Floriano Peixoto deu voz de prisão ao chefe de governo Visconde de Ouro Preto.
O único ferido no episódio da proclamação da república foi o Barão de Ladário que resistiu à ordem de prisão dada pelos amotinados e levou um tiro. Consta que Deodoro não dirigiu crítica ao Imperador D. Pedro II e que vacilava em suas palavras. Relatos dizem que foi uma estratégia para evitar um derramamento de sangue. Sabia-se que Deodoro da Fonseca estava com o tenente-coronel Benjamin Constant ao seu lado e que havia alguns líderes republicanos civis naquele momento.
Na tarde do mesmo dia 15 de novembro, na Câmara Municipal do Rio de Janeiro, foi solenemente proclamada a República.
À noite, na Câmara Municipal do Município Neutro, o Rio de Janeiro, José do Patrocínio redigiu a proclamação oficial da República dos Estados Unidos do Brasil, aprovada sem votação. O texto foi para as gráficas de jornais que apoiavam a causa, e, só no dia seguinte, 16 de novembro, foi anunciado ao povo a mudança do regime político do Brasil.
Dom Pedro II, que estava em Petrópolis, retornou ao Rio de Janeiro. Pensando que o objetivo dos revolucionários era apenas substituir o Gabinete de Ouro Preto, o Imperador D. Pedro II tentou ainda organizar outro gabinete ministerial, sob a presidência do conselheiro José Antônio Saraiva. O imperador, em Petrópolis, foi informado e decidiu descer para a Corte. Ao saber do golpe de estado, o Imperador reconheceu a queda do Gabinete de Ouro Preto e procurou anunciar um novo nome para substituir o Visconde de Ouro Preto. No entanto, como nada fora dito sobre República até então, os republicanos mais exaltados, tendo Benjamin Constant à frente, espalharam o boato de que o Imperador escolheria Gaspar Silveira Martins, inimigo político de Deodoro da Fonseca desde os tempos do Rio Grande do Sul, para ser o novo chefe de governo. Com este engodo, Deodoro da Fonseca foi convencido a aderir à causa republicana. O Imperador foi informado disso e, desiludido, decidiu não oferecer resistência.
No dia seguinte, o major Frederico Sólon Sampaio Ribeiro entregou a D. Pedro II uma comunicação, cientificando-o da proclamação da república e ordenando sua partida para a Europa, a fim de evitar conturbações políticas. A família imperial brasileira exilou-se na Europa, só lhes sendo permitida a sua volta ao Brasil na década de 1920. == É possível considerar a legitimidade ou não da república no Brasil por diferentes ângulos.
Do ponto de vista do Código Criminal do Império do Brasil, sancionado em 16 de dezembro de 1830, o crime cometido pelos republicanos foi:
"Artigo 87: Tentar diretamente, e por fatos, destronizar o imperador; privá-lo em todo, ou em parte da sua autoridade constitucional; ou alterar a ordem legítima da sucessão. Penas de prisão com trabalho por cinco a quinze anos. Se o crime se consumar: Penas de prisão perpétua com trabalho no grau máximo; prisão com trabalho por vinte anos no médio; e por dez anos no mínimo."



O Visconde de Ouro Preto, deposto em 15 de novembro, entendia que a proclamação da república fora um erro e que o Segundo Reinado tinha sido bom, e, assim se expressou em seu livro "Advento da Ditadura Militar no Brasil":



O Império não foi a ruína. Foi a conservação e o progresso. Durante meio século, manteve íntegro, tranquilo e unido território colossal. O império converteu um país atrasado e pouco populoso em grande e forte nacionalidade, primeira potência sul-americana, considerada e respeitada em todo o mundo civilizado. Aos esforços do Império, principalmente, devem três povos vizinhos deveram o desaparecimento do despotismo mais cruel e aviltante. O Império aboliu de fato a pena de morte, extinguiu a escravidão, deu ao Brasil glórias imorredouras, paz interna, ordem, segurança e, mas que tudo, liberdade individual como não houve jamais em país algum. Quais as faltas ou crimes de dom Pedro II, que em quase cinquenta anos de reinado nunca perseguiu ninguém, nunca se lembrou de uma ingratidão, nunca vingou uma injúria, pronto sempre a perdoar, esquecer e beneficiar? Quais os erros praticados que o tornou merecedor da deposição e exílio quando, velho e enfermo, mais devia contar com o respeito e a veneração de seus concidadãos? A república brasileira, como foi proclamada, é uma obra de iniquidade. A república se levantou sobre os broqueis da soldadesca amotinada, vem de uma origem criminosa, realizou-se por meio de um atentado sem precedentes na história e terá uma existência efêmera!— Visconde de Ouro Preto



O movimento de 15 de Novembro de 1889 não foi o primeiro a buscar a república, embora tenha sido o único efetivamente bem-sucedido, e, segundo algumas versões, teria contado com apoio tanto das elites nacionais e regionais quanto da população de um modo geral:
Em 1788-1789, a Inconfidência Mineira e Tiradentes não buscavam apenas a independência, mas também, a proclamação de uma república na Capitania das Minas Gerais, seguida de uma série de reformas políticas, econômicas e sociais;
Em 1824, diversos estados do Nordeste criaram um movimento independentista, dentre elas a Confederação do Equador, igualmente republicana;
Em 1839, na esteira da Revolução Farroupilha, proclamaram-se a República Rio-grandense e a República Juliana, respectivamente no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina.
Embora se argumente que não houve participação popular no movimento que terminou com o regime monárquico e implantou a república, o fato é que também não houve manifestações populares de apoio à monarquia, ao imperador ou de repúdio ao novo regime.
Alguns pesquisadores[quem?] argumentam que, caso a monarquia fosse popular, haveria movimentos contrários à república em seguida, além da Guerra de Canudos. Entretanto, segundo outros pesquisadores[quem?], o que teria ocorrido foi uma crescente conscientização a respeito do novo regime e sua aprovação pelos mais diferentes setores da sociedade brasileira. Versão oposta é dada pela pesquisadora, Maria de Lourdes Mônaco Janoti, no livro Os Subversivos da República, no qual relata o medo que tiveram os republicanos, nas primeiras décadas da república, em relação a uma possível restauração da monarquia no Brasil. Maria Janoti mostra também, em seu livro, a repressão forte, por parte dos republicanos, a toda tentativa de se organizar grupos políticos monárquicos naquela época.
Neste sentido, um caso notável de resistência à república foi o do líder abolicionista José do Patrocínio, que, entre a abolição da escravatura e a proclamação da república, manteve-se fiel à monarquia, não por uma compreensão das necessidades sociais e políticas do país, mas, romanticamente, apenas devido a uma dívida de gratidão com a Princesa Isabel. Aliás, nesse período de aproximadamente dezoito meses, José do Patrocínio constituiu a chamada "Guarda Negra", que eram negros alforriados organizados para causar confusões e desordem em comícios republicanos, além de espancar os participantes de tais comícios.
Em relação à ausência de participação popular no movimento de 15 de novembro, um documento que teve grande repercussão foi o artigo de Aristides Lobo, que fora testemunha ocular da proclamação da República, no Diário Popular de São Paulo, em 18 de novembro, no qual dizia:


Por ora, a cor do governo é puramente militar e deverá ser assim. O fato foi deles, deles só porque a colaboração do elemento civil foi quase nula. O povo assistiu àquilo tudo bestializado, atônito, surpreso, sem conhecer o que significava. Muitos acreditaram seriamente estar vendo uma parada!— Aristides Lobo



Na reunião na casa de Deodoro, na noite de 15 de novembro de 1889, foi decidido que se faria um referendo popular, para que o povo brasileiro aprovasse ou não, por meio do voto, a república. Porém esse plebiscito só ocorreu 104 anos depois, determinado pelo artigo segundo do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias da Constituição de 1988.



A Proclamação da República e a Manutenção do Brasil como País UnidoCom a proclamação da República, "segundo todas as probabilidades", acabaria também o Brasil, pensava, no fim do século XIX, o escritor português Eça de Queirós. "Daqui a pouco" - acrescentava, numa das suas cartas de Fradique Mendes, publicadas depois de sua morte sob o título de Cartas Inéditas de Fradique - "o que foi o Império estará fracionado em Repúblicas independentes de maior ou menor importância. Impelem a esse resultado a divisão histórica das províncias, as rivalidades que entre elas existem, a diversidade do clima, do caráter e dos interesses, e a força das ambições locais. [...] Por outro lado, há absoluta impossibilidade de que São Paulo, a Bahia, o Pará queiram ficar sob a autoridade do general fulano ou do bacharel sicrano, presidente, com uma corte presidencial no Rio de Janeiro [...] Os Deodoros da Fonseca vão-se reproduzir por todas as províncias. [...] Cada Estado, abandonado a si desenvolverá uma história própria, sob uma bandeira própria, segundo o seu clima, a especialidade da sua zona agrícola, os seus interesses, os seus homens, a sua educação e a sua imigração. Uns prosperarão, outros deperecerão. Haverá talvez Chiles ricos e haverá certamente Nicaráguas grotescas. A América do Sul ficará toda coberta com os cacos de um grande Império".[3]
Eça de Queirós errou redondamente. "Profecia que de modo algum se realizou. E não se realizou por lhe ter faltado quase de todo consistência sociológica; ou ter se baseado apenas numa estreira parassociologia, quando muito, política; e esta quase inteiramente lógica. Lógica e de gabinete: nem sequer intuitiva no seu arrojo profético [...] O 'coração íntimo' dos brasileiros da época que se seguiu à proclamação da República, se examinado de perto [...] haveria de mostrar-lhe que existia entre a gente do Brasil, do Norte ao Sul do país, uma unidade nacional já tão forte, quanto às crenças, aos costumes, aos sentimentos, aos jogos, aos brinquedos dessa mesma gente, quase toda ela de formação patriarcal, católica e ibérica nas predominâncias dos seus característicos, que não seria com a simples e superficial mudança de regímen político, que aquele conjunto de valores e de constantes de repente se desmancharia". (Gilberto Freyre)



Referências↑ Proclamação da República - O fim do Império
↑ OURO PRETO, Visconde de, Advento da ditadura militar no Brasil, Imprimiere F. Pichon, Paris, 1891
↑ Ordem e Progresso, p. 180 e 181, Ed. Record, 5ª ed
↑ Ordem e Progresso, p. 180 e 181, Ed. Record, Quinta edição



BibliografiaPEIXOTO, Floriano, Floriano 1839-1939, Editora Graphicos Bloch, Rio de Janeiro, 1939.
FONSECA, Deodoro, Deodoro e a Verdade Histórica, Imprensa Nacional, Rio de Janeiro, 1939.
BARBOSA, Rui, Ditadura e República, Editora Guanabara, Rio de Janeiro, 1932.
CALMON, A Vida de Dom Pedro II - O Rei filósofo, Blibioteca do Exército Editora, Rio de Janeiro, 1975.
CAMPOS SALES, Dr. Manuel Ferraz de, Da Propaganda à Presidência, Edição Fac-similar, Senado Federal, Brasília, 1998.
CHAVES DE MELLO, Maria Tereza, A República Consentida, Editora FGV, EDUR, Rio de Janeiro, 2007.
JANOTTI, Maria de Lourdes Mônaco, Os Subversivos da República, Editora Brasiliense, São Paulo, 1986.
OURO PRETO, Visconde de, A Década Republicana, Editora da UNB, Brasília, 1986.
OURO PRETO, Visconde de, Advento da Ditadura Militar no Brasil, Editora Imprimiere F. Pichon, Paris, 1891.
PRADO, Eduardo, Fatos da Dictadura Militar no Brazil, Editora Revista de Portugal, 1890.



Links:http://pt.wikipedia.org/wiki/Proclama%C3%A7%C3%A3o_da_Rep%C3%BAblica_do_Brasil
http://blogs.estadao.com.br/arquivo/2011/11/15/viva-a-republica/
http://www.brasil.gov.br/sobre/o-brasil/estado-brasileiro/simbolos-e-hinos

Meu Pai - Meu Herói !!!

Luiz Antonio Tognella, mais conhecido como Dedi Calabrês, nasceu no dia 02/09/1942 - na cidade de Americana (SP), no bairro de Salto Grande.




Filho da Dona Maria Tigani Tognella (popular Dona Mariquinha), do Senhor Alarico Tognella (popular Rico).


Seus avós Materno são: Francesco Tigani (Nono - Italiano Legítimo da região da Calábria - cidade Catanzaro), da dona Maria Anselmo Tigani (Nona - cuja família era da capital italiana).


Seus avós Paterno eram: Luiz Tognella e Dona Judith Tognella Faé.


A ligação sempre foi mais com o lado materno, com a família dos calabrês que eram composta por 7 irmãos: Mariquinha (sua mãe), Domenico Luiz Tigani (Tio Luizinho), Tia Leticia, Tia Nena (Madalena Tigani casada com Skaliche), Tio Tony, Tio Calabrês (Ercílio Tigani), por último Tia Benedita que fora casada com o Aristides Réstio (popular Turcão), ex vereador de Nova Odessa (SP).


Papai com apenas dois anos, perdera o seu pai, vítima de febre amarela em 1945, dona mariquinha minha vó, mulher aguerrida, desde jovem trabalhou para sustentar a família, trabalhou para os Abdalla (Família Rica - cujo Patriarca J.J. Abdalla fora deputado por 6 mandatos, prefeito birigui, seu irmão Nicolau era vereador em Americana).


Com 5 para 6 anos, dona mariquinha casa com o espanhol Antonio Rondon (segundo pai do meu pai, com meu pai amava aquele espanhol que o tinha com filho).


Mudaram para São Paulo, onde depois de Rondon receber um dinheiro vieram para Nova Odessa, então pertecendo para Americana como sub-distrito.


Nesse meio tempo minha família se estabeleceu na cidade, com a dona mariquinha se estabelecendo no ramo de alimentos, dona de uma pensão, onde ficou muito bem de situação na época, nossa família muita conhecida das famílias na cidade, em especial os Azenha onde meu pai, sempre falara que com a ajuda dessa família de descendência Portuguesa, minha vó e meu avô progrediram muito na vida, onde estabeleceu no centro da cidade.


Já nessa época meu pai adolescente, sempre começou a envolver-se na política, estavamos pelos idos de 1962 para 1963 quando a minha avó (toda minha família, mais principalmente dona mariquinha), ajudou a eleger o seu cunhado como vereador na 2ª Legislatura do recém criado município de Nova Odessa (SP).


Vale ressaltar que se hoje, como homem formado, gosta e participa de política devo única e exclusivamente ao meu pai, com quem aprendera a amar e gostar da política, das suas histórias, pois vale ressaltar que minha avó na época da política, sua pensão (restaurante) era rodeado por pessoas como Francisco Amaral, Jamil Gadia, dentre outros políticos da época.


Com o passar do tempo meu pai com amizade com essas duas figuras expoentes da política campineira, começou a entrar na política com corpo e alma, tanto que com o advento do AI-2 com a exclusão do Pluripartidarismo para o Bipartidarismo, ajudou a fundar o MDB (Movimento Democrático Brasileiro), juntamente com o Sr. Izidoro Bordon, Ferruccio Gazzetta, isso era pelo ano de 1966/1967, viviamos um regime de repressão no nosso país.


Nessa mesma época o seu Tio Aristides Réstio (cassado), juntamente com Roberto Finisguerra, Pedro Abel Jankovitz, sobre essa história da cassação, duas pessoas eram testemunha ocular da história, meu pai por ser parente de Turcão e o também falecido amigo (papos histórias políticas), Sr. Diogenes Benedito Gobbo (secretário da câmara e do prefeito de Nova Odessa), na época o Sr. Arthur Rodrigues Azenha.


Com o advento das eleições para Prefeito de 1968, meu pai então com 25 para 26 anos, candidatou-se a vereador, contava com apoio de bastante pessoas, assim como pessoas da família, amigos da época como o Macarrão Gazzetta, Antonio Coimbra, Edson Bazan, mais só que com uma "traição" na época do Turcão, juntamente com o filho do Isidoro Bordon (Amaury Bordon), sua eleição acabou prejudicada, com a derrota da legenda 1 MDB do Isidoro Bordon, para o Ferruccio Gazzetta acabou sendo derrotado, ficando como 2º Suplente da coligação, sobre essa história é um fato curioso e peculiar, que não caberia narrar aqui, devido a tamanha dimensão do fato.


Mesmo com a derrota com a amizade que tinha com a família Gazzetta, acabou sendo convidado para trabalhar como Chefe das Casas Próprias, do então Prefeito no período de 1969/1973 (pegando alguns meses do Prefeito Simão Welsh).


Nesse meio período perde o seu grande amigo, pai (segundo), Antonio Rondon, vítima de um infarto fulminante, em dezembro de 1969.


Nas eleições de 1972 sua família, Turcão, que alcança a primeira suplência do MDB, cuja eleição o seu amigo de Bocha e de longa data, Simão Welsh, ganha com larga soma para Prefeito, tendo como vice o seu amigo Manoel Samartin, a quem meu pai indicou para ser o vice do Simão em 1972, pois Simão na época tinha ido atrás de 2 vices.


Em Julho de 1975 meu pai se casa com a minha mãe, com quem conhecera no Hospital Beneficência Portuguesa, onde minha mãe trabalhou por mais 35 anos, como Técnica de Contabilidade (Encarregada Faturamento).


Em Novembro de 1975 perde sua mãe, sua grande parceira amiga, mulher quem ele mais o admirava.


Dessa união com dona Vita Rosa Tognella (popular preta ou pepê), nasceu Juninho em 1976 (falecido em 1999), Tiago - 1977, Mateus - 1987 (esse que vos escreve).

Sobre a vida do meu pai, ele sempre por trás da política, se tinha duas coisas que ele sempre fez na vida, foi política e jogar baralho (corrida de cavalo, com o grande amigo e irmão Picolé, Dr. José Geraldo Camargo).


Enfim sua vida foi marcada por diversas histórias, passagens, que muitas aprendi, ouvi em várias conversas com o meu pai, meu mestre, quem reverencio até hoje...

Depois em 1976 eleições prefeito de Sumaré, ajudou o seu "velho" amigo Aristides Moranza, a eleger o seu filho Paulo Célio Moranza.


Meu pai como um bom italiano (calabrês), nunca fugiu de uma boa briga, desde que com a razão, isso herdei e aprendi do meu pai, com a razão você vai até as últimas conseqüências, para mostrar que está certo.


Papai ajudou o Moranza em sua eleição, depois "brigou" com o Aristides, mais mesmo assim tinha amizade com o velho Moranza, que fora Prefeito de Sumaré.


Já na década de 80, mais precisamente em 1985, reencontrando um velho amigo em São Paulo, junto com o seu amigo Arino Bassora de Nova Odessa, voltara a ativa na política.


Em 1985 reencontrara com o Sr. Percival Gadia (procurador da república), irmão de Jamil Gadia, grande amigo de papai, que fora 2 deputado estadual, 2 ver. campinas, pres. guarani, da liga campineira, da câmara de campinas.


Foi quem passou o primeiro cabiamento de fio, um dos deputados mais votados em Nova Odessa, pelos idos de 1960, quem meu pai coordenou a sua campanha.

Desse reencontro e São Paulo vivendo umas das eleições mais difíceis da redemocratização, papai fora ser Administrador de Cemitério (Controlador de Agência), do Governo Jânio Quadros, há quem conheceu, assim como João Mellão Neto, amigo do meu pai desde os tempos do governo Jânio.


Lá ele conheceu pessoas como Reynaldo de Barros, Celso Matsuda, enfim várias pessoas, apadrinhado pela amiga da família dona Kalime Gadia (descendente turcos), com quem gostava do meu pai como filho.


Dona Kalime secretária gabinete do Jânio, acompanhou o ex-presidente desde o começo de sua carreira, até a sua morte em 1989.


Depois de 4 anos em São Paulo, meu pai volta a trabalhar em Nova Odessa, com o Manoel Samartin, retornando para São Paulo nos governos de Maluf e Pitta.


Com tudo isso, com essa vida, com sua história, aprendi a amar, viver e a gostar de política.


Por isso me formei em Sociologia !


Enfim devo tudo o que sou hoje a ele, aprendi tudo com ele, muitas histórias, lições de vida, exemplo de pessoa de fibra, de caráter.


Infelizmente meu velho e querido pai, de tantas conversas, conselhos, cafés, almoço (só nós dois), acabou deixando esse mundo, mais os seus ensinamentos ficaram e como ficaram.


Meu pai faleceu no dia 22/10/2011 aos 69 anos de Idade, na sua cidade natal Americana, vítima de Insulficiência Respiratória, DPOC (doença pulmonar obstrutiva crônica), além de broncopneumonia, em virtude do cigarro que fumara por 35 anos, parado há 23 anos quando eu nasci.


Enfim nos deixou de corpo, passou para um outro lado, mais os seus ensinamentos, sua alma, sua lembrança ainda fica no imaginário de todos os seus amigos e entes queridos.


Com certeza lá em cima (céu), como todos falam, há de encontrar os seus velhos amigos e parceiros de outrora como Picolé, Dalico, Jamil Gadia, Geraldo Bordon, Beibe, Cardoso, Mariquinha, Calabresão, Rondon, Reinaldo Alencar Maluf, enfim muitos amigos e familiares que ele gostava.


Por tudo isso vai com Deus papai, descanse em paz...

Do Seu filho raspa de tacho e de toda a sua família !!!

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Partido Socialista Brasileiro - PSB








Histórico


Partido Socialista Brasileiro - PSB








1. O Partido Semente (1947-1965)

Em 1945, quando findava o Estado Novo, formou-se a Esquerda Democrática. Seu objetivo era combinar as transformações sociais com ampla liberdade civil e política. Baseava-se num conceito amplo de esquerda: socialismo construído de forma gradual e legal, nacionalismo e defesa da democracia. Diferenciava-se dos udenistas que defendiam o liberalismo econômico e do socialismo autoritário e estatista dos comunistas. “O Partido não considera socialização dos meios de produção e distribuição a simples intervenção do Estado na economia” e “realizar-se-á gradativamente, até a transferência, ao domínio social, de todos os bens possíveis de criar riqueza, mantida a propriedade privada nos limites das possibilidades de utilização pessoal, sem prejuízo do interesse coletivo”.

Entre seus fundadores estavam: João Mangabeira, Domingos Vellasco, Hermes Lima, Rubem Braga, Osório Borba, Joel Silveira, José Lins do Rego, Jader de Carvalho, Sergio Buarque de Hollanda e Antonio Candido.

Em 1947, a Esquerda Democrática transformou-se no Partido Socialista Brasileiro, com o mesmo programa e propostas da E.D. Propunha-se a ser um partido de “todos que dependam do próprio trabalho”. Defendia reformas imediatas como a nacionalização de áreas economicamente estratégicas, a ampliação dos direitos dos trabalhadores, a garantia de saúde e educação públicas, além do desenvolvimento da democracia e dos meios de participação popular. Em sua estrutura partidária já trazia uma novidade que caracterizaria o perfil democrático e conscientizador do PSB: os Núcleos de Base. Através deles, a militância poderia se envolver no projeto partidário, discutir as questões nacionais e através da soma das opiniões debatidas formar a orientação e o alvo da ação partidária. A imprensa partidária teve na Folha Socialista, desde 1947, um centro de debates. Em 1950 tornou-se um semanário, vendido em bancas, combinando o debate político com as informações cotidianas. Os representantes eleitos prestavam contas e tinham seus mandatos discutidos. Combatiam aumentos indevidos em seus salários. Tinham grande preocupação com o trato do dinheiro e bens públicos. O PSB sempre lutou para trazer sua militância e as camadas oprimidas do povo para a arena da ação política e da participação direta nos rumos da nação, despertando da apatia política e do conformismo com uma realidade que lhes é adversa. O PSB foi pioneiro na campanha do petróleo, com a atuação parlamentar de Hermes Lima e com a organização popular através da UNE, dirigida na época por socialistas: Roberto Gusmão (1947/48) e Rogê Ferreira (1949/50). Na questão agrária, desde 1948, fizeram propostas inovadoras como as cooperativas agrícolas que produziriam alimentação, trabalho e renda em terras abandonadas na periferia de São Paulo ou o Código da Terra, que incluía a distribuição, a questão ecológica, a política trabalhista e agrícola. Teve lideranças destacadas nos anos 60, como Francisco Julião que foi deputado estadual e federal do PSB de Pernambuco e João Pedro Teixeira, presidente da Liga de Sapé, na Paraíba, e que, assassinado pelo latifúndio, deu base ao filme: “Cabra Marcado para morrer”.

O Partido também teve atuação marcante na Frente Parlamentar Nacionalista, desde 1956, sob a liderança de seu deputado federal, Barbosa Lima Sobrinho.

Nos processos eleitorais salientaremos alguns momentos. Em 1952, Osório Borba foi candidato do PSB ao Governo de Pernambuco, com apoio do PCB. Venceu em Recife e Olinda mas foi derrotado pelo voto do interior, mas abriu caminho para a “Frente do Recife” que levou Pelópidas da Silveira (PSB) à prefeitura. Esta foi uma administração brilhante, voltada para obras que beneficiaram principalmente as classes mais desfavorecidas. Foram criadas associações de bairro e audiências coletivas quinzenais nas quais o prefeito discutia com o povo os problemas da cidade. Miguel Arraes o sucedeu e em 1962, com apoio da Frente que incluía o PSB, tornou-se Governador. O combate ao analfabetismo e a defesa dos direitos dos trabalhadores rurais marcaram sua administração.

Em 1953, o PSB apoiou Jânio Quadros, vereador progressista, para a prefeitura de São Paulo. Os socialistas tiveram participação na Secretaria de Higiene, dando ênfase ao saneamento básico, na Secretaria de Alimentação, enfrentando os intermediários e na Empresa Municipal de Transportes. Com pequena margem de votos na Convenção, obteve o apoio do partido para a candidatura a governador. O grupo paulista crítico a Jânio retomou a direção do Partido em 1957 e em 1960 a Convenção Nacional do PSB rompeu com Jânio, apoiando Lott. A aproximação com Jânio trouxe crescimento eleitoral mas perda de substância política.

Uma característica que sempre marcou e marca até hoje a história do PSB é a postura democrática. Mesmo discordando dos comunistas, posicionaram-se contra a cassação dos mandatos e ofereceram legenda para seus candidatos. Em 1950, mesmo derrotados por Vargas, defenderam sua posse. Frente às pressões udenistas para derrubá-lo, o senador socialista, Domingos Vellasco, declara: “A posição dos socialistas é a de quem alerta o Sr. Getúlio Vargas. Desejamos, como defensores da constituição, que ele se mantenha na Presidência da República até o fim de seu mandato. E assim desejamos porque, como socialistas democráticos, somos contrários a qualquer golpe, a qualquer ditadura, a qualquer substituição de governo que implique retrocesso político, mas exigimos dos poderes constituídos a punição de todos os corruptores e dilapidadores da fortuna pública”.

Em 1960, após a renúncia de Jânio Quadros, o PSB participou ativamente da campanha da legalidade contra a tentativa dos militares e setores conservadores de evitar a posse de João Goulart. O governo de Jango foi marcado pela busca das reformas de base. Os conservadores organizaram-se para manter os privilégios. Nesse cenário o PSB ampliou sua participação nas lutas sociais e no parlamento. No movimento estudantil a maior liderança do Partido era Altino Dantas, no movimento sindical urbano era o presidente do sindicato dos metalúrgicos de São Paulo, Remo Forli, na luta pela reforma agrária, Francisco Julião.

João Mangabeira foi Ministro de Minas e Energia e depois Ministro da Justiça no período parlamentarista do governo Goulart. Aurélio Viana, Barbosa Lima Sobrinho, Domingos Vellasco, José Joffily, Jamil Haddad, Adalgisa Nery e muitos outros foram lideranças parlamentares nacionalmente respeitadas. Em 31 de março de 1964, deu-se o golpe militar que derrubou Goulart. Em 1965, o Ato Institucional nº2 extinguiu os partidos políticos.

A maioria dos militantes do PSB foi para o MDB onde Aurélio Viana tornou-se uma das lideranças. Alguns foram para atuações mais radicais, como Altino Dantas, que foi para a ALN. O PSB se dispersou durante o regime militar. Quando houve a abertura política alguns como Pelópidas da Silveira ficaram no PMDB, outros como Jamil Haddad, Saturnino Braga e Rogê Ferreira foram para o PDT e outros como Antonio Candido, Sérgio Buarque de Hollanda e Fúlvio Abramo ajudaram a fundar o PT.

Apesar de ter pequena expressão eleitoral, ser mais um partido de quadros do que de massas, o PSB lançou as sementes não apenas de uma ampla democracia partidária como de uma atuação política fiel a seu programa, voltada para o socialismo e a liberdade. Seu presidente João Mangabeira, desde a Esquerda Democrática até sua morte em 1964, é considerado uma das figuras mais respeitadas na vida política brasileira, por sua honestidade, inteligência, princípios firmes de defesa do socialismo democrático

2. A Refundação do PSB (1985/1989)

Conquistada a democracia em 1985, articula-se no Rio de Janeiro, um grupo de professores e estudantes universitários para organizar um partido socialista. Para resistir e vencer a ditadura, a sociedade civil desenvolveu inúmeras lutas. Organizou as associações de bairro, as comunidades eclesiais de base e principalmente a “Campanha pelas diretas”, que criaram um tecido social mais amplo para a participação política.

Para obter a habilitação do PSB foram procurados remanescentes da antiga Esquerda Democrática como Joel Silveira, Rubem Braga, Jader de Carvalho e Evandro Lins e Silva que concordaram em assinar o manifesto de reorganização. O escritório de Evandro, na avenida Rio Branco, tornou-se a sede das reuniões semanais.

No dia 2 de julho ocorre a reunião de “refundação” do PSB. O manifesto apresenta o mesmo programa e estatuto do período 1947/65. Com os mesmos propósitos socialistas e democráticos, mostram que,40 anos depois, as mesmas formas de exploração persistiam, agravadas pela brutalidade da ditadura militar. Apontam a necessidade de trabalhar também contra a discriminação racial, opressão às minorias, às mulheres e crianças, violências contra culturas alternativas, degradação da qualidade de vida, depredação do meio ambiente, e genocídio de nações indígenas. Propõe uma cidadania ativa,a incorporação de novos direitos sociais, democratização dos meios de comunicação e defesa da soberania nacional. Em conclusão: descentralização completa do poder em uma economia gradativamente socializada. A Comissão Diretora Nacional terá Antônio Houaiss como presidente e como membros: Marcello Cerqueira, Roberto Amaral, Evandro Lins e Silva, Jamil Haddad, Joel Silveira, Rubem Braga e Evaristo de Moraes Filho. Entre os que assinam a Ata de Reorganização vamos encontrar também professores e pesquisadores respeitados hoje como César Guimarães, Wanderlei Guilherme dos Santos e Eli Diniz. Está também o estudante Cláudio Besserman Vianna, que vai se tornar o admirado humorista Bussunda(*1962 /+2006).

Habilitado o PSB participa com alguns candidatos próprios às eleições municipais nas capitais e apóia candidatos progressistas e de esquerda.

Como Saturnino Braga (PDT) venceu as eleições para prefeito do Rio de Janeiro, sua cadeira no senado será ocupada pelo suplente, Jamil Haddad, em março de 1987.

Em maio, a Convenção dos fundadores elege como Presidente da Comissão Diretora Nacional, Jamil Haddad e como Secretário Geral, Roberto Amaral.

O gabinete do senador vai se combinar com o gabinete de liderança do PSB, oferecendo condições para a organização das comissões municipais e estaduais e para as publicações que discutem as idéias do partido. Da tribuna, Jamil expõe suas concepções e projetos e apresenta o PSB ao país.

Em 1987 o partido tem seu registro provisório e solicita registro definitivo.

No Primeiro Congresso Nacional, em Outubro de 1987, o PSB passa a ter identidade. É oposição ao governo Sarney, tem 10 metas imediatas que vão da reforma agrária à socialização dos setores essenciais, do ensino público e gratuito em todos os níveis ao direito irrestrito de greve, liberdade sindical e jornada máxima de 40 horas semanais.

Definem: “Que socialismo queremos”:

“ Socialismo é sinônimo de uma sociedade que aboliu a propriedade privada capitalista dos meios de produção, os quais passam a ser propriedade cooperativas ou coletivas dos criadores das riquezas, os trabalhadores.

Apresentam: “ Que partido queremos”:

É socialista, com compromisso revolucionário e democrático, com filiado militante, sem lideranças privilegiadas, enraizado no movimento social e sindical e atuação parlamentar como consequência da organização dos trabalhadores e todo o povo.

Em o “PSB e o movimento social” tornam-se princípios:

Respeito à independência e autonomia e às decisões de congressos das categorias.
Formação de colegiados de deliberação
Recusa da prática do paralelismo
Estímulo à solidariedade entre os movimentos sociais.

Em julho de 1988 é aprovado pelo TSE o registro definitivo. A organização partidária traz crescimento e atrai parlamentares que concordam com as idéias definidas pelo Partido. Há um grande trabalho na Constituinte. Inicialmente, o PSB contava apenas com o Senador Jamil Haddad (RJ) e a deputada Beth Azize (AM) . Aliam-se aos setores progressistas e de esquerda. Aos poucos Abigail Feitosa (BA), José Carlos Sabóia (MA), Raquel Capiberibe (AP), Ademir Andrade (PA), José Luis Guedes (MG), entram para o PSB e formam uma bancada pequena, mas de grande qualidade. Só Jamil apresentou 123 sugestões na primeira fase, todas ligadas aos princípios partidários e necessidades da população como: reforma agrária, possibilidade de ação popular, punição exemplar à tortura. Das 536 emendas que apresentou posteriormente, 114 foram aprovadas.

A Constituição Cidadã, aprovada em outubro de 1988, coroa o esforço inicial do PSB refundado

Em 1989, o PSB vai solicitar a intervenção federal no Pará, para enfrentar a violência de assassinos de trabalhadores e lideranças parlamentares, entre elas o deputado estadual José Carlos Batista e o vereador Manoel Cardoso de Almeida do PSB. A impunidade é completa.

Na campanha eleitoral o PSB tem participação decisiva. Dois anos antes da formação da Frente Brasil Popular, o PSB já fizera a proposta. Depois de muitas negociações, são escolhidos: Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à Presidência da República e José Paulo Bisol, senador pelo Rio Grande do Sul, que se transferiu para o PSB, para vice Presidente. Participou também o PC do B . A campanha desperta grande entusiasmo e as pesquisas apontam crescimento constante. Collor vence o primeiro turno e Lula fica em segundo lugar. O PSB participa das articulações que ampliam a frente para o segundo turno com o PDT, PSDB, PV, progressistas do PMDB e lideranças do movimento social. O governador de Pernambuco, Miguel Arraes, apóia Lula no 2º turno. No comício final, na Candelária, fica junto com o presidente do PSB, Jamil Haddad e o secretário geral, Roberto Amaral.

3. Miguel Arraes no PSB (1990 / 2005)


Em março de 1990, o governador Miguel Arraes, convidado pela direção nacional, ingressa no PSB. O partido que recomeçara com lideranças de classe média, que após grandes esforços estava organizado em todo o país e com registro definitivo, contava agora com uma das mais importantes lideranças populares. Com sua experiência, capacidade de mobilização e de análise política, vai fazer com que o Partido tenha um grande crescimento eleitoral , superando até a cláusula de barreira mais à frente. O momento político era de ápice do neoliberalismo, confundindo até pessoas de esquerda. Com serenidade e firmeza, Arraes chamava a atenção para o fato de que, o neoliberalismo é o liberalismo tradicional com nova roupagem, trazendo mais miséria, mais fome, mais exploração. O centro de suas lutas está na nação, nas desigualdades sociais e regionais. E será o povo o responsável pela transformação. Para isto, o PSB tem de se transformar em um partido popular. No fim do ano, será , pelo PSB, o deputado federal mais votado do país..

Entre 1990 e 1992, o governo Collor vai encontrar no PSB uma oposição conseqüente. O Partido será reconhecido como guardião da Constituição. Entra com diversos recursos contra inconstitucionalidades: confiscos do Plano Collor, taxa para conservação de rodovias (obteve deferimento), decreto dando ao Presidente direito para privatizar estatais sem passar pelo Congresso. Os deputados socialistas reagem contra a destruição da máquina pública. Miguel Arraes lê da Tribuna da Câmara o Manifesto da Frente Parlamentar Nacionalista que condena a desestatização desenfreada que inclui até a Usiminas. As administrações municipais socialistas começam a mostrar uma forma de governar com intensa participação dos setores mais oprimidos da população, com políticas centradas na educação, saúde, geração de emprego e renda. Os programas partidários na TV e rádio apresentam estas experiências e recebem elogios e o Partido novas filiações.

A denúncia de corrupção feita pelo irmão de Collor, em maio de 1992, vai levar o PSB, através das falas de Miguel Arraes e do líder na Câmara, Célio de Castro, a solicitar uma CPI. O senador José Paulo Bisol e o agora deputado federal pelo Rio de Janeiro, Jamil Haddad ,vão participar da CPI. Ao lado da investigação no Congresso a população se mobiliza no Fora Collor à partir de agosto. O relatório, com provas cabais de desvios dos recursos públicos, é aprovado. Evandro de Lins e Silva, fundador e refundador do PSB participa da comissão de juristas que elabora o pedido de impeachment. Barbosa Lima Sobrinho, presidente da ABI e ex-deputado federal do PSB, faz a entrega do pedido ao presidente da Câmara. Decidida pelo Congresso a continuidade da investigação, Collor é afastado e assume o vice, Itamar Franco.

A Comissão Nacional Executiva (CNE) do PSB avalia ser Itamar Franco pessoa com boa avaliação ética e defensor, quando senador, dos interesses nacionais. Jamil Haddad assume o Ministério da Saúde e Antônio Houaiss, o Ministério da Cultura. Ao assumir, em novembro de 1992, Jamil diz: “ A administração socialista (...) instalará neste ministério a religião do interesse coletivo. E a probidade é seu primeiro mandamento”. Sua atuação foi importantíssima para a saúde no país. A descentralização, prevista pela Constituição e consolidada com a Lei Orgânica de Saúde de 1990, através do Sistema Único de Saúde (SUS), começa a ser realizada com a criação dos Conselhos Municipais de Saúde, instrumento de definição das políticas e sua fiscalização. Injeta recursos nos laboratórios oficiais para a produção de medicamentos. Recupera os hospitais universitários em convênio com o MEC.O Presidente assina o decreto proposto por Jamil para os remédios genéricos. A reação da industria farmacêutica multinacional foi tão grande que apenas quando Serra foi ministro da saúde de FHC é que a aplicação acabou sendo efetivada. Atuou na revisão dos registros de remédios retirando medicamentos danosos e fantasiosos. A rede pública hospitalar sucateada começou a ser recuperada. Para a prevenção foi fortalecida a vigilância sanitária, programas de vacinação e saneamento básico. Como primeiro vice presidente, Miguel Arraes assume a presidência do PSB.

No Ministério da Cultura, Antônio Houaiss vai ter como prioridades: reverter a indigência e sufocação das atividades de recuperação do patrimônio histórico e artístico e o apoio às atividades artísticas, particularmente o cinema.

Em setembro de 2003, em Maceió, vai se realizar o IV Congresso Nacional do PSB.

Depois de proposto pela CNE e discutido em reuniões prepatórias é aprovado “Um Projeto Para o Brasil” que passa a ser o eixo da atuação partidária. A luta política deve ser intensificada para a população elevar sua consciência e sua força. O Estado deve ser forte e não inchado, regulador, planificador e investindo nas áreas estratégicas.

Reconhecendo duas grandes lideranças, o Congresso elege Jamil Haddad, Presidente de Honra e Miguel Arraes, Presidente do PSB.

Em 1994, o PSB vai apoiar novamente a candidatura de Lula a presidente. Mas o Plano Real, adotado em março pelo governo Itamar, tendo Fernando Henrique como Ministro da Fazenda, tem ótimos resultados e leva-o à presidência.

Se a campanha de 1989 tivera um caráter forte de frente, inclusive com o candidato a vice, Bisol do PSB, a campanha de 1994 ficou concentrada no PT. Mas nos diversos níveis o PSB teve crescimento eleitoral passando de 15 deputados estaduais para 33, de 11 para 15 deputados federais, elege Ademir Andrade do Pará para o Senado e dois governadores: Miguel Arraes em Pernambuco e João Capiberibe no Amapá.

Em novembro de 1995, no Recife, teremos o V Congresso Nacional do PSB. Dois temas centrais de debate serão o neoliberalismo e a nova lei de partidos.

Sobre a globalização e neoliberalismo, a cientista social Tânia Bacelar sintetizou de forma brilhante as mudanças. A economia capitalista em ciclo de baixa nos anos 70, vai fazer três movimentos:

1. Reestruturação positiva ou mudança na organização da produção. O investimento básico hoje é no conhecimento.

2. Globalização, prevista por Marx, levando a concentração e centralização do capital. É enorme o poder dos atores globais enfraquecendo os Estados-Nação.

3. Financeirização da riqueza. Um ano de movimento cambial corresponde a 18 vezes toda a produção mundial. O neoliberalismo é a ideologia da retirada do Estado e centralidade do mercado adapta ao momento econômico do capitalismo. É o único caminho? Não. Projetos nacionais podem garantir inserção na economia mundial sem esta subordinação incrível a que o Brasil se submete.

No debate sobre a nova lei dos partidos, Carlos Siqueira (primeiro secretário do PSB) apontou a intenção do legislador: reduzir a influência dos partidos de esquerda (PSB, PPS, PV, PDT) pela cláusula de barreira. Qual a estratégia do PSB? Tentar mudar a lei no Congresso e crescer sua representação na Câmara nas eleições.

1996 foi ano de eleições municipais. O PSB teve um crescimento enorme. De 59 prefeitos eleitos em 1992, passou para 150. Nas capitais elege o prefeito de Belo Horizonte e as prefeitas de Maceió e Natal.

Em 1997 a Fundação João Mangabeira promove seminário sobre as administrações municipais socialistas. Além de haver a troca de experiências para melhor governar, os socialistas passam a ter um perfil comum de administração.

Sendo o ano de comemoração dos 50 anos do PSB, em novembro,ele vai discutir em seu VI Congresso Nacional, em Brasília a construção de um grande partido nacional e popular através de um projeto de inclusão social que preserve a soberania, fortaleça a federação, consolide e unifique os movimentos populares e dê solução às desigualdades sociais regionais. Como você pode ver, os Congressos Nacionais do PSB não são apenas para a escolha de seus dirigentes, mas um espaço de amplo debate dos problemas nacionais e as possibilidades de superá-los no caminho do socialismo democrático.

Em 1998, Roberto Amaral, desenvolve de forma participativa, o Programa de Governo do PSB. É uma combinação dos princípios e experiências do PSB para orientar o exercício do poder em sociedades capitalistas favorecendo os caminhos para o socialismo. A Fundação João Mangabeira vai promover em Brasília Curso de Capacitação de Instrutores em Formação Política. Os 38 militantes de 18 estados vão preparar-se para multiplicar a formação política em suas regiões.

Nas eleições presidenciais, o PSB integra novamente a aliança de Esquerda de apoio a Lula. Logo após o segundo turno Arraes apresenta um texto de grande profundidade: As eleições de 1998 e o golpe de 1964 mostrando que os objetivos do grande capital internacional e nacional impostos em 1964 cada vez mais se realizam. A única forma de enfrentar o desafio é desenvolver amplo movimento popular.

Em 1999, além de realizar diversos seminários, debates e publicações o PSB realiza seu VII Congresso Nacional em Novembro, em Brasília. Antônio Houaiss, primeiro presidente do PSB refundado, falecido há pouco, será homenageado.

Em 2001 o PSB decide ter candidato próprio à presidência. A idéia é oferecer ao eleitorado outra opção além de Lula para buscar a mudança. No 2º turno as esquerdas apoiariam o mais votado dentre seus candidatos.

Quais devem ser os eixos do Programa? A sugestão de Arraes é aprovada por unanimidade do Diretório Nacional. São eles:

1.Inserção, sem submissão aos EUA, no mundo global.Mercosul como ponto de partida.

2.Auditoria da dívida pública, interna e externa. Há investimentos sociais urgentes.

3.Revisão das privatizações feitas pelo governo federal.

4.Restabelecimento da federação.

5.Fortalecimento do Estado como agente de desenvolvimento para reduzir disparidades regionais.

O VIII Congresso Nacional do PSB, realizado em novembro de 2001,em Brasília, confirma a decisão pela candidatura própria à presidência da República.

Em 2002 esta decisão será levada à prática. Garotinho, governador do Rio de Janeiro, que saiu do PDT e se filiou ao PSB, será candidato a Presidente da República e o Deputado federal do PSB do Maranhão, José Antônio Almeida, será candidato a vice. Os compromissos básicos serão:

Com a soberania – autonomia decisória

Com a solidariedade – nação de cidadãos

Com o desenvolvimento – projeto coerente

Com a sustentabilidade

Com a democracia ampliada

A candidatura obteve mais de 15 milhões de votos mas ficou em terceiro lugar. No segundo turno o PSB apoiou Lula.

Os resultados para a Câmara Federal, com 22 eleitos foram decisivos para vencer a cláusula de barreira.

Em 2003 o PSB tem novas responsabilidades. Roberto Amaral assume o Ministério de Ciência e Tecnologia. Será sucedido em 2004 pelo deputado federal por Pernambuco, Eduardo Campos. Em 2006, Sérgio Resende, também do PSB, assume o cargo.

A política teve continuidade, sendo situada em 4 eixos:

Inclusão social, com redução das desigualdades regionais.

Desenvolvimento econômico agregando inovações.

Ampliação da formação de pesquisadores em áreas estratégicas.

Intensificação da cooperação internacional com afirmação da soberania nacional.

A atuação do partido no Congresso foi de apoio ao governo Lula mas mantendo fidelidade ao seu programa. Na reforma da previdência a bancada não aceitou o pacote enviado pelo governo.Defendeu previdência complementar pública e não privada. Na reforma tributária apresentou emendas: taxação da especulação financeira com a taxa Tobin, desoneração na área produtiva e nas folhas de pagamento.
Em 2004 o PSB cresce nas eleições municipais. Dos 133 prefeitos eleitos em 2000, passa agora para 176. É o nono partido mais votado.

Em 2005 o PSB e o Brasil vão perder Miguel Arraes. No dia 13 de agosto o presidente do Partido faleceu.

O IX Congresso do PSB realizou-se poucos dias depois, sob a presidência de Roberto Amaral que salientou o compromisso, individual e coletivo com a continuidade da obra de Arraes.

Na Declaração Política define:

Só a construção da justiça social poderá gerar a verdadeira estabilidade

Como todo o povo o PSB sofre com a erosão da esperança e dilapidação do patrimônio ético-político

O PSB reafirma a governabilidade e busca cabal apuração de toda e qualquer irregularidade ou desvio de conduta no poder público.

O PSB defende política econômica soberana e reforma política profunda.

Eduardo Campos, foi eleito presidente do PSB para o triênio: 2005-2008.


4. Os novos desafios

Nas eleições de 2006, o PSB apoiou a recandidatura vitoriosa de Lula à presidência.Elegeu três governadores: Eduardo Campos (PE), Wilma de Faria (reeleita-RN) e Cid Gomes ( CE ) .

Em 2007, a bancada do PSB no Senado é composta de : Antônio Carlos Valadares (SE), Patrícia Sabóya Gomes (CE) e Renato Casagrande (ES).

Na Câmara dos Deputados, hoje com 29 parlamentares, o PSB formou a bancada de esquerda de apoio ao governo federal, composta de 78 deputados. Ao lado do PSB estão o PDT, PAN, PMN e PHS, sob a liderança do Deputado Federal do PSB de São Paulo, Márcio França.


Quase 200 dos municípios são governados por prefeitos do PSB e 1879 vereadores socialistas apresentam projetos e fiscalizam a administração de suas cidades.

A Fundação João Mangabeira realizou, no dia 21 de janeiro de 2007, Seminário de Planejamento Estratégico dos Segmentos Organizados do PSB. Cada um deles realiza seu Congresso Nacional um dia antes do Congresso Nacional do PSB. Eles contribuem para a integração do partido e seus representantes no executivo e legislativo aos movimentos sociais.

A Juventude Socialista Brasileira (JSB) que teve seu primeiro Congresso Nacional em 1993 tem como meta a conscientização e politização dos jovens para a construção do socialismo.

O Movimento Sindical Socialista, com seu primeiro Congresso Nacional em 1997, propõe um sindicalismo livre, democrático, classista, autônomo e de luta, comprometido com a construção do socialismo.

A Secretaria da Mulher, teve seu primeiro Congresso em 1999. Para buscar a sociedade socialista é necessário alcançar a igualdade de gênero.

O Movimento Negro do PSB foi criado em 2003.Luta pelo socialismo democrático com justiça e equidade, unidade na diversidade.

O Movimento Popular Socialista realizou seu primeiro Congresso em 2005.

Depois de examinarmos estes 60 anos do PSB, entendemos a razão do orgulho dos militantes do Partido. A semente lançada em 1947 rendeu bons frutos. Um pequeno partido, com diminuta presença nos movimentos sociais, poucos parlamentares e ocupantes de mandatos no executivo, tem hoje uma ampla representação política em todo o país, cresce nos movimentos sociais e é respeitado pela fidelidade a seus princípios e a seu programa. Com densidade faz a crítica à sociedade capitalista em que vivemos e apresenta proposições voltadas para a sociedade futura, que será, temos certeza, socialista e democrática.

Se acompanhamos toda a construção do PSB, de suas idéias, lideranças e ações na sociedade e nos espaços de poder, se nos sentimos herdeiros desta história com resultados brilhantes em condições tão adversas, novos desafios se apresentam para o PSB e para todos nós, socialistas.

Carlos Siqueira, Primeiro Secretário Nacional do Partido, apresentou uma tese no IX Congresso do PSB, em 2003, estimulando o desenvolvimento de um projeto de ampliação dos objetivos estratégicos do PSB. Parte das preocupações historicamente básicas da esquerda e marcantes na vida do PSB: a igualdade, a justiça, a liberdade e a participação. Como incluir no projeto estratégico do Partido, de mudanças estruturais na sociedade, os novos problemas e atores que não se limitam a oposição proletariado e burguesia ou socialismo e capitalismo. Na diversidade e pluralidade da vida social contemporânea, há relações outras de dominação e subordinação como as de gênero ou as étnicas que precisam não só ter espaço de fala mas também passarem a ser parte do processo de libertação socialista. A democratização precisa ser aprofundada com a participação cidadã mas precisa ser estendida às diversas instituições sociais como a família, a escola, as igrejas, os serviços públicos...

Para tornar realidade esta ampliação de objetivos teremos de desenvolver, pelo menos seis pontos:

1. incluir esta diversidade com sentido de conjunto

2. as diversas vozes precisam ter elos de ligação entre suas demandas e a luta política

3. estas diversidades devem aparecer em suas falas, em sua dignidade e identidade, sem se dissolver

4. as necessidades do “aqui e agora” tem que ser contempladas, ao lado dos objetivos de médio e longo prazo

5. o projeto ampliado deve ter um compromisso ético-político com o presente e o futuro dos sistemas vivos do planeta, revolucionando a vida das pessoas em um meio ambiente saudável

6. assumir como valores fundamentais:

A.O igualitário e popular retomando as aspirações dos excluídos, discriminados e oprimidos não apenas entre os trabalhadores da cidade e do campo. Os jovens encontram enormes dificuldades de acesso ao mercado de trabalho. As mulheres enfrentam a violência doméstica e salários mais baixos que os homens nas mesmas atividades. Com aposentadorias ridículas os idosos passam a trabalhar como antes para se sustentar.

B. O democrático não apenas na vida política mas em toda a vida social.

C. O libertário combinando o aprofundamento das liberdades pela democratização da riqueza social com o respeito à diferença. Serão excluídas as liberdades de torturar, explorar, oprimir, discriminar.

Todo este projeto de uma nova esquerda no Brasil só será factível numa nação soberana, capaz de se incluir na globalização sem subserviência aos interesses do grande capital e das grandes potências.

O desafio que está posto hoje para o PSB, que deve ser enfrentado sob a liderança do Governador Eduardo Campos e com a participação das lideranças emergentes do Partido que se somará à experiência histórica acumulada por diversos companheiros, é formular um projeto para o Brasil, capaz de ampliar substancialmente as conquistas do atual governo.

Uma esquerda capaz de ter clareza nas políticas urbanas , quando 80% dos brasileiros moram nas cidades, cercados de problemas. Uma nova esquerda capaz de reorganizar o pacto federativo, para que prefeitos e governadores deixem de ir à Brasília com pires nas mãos. Uma nova esquerda capaz de formular e implementar um desenvolvimento sustentável, construindo um mercado interno sólido, uma produção interna com grande valor agregado, enfrentando a cultura do consumo supérfluo do capitalismo, garantindo a convivência com a natureza e não sua destruição.

Este desafio é de todos nós. Durante e após o curso, com concordâncias e discordâncias, com complementações, com pensamento e ação, você pode e deve enfrentar os desafios do presente como ator desta história.


Fonte: http://www.psbnacional.org.br