quarta-feira, 16 de novembro de 2011

RDR DISTRITO 4310 - ROTARACT CLUB


6ª Reunião Ordinária, do Rotaract Nova Odessa, com a vinda do RDR Alexandre Fumes.Reunião realizada nas dependências da Casa Noturna "NOCANTO" em Nova Odessa.

Reunião realizada no dia 06/11/2011 - nas dependências do NOCANTO ! Vinda do RDR Alexandre Godinez, juntamente com a presença da Presidenta do RCT SBO Allana Dias !

ABC do RotaractianoInformações de suma importância a todos os Rotaractianos, e que poucos conhecem, está aqui para que todos saibam..
Ano rotário: ano que se inicia em 1º de julho e termina em 30 de junho do ano subseqüente. É o tempo de gestão de um Conselho de Club ou do RI.
Arquivo Nacional: é um programa da OMIR-Brasil, que visa promover a divulgação dos projetos já realizados para os Clubs de todo o Brasil.
ASR: Associação de Senhoras de Rotarianos, é o mesmo que a Casa da Amizade, onde as esposas dos rotarianos se reúnem e criam eventos beneficentes.
Caixa Distrital: todos os Clubs mandam uma contribuição por cada sócio do Club, ou por outro motivo qualquer, que é utilizada para cobrir os gastos do distrito.
Carteirinha de sócio: é a carteira de identificação de um sócio, que leva o nome do associado, o Club, a assinatura do secretário e outros campos padronizados.
Casa da Amizade: é o mesmo que a ASR – Associação de Senhoras de Rotarianos.
CLARI: é a sigla para Conferência Latino-Americana de Rotaract e Interact Clubs.
Clube de Serviço: é um Clube que tem a função de promover eventos e projetos que beneficie a sociedade, principalmente os mais carentes.
Clube padrinho: é o Clube que deu incentivo, coordenou ajudou na fundação de outro Clube.
Clube patrocinador: é o Rotary Club que patrocina a fundação de um Rotaract Club. O Rotary patrocinador está sempre prestando auxílio às necessidades dos Rotaract Clubs.
Comissão: é um grupo de sócios que trabalham especificamente para um objetivo dentro do Club ou do distrito.
Companheiro: é o termo utilizado para dirigir-se a algum sócio do Club. Em todos os Clubs do mundo, os sócios se tratam como companheiros.
Companheiro Paul Harris: é uma pessoa que foi condecorada com um título Paul Harris.
CODIRC: é a sigla de Conferência Distrital de Rotaract Clubs.
CONARC: é a sigla de Conferência Nacional de Rotaract Clubs.
Conferência Distrital: reunião os sócios de todos os Clubs de alguns distritos, onde são conferidos os projetos e eventos realizados durante a gestão. Normalmente, acontece em junho ou julho. Nas conferências distritais do Rotary, normalmente o último dia é dedicado aos jovens do Interact e Rotaract, quando acontecem palestras e eventos relacionados aos jovens.
Conselho Diretor: é o grupo de dirigentes de um Club, a maioria das decisões dos mesmos é tomada pelos mesmos.
Conselho Distrital: é o grupo de dirigentes que coordena um determinado distrito. Eles são eleitos por todos os Clubs e representarão o distrito perante o RI.
Dirigentes: é o grupo de pessoas que estão em determinados cargos dentro do Club e tem a função de dirigi-lo e coordená-lo da melhor forma possível.
Distintivo: é uma peça que serve para identificar o sócio ou um cargo dentro do Club ou do distrito. Ele é usado na lapela da camisa e reforça o companheirismo dos sócios.
Distrito: área geográfica que engloba cidades e Clubs, é uma divisão utilizada para melhor ser a atuação do RI sobre os Clubs. Cada distrito conta com um governador.
ENPARC: sigla para Encontro PAULISTA de Rotaract Clubs.
Estatutos: são diretrizes prescritas pelo RI para o Programa Rotaract.
Fundação Rotária: é um fundo de doações para o Rotary, com a finalidade de espalhar o bem em todo o mundo, através da caridade, da educação e de várias outras maneiras.
Governador: é a pessoa eleita para coordenar todas as ações e todo o desenvolvimento dos Clubs de um distrito. Eles prestam contas ao RI de tudo o que ocorre em seu distrito. Uma pessoa nunca perde o título de governador, isto é, uma vez governador, ele será sempre tratado como governador.
Interact Club: é um Clube de serviços para jovens de 14 a 18 anos que tem como o objetivo trabalhar pelo bem da comunidade e prestar serviços aos necessitados.
INTEROTA: sigla para Encontro Internacional de Rotaract Clubs.
Lema rotário: é o lema ou pensamento adotado todo ano por um presidente de RI.
OMIR-Brasil: Organização Multidistrital de Informação de Rotaract. No Brasil, foi criada em 1991 para aumentar o intercambio de informações entre os Rotaract Clubs.
Official Directory: é um CD lançado anualmente que trazem informações sobre todos os Clubs do mundo.
Paul Harris: fundador do RI – Rotary International.
Pólio Plus: Programa da Fundação Rotária que tem como objetivo erradicar a Poliomielite do mundo. Foi implantado em 1985, com a esperança de concluir seus trabalhos no ano de 2005.
Presidente de RI: é o cargo máximo do Rotary International que coordena todos os programas em nível mundial. Ele preside o Conselho mundial de RI.
Quota: é a quantia paga todo mês ou todo bimestre no Club. Este dinheiro vai para o caixa do Club e serve para cobrir gastos e realizar eventos e projetos.
RDR: Representante Distrital de Rotaract, é autoridade máxima no Rotaract de um distrito. É ele quem coordena todas as ações do distrito durante o período de um ano rotário.
Recuperação: é o termo utilizado para uma pessoa compensar uma falta à reunião do Club. Essa recuperação pode ser adquirida na reunião de outro Club ou em evento relacionado ao Rotary, Rotaract ou Interact. Um sócio pode recuperar no máximo 70% da presença, pois deve ir no mínimo a 30% da reunião de seu cube e ter freqüência total de 60% no mês.
Regimento Interno: diretrizes definidas pelo Rotaract Club para que se possa melhor organizar e dirigir o Club. O Regimento deve ser autorizado pelo Club Patrocinador.
REPRESE: reunião de Presidente e Secretários, que ocorre mensalmente para resolver as questões burocráticas do distrito.
Rotakids: Clube de serviços que agrupa crianças de até 14 anos, no intuito de fazer o bem através de ações simples, porém significativas junto com seus Rotary Clubs patrocinadores.
Rotaract: é um clube de serviços para jovens de 18 a 30 anos que tem como objetivo trabalhar pelo bem da comunidade e prestar serviços aos necessitados.
Rotary Club: clube de serviços para pessoas acima de 30 anos ou profissionais liberais. Tem o objetivo de promover o bem para a comunidade.
Rotary International: Organização Internacional fundada em 1905 por Paul Harris. Seu objetivo é coordenador todos os Rotary Clubs do mundo.
RYLA: Rotary Youth Leadership Awards, programa de liderança para jovens, que é patrocinado por um Rotary Club.
SÍMBOLOS
Lapela (Pin)
Sem dúvida é o símbolo mais próximo e constante de cada rotaractiano. O uso do pin demonstra o comprometimento não só com o clube, mas principalmente com os ideais de Rotaract. Com ele poderá ser reconhecido por demais integrantes e até mesmo despertar oportunidades para divulgação de rotaract. O pin deve ser adotado como item básico do dia-a-dia, e quem o usa, deve ter a consciência que é um representante de uma organização internacional com princípios sólidos. O pin sempre deve ser usado do lado esquerdo, representando afeto.
Bandeiras (Pavilhão)Representam a face cívica de Rotary, respeitando cada nação e etnia, bem como valorizando o amor de cada companheiro detém a causa rotária. A saudação ao pavilhão (palmas) é rotina cerimonial em qualquer cerimônia rotária. Dispensável tratarmos sobre a necessidade do respeito a este símbolo, porém é interessante e útil sugerirmos a seguinte ordem no pavilhão (visão frontal): Rotaract/ Rotary/ Estado/ País/ Município/ ASR/ Interact.
Sino
É o instrumento de autoridade dentro de uma reunião, o que possibilita ao presidente a condução dos trabalhos de forma respeitosa e cerimonial.
REUNIÕES
Objetivos
Sua principal função é dinamizar as atividades do clube, tratando de temas e projetos, dentro de pautas organizadas conforme as prioridades. A reunião é a materialização do que conhecemos como organização dentro do clube. Sem reunião não existe Rotaract.
FormalidadesPelo próprio perfil de Rotaract é impossível tratarmos de formalidade de forma semelhante a Rotary, mas isso não significa que não exista ordem e decência. Uma reunião organizada demonstra a maturidade do clube. Existe uma grande distinção entre um encontro de amigos e uma reunião, sendo um desafio conciliarmos tais antagonismos. Se o objetivo da reunião for simplesmente rever os amigos não seria necessário ser rotaractiano, ao mesmo passo não faria sentido falarmos de força e união sem a existência de amigos.
Cronograma básicoSaudação ao pavilhão
Momento de reflexão
Protocolo de abertura
Expediente de secretaria
Expediente de tesouraria
Instrução Rotaractiana
Expediente das comissões
Palavra para companheiros
Palavra para visitantes
Palavra do presidente
Encerramento
Companheirismo
FREQUÊNCIA
Recuperação
É obrigação estatutária de o sócio comparecer a, no mínimo, 60% das reuniões mensais do clube. A falta de uma reunião pode ser suprida com uma recuperação. Recuperação é um certificado de presença fornecida pelo clube visitado. Deve ser requerida junto ao secretário do clube visitado ao final da reunião. Recuperações são válidas para suprirem faltas em reuniões ocorridas até 15 dias, antes ou depois da visita ao clube. O visitante que está na reunião para suprir a falta em seu clube (recuperar) é chamado de recuperante.
Sócio 100%A secretaria do clube poderá fornecer certificados ou pins comemorativos aos companheiros que obtiveram ao longo da gestão 100% de freqüência, ou seja, participaram de todas as atividades do clube ou, se em caso de faltas, recuperaram.
Nomenclaturas
Visitante: companheiro (ou não) que visita sem finalidade de recuperar;
Recuperante: companheiro que visita para recuperar falta em seu clube;
Convidado: potencial rotaractiano, ou acompanhante, que foi trazido por sócio ou rotariano.
REGULAMENTOSPara melhor estudo e conhecimento de Rotaract esta a disposição de qualquer cidadão do mundo os seguintes documentos:
Manual do Rotaract: informações básicas e instruções sobre como fundar um Rotaract
Estatutos Prescritos, Regimento Interno Prescrito e Declaração de Normas para o Rotaract: regulamentos instituídos pelo Rotary Internacional e obrigatório a todos os Rotaract Clubs do Mundo
Regimento Distrital de Rotaract – Distrito 4310: instrumento regulador de nosso distrito elaborado e aperfeiçoado por rotaractianos ao longo dos anos e aprovado em reuniões distritais.
Regimento Multi-distrital de Rotaract: instrumento elaborado e aprovado por RDR’s do Brasil em reuniões multidistritais promovidas pela OMIR Brasil.
EVENTOS
ADIRC (Assembléia Distrital de Rotaract Clubs): evento destinado à capacitação de cargos e líderes para próxima gestão. A grade da programação e os treinamentos devem ser organizados pelo Representante Distrital entrante.
CODIRC (Conferência Distrital de Rotaract Clubs): principal evento rotaractiano de um distrito, onde ocorre a transmissão de cargos de Representantes Distritais, bem como encerramento da gestão e premiações.
ENPARC (Encontro Paulista de Rotaracts Club): encontro destinado exclusivamente à confraternização dos distritos de São Paulo. CONARC (Conferência Nacional de Rotaract Clubs): o mais importante evento rotaractiano do Brasil, reunindo todo o país. É organizado pela OMIR Brasil. Tem como finalidade confraternizar companheiros e premiação de projetos, além de palestras.
CLARI (Conferência Latino-americana de Clubes Rotaract e Interact): Evento latino-americano realizado a cada dois anos.
INTEROTA (Conferência Internacional de Rotaract): evento de nível internacional ocorrido a cada três anos.
Encontro Rotaract Pré-Convenção: evento oficial internacional destinada a Rotaract. Ocorre antes do início da Convenção Internacional de Rotary, sempre na mesma cidade e instalações.
Como se associar ao Rotaract?
Informações para associados em potencial
Agradecemos seu interesse em tornar-se rotaractiano. Consideramos o quadro social altamente importante e estamos sempre à disposição para ouvir as idéias daqueles interessados em associar-se e conhecer melhor nossa missão.
O Rotaract refina o caráter e o espírito. Emanam altos padrões éticos, profissionais, humanitários, de tolerância e amor ao próximo, criando um ambiente mais propício à paz e à compreensão mundial. Em todas as situações, o Rotaract sempre acaba beneficiando pelo menos duas pessoas: aquela que dá e aquela que recebe. Uma criança enferma, faminta, sedenta, desabrigada, analfabeta, sem futuro nem esperanças, encontra no Rotaract quem a beneficie legando-lhe uma vida mais digna. O rotaractiano que ajuda a esse ser, cresce e cumpre a real razão de sua existência, que é servir aos outros, tornando a pessoa mais saudável, emocional e espiritualmente, enfim, um ser humano melhor.
Rotaractianos são pessoas com idade entre dezoito e trinta anos, preferencialmente universitários ou jovens que estão iniciando suas carreiras profissionais e associados a um Rotaract Club. Contudo, só isso não basta. O rotaractiano tem muitas responsabilidades que vão muito além das responsabilidades de um jovem comum. Ele tem um compromisso não só com o clube, mas com sua comunidade, que necessita de seu trabalho.
Por isso os critérios de seleção de sócios devem ser observados com muita atenção. Rotaractianos em potencial devem preencher, antes de mais nada, os quesitos de caráter, responsabilidade e liderança. Caráter, porque o rotaractiano deve ser um exemplo para os demais jovens da sua comunidade; responsabilidade, porque haverá uma população inteira esperando que o rotaractiano tome uma atitude; liderança porque é natural esperar que o rotaractiano, tendo caráter e responsabilidade, seja um líder aceito e respeitado.
Processo de afiliação Em geral, associados potenciais são convidados a assistir uma ou mais reuniões para familiarizar-se com o Rotaract. Posteriormente, seus nomes são encaminhados à comissão do quadro social do clube.

Maria Tigani Tognella - Dona Mariquinha !!!

DECRETO Nº 607 DE 23 AGOSTO DE 1.982
“Denomina MARIA TIGANI TOGNELLA a Rua Dois do loteamento Jardim Planalto”.


MANOEL SAMARTIN, Prefeito do Município de Nova Odessa, Estado de São Paulo, no uso das atribuições que lhe confere o inciso XIX, do artigo 39, do Decreto-Lei Complementar nº9 de 31 de Dezembro de 1.969 (Lei Orgânica dos Municípios), e,
CONSIDERANDO que ao Município compete a denominação / das vias públicas com nomes, datas e fatos que sirvam de exemplo às gerações vindouras e de reconhecimento e respeito da comunidade;
CONSIDERANDO ainda, que de conformidade com os dados biográficos que fazem parte do anexo a este Decreto, a homenageada, MARIA TIGANI TOGNELLA, se torna merecedora da justa homenagem do povo novaodessense.

DECRETA
ART. 1º) – Fica denominada MARIA TIGANI TOGNELLA a Rua Dois do loteamento Jardim Planalto, em nosso Município.
ART. 2º) – Este Decreto entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário.
PREFEITURA MUNICIPAL DE NOVA ODESSA, 23 de Agosto de 1.982

MANOEL SAMARTIN
Prefeito Municipal

Publicado na Secretaria desta Prefeitura, na mesma data.

JOSÉ PEREIRA DE ARAUJO
P/SECRETARIA



ANEXO DO DECRETO Nº 607 DE 23 DE AGOSTO DE 1982

FICHA BIOGRÁFICA: MARIA TIGANI TOGNELLA

Dona MARIA TIGANI TOGNELLA nasceu a 20 de abril de 1920 e faleceu a 30 de novembro de 1975, com 55 anos de idade.
Nasceu em Piracicaba, veio para Nova Odessa em 1952 e estabeleceu-se como comerciante proprietária de restaurante Dona Maria atendia aos funcionários da FEPASA, PREFEITURA, S/A TEXTIL NOVA ODESSA e fornecia alimentação gratuita aos guardinhas da AVANO.
Quando da inauguração do prédio da Prefeitura muita gente importante foi servida em seu restaurante entre elas Chico Amaral ex-prefeito de Campinas, Ari Normanton Deputado Federal, Jamil Gadia Deputado Estadual e diversos jornalistas de Campinas.
Filha de Maria Anselmo Tigani e Francesco Tigani, casou-se com Alarico Tognella do qual teve o seu único filho, Luiz Antônio Tognella conhecido como Dedi.
Começou a trabalhar com 12 anos na lavoura e já em Nova Odessa foi proprietária de diversos restaurantes, entre eles a Pensão São Jorge que ficava na Av. Carlos Botelho 057, antiga Prefeitura, restaurante próximo a Praça José Gazzetta onde atualmente está o Restaurante e Lanchonete Casarão, outro ficava na Av. Carlos Botelho, 120, onde Atualmente reside Dona Benedicta de Oliveira Magrin e na Rua Rio Branco, 158 onde está atualmente localizado a Junta de Serviço Militar.
Seu filho Dedi é casado com Dona Vita Rosa Tognella e tem dois filhos: Luiz Antônio Tognella Júnior e Tiago Rosa Tognella.

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Viva a República !!!




Proclamação da República do Brasil
A Proclamação da República Brasileira foi um levante político-militar ocorrido em 15 de novembro de 1889 que instaurou a forma republicana federativa presidencialista de governo no Brasil, derrubando a monarquia constitucional parlamentarista do Império do Brasil e, por conseguinte, pondo fim à soberania do imperador Pedro II. Foi, então, proclamada a República dos Estados Unidos do Brasil.
A proclamação ocorreu na Praça da Aclamação (atual Praça da República), na cidade do Rio de Janeiro, então capital do Império do Brasil, quando um grupo de militares do exército brasileiro, liderados pelo marechal Deodoro da Fonseca, destituiu o imperador e assumiu o poder no país.
Foi instituído, naquele mesmo dia 15, um governo provisório republicano. Faziam parte, desse governo, organizado na noite de 15 de novembro de 1889, o marechal Deodoro da Fonseca como presidente da república e chefe do Governo Provisório; o marechal Floriano Peixoto como vice-presidente; como ministros, Benjamin Constant Botelho de Magalhães, Quintino Bocaiuva, Rui Barbosa, Campos Sales, Aristides Lobo, Demétrio Ribeiro e o almirante Eduardo Wandenkolk, todos membros regulares da maçonaria brasileira.
A Situação Política do Brasil em 1889O governo imperial, através do 37º e último gabinete ministerial, empossado em 7 de junho de 1889, sob o comando do presidente do Conselho de Ministros do Império, Afonso Celso de Assis Figueiredo, o Visconde de Ouro Preto, do Partido Liberal, percebendo a difícil situação política em que se encontrava, apresentou, em uma última e desesperada tentativa de salvar o império, à Câmara-Geral, atual câmara dos deputados, um programa de reformas políticas do qual constavam, entre outras, as medidas seguintes: maior autonomia administrativa para as províncias, liberdade de voto, liberdade de ensino, redução das prerrogativas do Conselho de Estado e mandatos não vitalícios para o Senado Federal. As propostas do Visconde de Ouro Preto visavam a preservar o regime monárquico no país, mas foram vetadas pela maioria dos deputados de tendência conservadora que controlava a Câmara Geral. No dia 15 de novembro de 1889, a república era proclamada.



A Perda de Prestígio da Monarquia BrasileiraMuitos foram os fatores que levaram o Império a perder o apoio de suas bases econômicas, militares e sociais. Da parte dos grupos conservadores pelos sérios atritos com a Igreja Católica (na "Questão Religiosa"); pela perda do apoio político dos grandes fazendeiros em virtude da abolição da escravatura, ocorrida em 1888, sem a indenização dos proprietários de escravos.
Da parte dos grupos progressistas, havia a crítica que a monarquia mantivera, até muito tarde, a escravidão no país. Os progressistas criticavam, também, a ausência de iniciativas com vistas ao desenvolvimento do país (fosse econômico]], político ou social), a manutenção de um regime político de castas e o voto censitário, isto é, com base na renda anual das pessoas, a ausência de um sistema de ensino universal, os altos índices de analfabetismo e de miséria e o afastamento político do Brasil em relação a todos demais países do continente, que eram republicanos.
Assim, ao mesmo tempo em que a legitimidade imperial decaía, a proposta republicana - percebida como significando o progresso social - ganhava espaço. Entretanto, é importante notar que a legitimidade do Imperador era distinta da do regime imperial: Enquanto, por um lado, a população, de modo geral, respeitava e gostava de dom Pedro II, por outro lado, tinha cada vez em menor conta o próprio império. Nesse sentido, era voz corrente, na época, que não haveria um terceiro reinado, ou seja, a monarquia não continuaria a existir após o falecimento de dom Pedro II, seja devido à falta de legitimidade do próprio regime monárquico, seja devido ao repúdio público ao príncipe consorte, marido da princesa Isabel, o francês Conde D'Eu).
Embora a frase de Aristides Lobo (jornalista e líder republicano paulista, depois feito ministro do governo provisório), "O povo assistiu bestializado" à proclamação da república, tenha entrado para a história, pesquisas históricas, mais recentes, têm dado outra versão à aceitação da república entre o povo brasileiro. É o caso da tese defendida por Maria Tereza Chaves de Mello (A República Consentida, Editora da FGV, EDUR, 2007), que indica que a república, antes e depois da proclamação, era vista popularmente como um regime político que traria o desenvolvimento, em sentido amplo, para o país.



Antecedentes da Proclamação da RepúblicaA partir da década de 1870, como consequência da Guerra do Paraguai (também chamada de Guerra da Tríplice Aliança) (1864-1870), foi tomando corpo a ideia de alguns setores da elite de alterar o regime político vigente. Fatores que influenciaram esse movimento:
O imperador dom Pedro II não possuía filhos, apenas filhas. O trono seria ocupado, após a sua morte, por sua filha mais velha, a princesa Isabel, casada com um francês, Gastão de Orléans, Conde d'Eu, o que gerava o receio em parte da população de que o país fosse governado por um estrangeiro.
O fato de os negros terem ajudado o exército na Guerra do Paraguai e, quando retornaram ao país, permaneceram como escravos, ou seja, não ganharam a alforria de seus donos.


A Crise EconômicaA crise econômica agravou-se em função das elevadas despesas financeiras geradas pela Guerra da Tríplice Aliança, cobertas por capitais externos. Os empréstimos brasileiros elevaram-se de 3 000 000 de libras esterlinas em 1871 para quase 20 000 000 em 1889, o que causou uma inflação da ordem de 1,75 por cento ao ano.
A Questão AbolicionistaA questão abolicionista impunha-se desde a abolição do tráfico negreiro em 1850, encontrando viva resistência entre as elites agrárias tradicionais do país. Diante das medidas adotadas pelo Império para a gradual extinção do regime escravista, devido a repercussão da experiência mal sucedida nos Estados Unidos de libertação geral dos escravos ter levado aquele país à guerra civil, essas elites reivindicavam do Estado indenizações proporcionais ao preço total que haviam pago pelos escravos a serem libertados por lei. Estas indenizações seriam pagas com empréstimo externo.
Com a decretação da Lei Áurea (1888), e ao deixar de indenizar esses grandes proprietários rurais, o império perdeu o seu último pilar de sustentação. Chamados de "republicanos de última hora", os ex-proprietários de escravos aderiram à causa republicana.
Na visão dos progressistas, o Império do Brasil mostrou-se bastante lento na solução da chamada "Questão Servil", o que, sem dúvida, minou sua legitimidade ao longo dos anos. Mesmo a adesão dos ex-proprietários de escravos, que não foram indenizados, à causa republicana, evidencia o quanto o regime imperial estava atrelado à escravatura.
Assim, logo após a princesa Isabel assinar a Lei Áurea, João Maurício Wanderley, Barão de Cotegipe, o único senador do império que votou contra o projeto de abolição da escravatura, profetizou:



"A senhora acabou de redimir uma raça e perder um trono!"
— Barão de Cotegipe
A Questão ReligiosaDesde o período colonial, a Igreja Católica, enquanto instituição, encontrava-se submetida ao estado. Isso se manteve após a independência e significava, entre outras coisas, que nenhuma ordem do Papa poderia vigorar no Brasil sem que fosse previamente aprovada pelo imperador (Beneplácito Régio). Ocorre que, em 1872, Vital Maria Gonçalves de Oliveira e Antônio de Macedo Costa, bispos de Olinda e Belém do Pará respectivamente, resolveram seguir, por conta própria, as ordens do Papa Pio IX, não ratificadas pelo imperador e pelos presidentes do Conselho de Ministros, punindo religiosos ligados à maçonaria.
D. Pedro II, aconselhado pelos maçons, decidiu intervir na questão, solicitando aos bispos que suspendessem as punições. Estes se recusaram a obedecer ao imperador, sendo condenados a quatro anos de trabalho braçal (quebrar pedras). Em 1875, graças à intervenção do maçom Duque de Caxias, os bispos receberam o perdão imperial e foram colocados em liberdade. Contudo, no episódio, a imagem do império desgastou-se junto à Igreja Católica.
A Questão MilitarOs militares do Exército Brasileiro estavam descontentes com a proibição, imposta pela monarquia, pela qual os seus oficiais não podiam manifestar-se na imprensa sem uma prévia autorização do Ministro da Guerra. Os militares não possuíam uma autonomia de tomada de decisão sobre a defesa do território, estando sujeitos às ordens do imperador e do Gabinete de Ministros, formado por civis, que se sobrepunham às ordens dos generais. Assim, no império, a maioria dos ministros da guerra eram civis.
Além disso, frequentemente os militares do Exército Brasileiro sentiam-se desprestigiados e desrespeitados. Por um lado, os dirigentes do império eram civis, cuja seleção era extremamente elitista e cuja formação era bacharelesca, mas que resultava em postos altamente remunerados e valorizados; por outro lado, os militares tinham uma seleção mais democrática e uma formação mais técnica, mas que não resultavam nem em valorização profissional nem em reconhecimento político, social ou econômico. As promoções na carreira militar eram difíceis de serem obtidas e eram baseadas em critérios personalistas em vez de promoções por mérito e antiguidade.
A Guerra do Paraguai, além de difundir os ideais republicanos, evidenciou aos militares essa desvalorização da carreira profissional, que se manteve e mesmo acentuou-se após o fim da guerra. O resultado foi a percepção, da parte dos militares, de que se sacrificavam por um regime que pouco os consideravam e que dava maior atenção à Marinha do Brasil.


A Atuação dos PositivistasDurante a Guerra do Paraguai, o contato dos militares brasileiros com a realidade dos seus vizinhos sul-americanos levou-os a refletir sobre a relação existente entre regimes políticos e problemas sociais. A partir disso, começou a desenvolver-se, tanto entre os militares de carreira quanto entre os civis convocados para lutar no conflito, um interesse maior pelo ideal republicano e pelo desenvolvimento econômico e social brasileiro.
Dessa forma, não foi casual que a propaganda republicana tenha tido, por marco inicial, a publicação do manifesto Republicano em 1870 (ano em que terminou a Guerra do Paraguai), seguido pela Convenção de Itu em 1873 e pelo surgimento dos clubes republicanos, que se multiplicaram, a partir de então, pelos principais centros no país.
Além disso, vários grupos foram fortemente influenciados pela maçonaria (Deodoro da Fonseca era maçom, assim como todo seu ministério) e pelo positivismo de Auguste Comte, especialmente, após 1881, quando surgiu a igreja Positivista do Brasil. Seus diretores, Miguel Lemos e Raimundo Teixeira Mendes, iniciaram uma forte campanha abolicionista e republicana.
A propaganda republicana era realizada pelos que, depois, foram chamados de "republicanos históricos" (em oposição àqueles que se tornaram republicanos apenas após o 15 de novembro, chamados de "republicanos de 16 de novembro").
As ideias de muitos dos republicanos eram veiculadas pelo periódico A República. Segundo alguns pesquisadores, os republicanos dividiam-se em duas correntes principais:
Os evolucionistas, que admitiam que a proclamação da república era inevitável, não justificando uma luta armada;
Os revolucionistas, que defendiam a possibilidade de pegar em armas para conquistá-la, com mobilização popular e com reformas sociais e econômicas.
Embora houvesse diferenças entre cada um desses grupos no tocante às estratégias políticas para a implementação da república e também quanto ao conteúdo substantivo do regime a instituir, a ideia geral, comum aos dois grupos, era a de que a república deveria ser um regime progressista, contraposto à exausta monarquia. Dessa forma, a proposta do novo regime revestia-se de um caráter social revolucionário e não apenas do de uma mera troca dos governantes.



O Golpe Militar de 15 de Novembro de 1889No Rio de Janeiro, os republicanos insistiram para o Marechal Deodoro da Fonseca, um monarquista, para que ele chefiasse o movimento revolucionário que substituiria a monarquia pela república. Depois de muita insistência dos revolucionários, Deodoro da Fonseca concordou em liderar o movimento militar.
O golpe militar, que estava previsto para 20 de novembro de 1889, teve de ser antecipado. No dia 14, os conspiradores divulgaram o boato de que o governo havia mandado prender Benjamin Constant Botelho de Magalhães e Deodoro da Fonseca. Posteriormente confirmou-se que era mesmo boato. Assim, os revolucionários anteciparam o golpe de estado, e, na madrugada do dia 15 de novembro, Deodoro iniciou o movimento de tropas do exército que pôs fim ao regime monárquico no Brasil.
Os conspiradores dirigiram-se à residência do marechal Deodoro, que estava doente com dispneia,[1] e convencem-no a liderar o movimento.
Com esse pretexto de que Deodoro seria preso, ao amanhecer do dia 15 de Novembro, o marechal Deodoro da Fonseca, saiu de sua residência, atravessou o Campo de Santana, e, do outro lado do parque, conclamou os soldados do batalhão ali aquartelado, onde hoje se localiza o Palácio Duque de Caxias, a se rebelarem contra o governo. Oferecem um cavalo ao marechal, que nele montou, e, segundo testemunhos, tirou o chapéu e proclamou "Viva a República!". Depois apeou, atravessou novamente o parque e voltou para a sua residência. A manifestação prosseguiu com um desfile de tropas pela Rua Direita, atual rua 1º de Março, até o Paço Imperial.
Os revoltosos ocuparam o quartel-general do Rio de Janeiro e depois o Ministério da Guerra. Depuseram o Gabinete ministerial e prenderam seu presidente, Afonso Celso de Assis Figueiredo, Visconde de Ouro Preto.
No Paço Imperial, o presidente do gabinete (primeiro-ministro), Visconde de Ouro Preto, havia tentando resistir pedindo ao comandante do destacamento local e responsável pela segurança do Paço Imperial, general Floriano Peixoto, que enfrentasse os amotinados, explicando ao general Floriano Peixoto que havia, no local, tropas legalistas em número suficiente para derrotar os revoltosos. O Visconde de Ouro Preto lembrou a Floriano Peixoto que este havia enfrentado tropas bem mais numerosas na Guerra do Paraguai. Porém, o general Floriano Peixoto recusou-se a obedecer às ordens dadas pelo Visconde de Ouro Preto e assim justificou sua insubordinação, respondendo ao Visconde de Ouro Preto:



Sim, mas lá (no Paraguai) tínhamos em frente inimigos e aqui somos todos brasileiros!
— Floriano Peixoto[2]



Em seguida, aderindo ao movimento republicano, Floriano Peixoto deu voz de prisão ao chefe de governo Visconde de Ouro Preto.
O único ferido no episódio da proclamação da república foi o Barão de Ladário que resistiu à ordem de prisão dada pelos amotinados e levou um tiro. Consta que Deodoro não dirigiu crítica ao Imperador D. Pedro II e que vacilava em suas palavras. Relatos dizem que foi uma estratégia para evitar um derramamento de sangue. Sabia-se que Deodoro da Fonseca estava com o tenente-coronel Benjamin Constant ao seu lado e que havia alguns líderes republicanos civis naquele momento.
Na tarde do mesmo dia 15 de novembro, na Câmara Municipal do Rio de Janeiro, foi solenemente proclamada a República.
À noite, na Câmara Municipal do Município Neutro, o Rio de Janeiro, José do Patrocínio redigiu a proclamação oficial da República dos Estados Unidos do Brasil, aprovada sem votação. O texto foi para as gráficas de jornais que apoiavam a causa, e, só no dia seguinte, 16 de novembro, foi anunciado ao povo a mudança do regime político do Brasil.
Dom Pedro II, que estava em Petrópolis, retornou ao Rio de Janeiro. Pensando que o objetivo dos revolucionários era apenas substituir o Gabinete de Ouro Preto, o Imperador D. Pedro II tentou ainda organizar outro gabinete ministerial, sob a presidência do conselheiro José Antônio Saraiva. O imperador, em Petrópolis, foi informado e decidiu descer para a Corte. Ao saber do golpe de estado, o Imperador reconheceu a queda do Gabinete de Ouro Preto e procurou anunciar um novo nome para substituir o Visconde de Ouro Preto. No entanto, como nada fora dito sobre República até então, os republicanos mais exaltados, tendo Benjamin Constant à frente, espalharam o boato de que o Imperador escolheria Gaspar Silveira Martins, inimigo político de Deodoro da Fonseca desde os tempos do Rio Grande do Sul, para ser o novo chefe de governo. Com este engodo, Deodoro da Fonseca foi convencido a aderir à causa republicana. O Imperador foi informado disso e, desiludido, decidiu não oferecer resistência.
No dia seguinte, o major Frederico Sólon Sampaio Ribeiro entregou a D. Pedro II uma comunicação, cientificando-o da proclamação da república e ordenando sua partida para a Europa, a fim de evitar conturbações políticas. A família imperial brasileira exilou-se na Europa, só lhes sendo permitida a sua volta ao Brasil na década de 1920. == É possível considerar a legitimidade ou não da república no Brasil por diferentes ângulos.
Do ponto de vista do Código Criminal do Império do Brasil, sancionado em 16 de dezembro de 1830, o crime cometido pelos republicanos foi:
"Artigo 87: Tentar diretamente, e por fatos, destronizar o imperador; privá-lo em todo, ou em parte da sua autoridade constitucional; ou alterar a ordem legítima da sucessão. Penas de prisão com trabalho por cinco a quinze anos. Se o crime se consumar: Penas de prisão perpétua com trabalho no grau máximo; prisão com trabalho por vinte anos no médio; e por dez anos no mínimo."



O Visconde de Ouro Preto, deposto em 15 de novembro, entendia que a proclamação da república fora um erro e que o Segundo Reinado tinha sido bom, e, assim se expressou em seu livro "Advento da Ditadura Militar no Brasil":



O Império não foi a ruína. Foi a conservação e o progresso. Durante meio século, manteve íntegro, tranquilo e unido território colossal. O império converteu um país atrasado e pouco populoso em grande e forte nacionalidade, primeira potência sul-americana, considerada e respeitada em todo o mundo civilizado. Aos esforços do Império, principalmente, devem três povos vizinhos deveram o desaparecimento do despotismo mais cruel e aviltante. O Império aboliu de fato a pena de morte, extinguiu a escravidão, deu ao Brasil glórias imorredouras, paz interna, ordem, segurança e, mas que tudo, liberdade individual como não houve jamais em país algum. Quais as faltas ou crimes de dom Pedro II, que em quase cinquenta anos de reinado nunca perseguiu ninguém, nunca se lembrou de uma ingratidão, nunca vingou uma injúria, pronto sempre a perdoar, esquecer e beneficiar? Quais os erros praticados que o tornou merecedor da deposição e exílio quando, velho e enfermo, mais devia contar com o respeito e a veneração de seus concidadãos? A república brasileira, como foi proclamada, é uma obra de iniquidade. A república se levantou sobre os broqueis da soldadesca amotinada, vem de uma origem criminosa, realizou-se por meio de um atentado sem precedentes na história e terá uma existência efêmera!— Visconde de Ouro Preto



O movimento de 15 de Novembro de 1889 não foi o primeiro a buscar a república, embora tenha sido o único efetivamente bem-sucedido, e, segundo algumas versões, teria contado com apoio tanto das elites nacionais e regionais quanto da população de um modo geral:
Em 1788-1789, a Inconfidência Mineira e Tiradentes não buscavam apenas a independência, mas também, a proclamação de uma república na Capitania das Minas Gerais, seguida de uma série de reformas políticas, econômicas e sociais;
Em 1824, diversos estados do Nordeste criaram um movimento independentista, dentre elas a Confederação do Equador, igualmente republicana;
Em 1839, na esteira da Revolução Farroupilha, proclamaram-se a República Rio-grandense e a República Juliana, respectivamente no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina.
Embora se argumente que não houve participação popular no movimento que terminou com o regime monárquico e implantou a república, o fato é que também não houve manifestações populares de apoio à monarquia, ao imperador ou de repúdio ao novo regime.
Alguns pesquisadores[quem?] argumentam que, caso a monarquia fosse popular, haveria movimentos contrários à república em seguida, além da Guerra de Canudos. Entretanto, segundo outros pesquisadores[quem?], o que teria ocorrido foi uma crescente conscientização a respeito do novo regime e sua aprovação pelos mais diferentes setores da sociedade brasileira. Versão oposta é dada pela pesquisadora, Maria de Lourdes Mônaco Janoti, no livro Os Subversivos da República, no qual relata o medo que tiveram os republicanos, nas primeiras décadas da república, em relação a uma possível restauração da monarquia no Brasil. Maria Janoti mostra também, em seu livro, a repressão forte, por parte dos republicanos, a toda tentativa de se organizar grupos políticos monárquicos naquela época.
Neste sentido, um caso notável de resistência à república foi o do líder abolicionista José do Patrocínio, que, entre a abolição da escravatura e a proclamação da república, manteve-se fiel à monarquia, não por uma compreensão das necessidades sociais e políticas do país, mas, romanticamente, apenas devido a uma dívida de gratidão com a Princesa Isabel. Aliás, nesse período de aproximadamente dezoito meses, José do Patrocínio constituiu a chamada "Guarda Negra", que eram negros alforriados organizados para causar confusões e desordem em comícios republicanos, além de espancar os participantes de tais comícios.
Em relação à ausência de participação popular no movimento de 15 de novembro, um documento que teve grande repercussão foi o artigo de Aristides Lobo, que fora testemunha ocular da proclamação da República, no Diário Popular de São Paulo, em 18 de novembro, no qual dizia:


Por ora, a cor do governo é puramente militar e deverá ser assim. O fato foi deles, deles só porque a colaboração do elemento civil foi quase nula. O povo assistiu àquilo tudo bestializado, atônito, surpreso, sem conhecer o que significava. Muitos acreditaram seriamente estar vendo uma parada!— Aristides Lobo



Na reunião na casa de Deodoro, na noite de 15 de novembro de 1889, foi decidido que se faria um referendo popular, para que o povo brasileiro aprovasse ou não, por meio do voto, a república. Porém esse plebiscito só ocorreu 104 anos depois, determinado pelo artigo segundo do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias da Constituição de 1988.



A Proclamação da República e a Manutenção do Brasil como País UnidoCom a proclamação da República, "segundo todas as probabilidades", acabaria também o Brasil, pensava, no fim do século XIX, o escritor português Eça de Queirós. "Daqui a pouco" - acrescentava, numa das suas cartas de Fradique Mendes, publicadas depois de sua morte sob o título de Cartas Inéditas de Fradique - "o que foi o Império estará fracionado em Repúblicas independentes de maior ou menor importância. Impelem a esse resultado a divisão histórica das províncias, as rivalidades que entre elas existem, a diversidade do clima, do caráter e dos interesses, e a força das ambições locais. [...] Por outro lado, há absoluta impossibilidade de que São Paulo, a Bahia, o Pará queiram ficar sob a autoridade do general fulano ou do bacharel sicrano, presidente, com uma corte presidencial no Rio de Janeiro [...] Os Deodoros da Fonseca vão-se reproduzir por todas as províncias. [...] Cada Estado, abandonado a si desenvolverá uma história própria, sob uma bandeira própria, segundo o seu clima, a especialidade da sua zona agrícola, os seus interesses, os seus homens, a sua educação e a sua imigração. Uns prosperarão, outros deperecerão. Haverá talvez Chiles ricos e haverá certamente Nicaráguas grotescas. A América do Sul ficará toda coberta com os cacos de um grande Império".[3]
Eça de Queirós errou redondamente. "Profecia que de modo algum se realizou. E não se realizou por lhe ter faltado quase de todo consistência sociológica; ou ter se baseado apenas numa estreira parassociologia, quando muito, política; e esta quase inteiramente lógica. Lógica e de gabinete: nem sequer intuitiva no seu arrojo profético [...] O 'coração íntimo' dos brasileiros da época que se seguiu à proclamação da República, se examinado de perto [...] haveria de mostrar-lhe que existia entre a gente do Brasil, do Norte ao Sul do país, uma unidade nacional já tão forte, quanto às crenças, aos costumes, aos sentimentos, aos jogos, aos brinquedos dessa mesma gente, quase toda ela de formação patriarcal, católica e ibérica nas predominâncias dos seus característicos, que não seria com a simples e superficial mudança de regímen político, que aquele conjunto de valores e de constantes de repente se desmancharia". (Gilberto Freyre)



Referências↑ Proclamação da República - O fim do Império
↑ OURO PRETO, Visconde de, Advento da ditadura militar no Brasil, Imprimiere F. Pichon, Paris, 1891
↑ Ordem e Progresso, p. 180 e 181, Ed. Record, 5ª ed
↑ Ordem e Progresso, p. 180 e 181, Ed. Record, Quinta edição



BibliografiaPEIXOTO, Floriano, Floriano 1839-1939, Editora Graphicos Bloch, Rio de Janeiro, 1939.
FONSECA, Deodoro, Deodoro e a Verdade Histórica, Imprensa Nacional, Rio de Janeiro, 1939.
BARBOSA, Rui, Ditadura e República, Editora Guanabara, Rio de Janeiro, 1932.
CALMON, A Vida de Dom Pedro II - O Rei filósofo, Blibioteca do Exército Editora, Rio de Janeiro, 1975.
CAMPOS SALES, Dr. Manuel Ferraz de, Da Propaganda à Presidência, Edição Fac-similar, Senado Federal, Brasília, 1998.
CHAVES DE MELLO, Maria Tereza, A República Consentida, Editora FGV, EDUR, Rio de Janeiro, 2007.
JANOTTI, Maria de Lourdes Mônaco, Os Subversivos da República, Editora Brasiliense, São Paulo, 1986.
OURO PRETO, Visconde de, A Década Republicana, Editora da UNB, Brasília, 1986.
OURO PRETO, Visconde de, Advento da Ditadura Militar no Brasil, Editora Imprimiere F. Pichon, Paris, 1891.
PRADO, Eduardo, Fatos da Dictadura Militar no Brazil, Editora Revista de Portugal, 1890.



Links:http://pt.wikipedia.org/wiki/Proclama%C3%A7%C3%A3o_da_Rep%C3%BAblica_do_Brasil
http://blogs.estadao.com.br/arquivo/2011/11/15/viva-a-republica/
http://www.brasil.gov.br/sobre/o-brasil/estado-brasileiro/simbolos-e-hinos

Meu Pai - Meu Herói !!!

Luiz Antonio Tognella, mais conhecido como Dedi Calabrês, nasceu no dia 02/09/1942 - na cidade de Americana (SP), no bairro de Salto Grande.




Filho da Dona Maria Tigani Tognella (popular Dona Mariquinha), do Senhor Alarico Tognella (popular Rico).


Seus avós Materno são: Francesco Tigani (Nono - Italiano Legítimo da região da Calábria - cidade Catanzaro), da dona Maria Anselmo Tigani (Nona - cuja família era da capital italiana).


Seus avós Paterno eram: Luiz Tognella e Dona Judith Tognella Faé.


A ligação sempre foi mais com o lado materno, com a família dos calabrês que eram composta por 7 irmãos: Mariquinha (sua mãe), Domenico Luiz Tigani (Tio Luizinho), Tia Leticia, Tia Nena (Madalena Tigani casada com Skaliche), Tio Tony, Tio Calabrês (Ercílio Tigani), por último Tia Benedita que fora casada com o Aristides Réstio (popular Turcão), ex vereador de Nova Odessa (SP).


Papai com apenas dois anos, perdera o seu pai, vítima de febre amarela em 1945, dona mariquinha minha vó, mulher aguerrida, desde jovem trabalhou para sustentar a família, trabalhou para os Abdalla (Família Rica - cujo Patriarca J.J. Abdalla fora deputado por 6 mandatos, prefeito birigui, seu irmão Nicolau era vereador em Americana).


Com 5 para 6 anos, dona mariquinha casa com o espanhol Antonio Rondon (segundo pai do meu pai, com meu pai amava aquele espanhol que o tinha com filho).


Mudaram para São Paulo, onde depois de Rondon receber um dinheiro vieram para Nova Odessa, então pertecendo para Americana como sub-distrito.


Nesse meio tempo minha família se estabeleceu na cidade, com a dona mariquinha se estabelecendo no ramo de alimentos, dona de uma pensão, onde ficou muito bem de situação na época, nossa família muita conhecida das famílias na cidade, em especial os Azenha onde meu pai, sempre falara que com a ajuda dessa família de descendência Portuguesa, minha vó e meu avô progrediram muito na vida, onde estabeleceu no centro da cidade.


Já nessa época meu pai adolescente, sempre começou a envolver-se na política, estavamos pelos idos de 1962 para 1963 quando a minha avó (toda minha família, mais principalmente dona mariquinha), ajudou a eleger o seu cunhado como vereador na 2ª Legislatura do recém criado município de Nova Odessa (SP).


Vale ressaltar que se hoje, como homem formado, gosta e participa de política devo única e exclusivamente ao meu pai, com quem aprendera a amar e gostar da política, das suas histórias, pois vale ressaltar que minha avó na época da política, sua pensão (restaurante) era rodeado por pessoas como Francisco Amaral, Jamil Gadia, dentre outros políticos da época.


Com o passar do tempo meu pai com amizade com essas duas figuras expoentes da política campineira, começou a entrar na política com corpo e alma, tanto que com o advento do AI-2 com a exclusão do Pluripartidarismo para o Bipartidarismo, ajudou a fundar o MDB (Movimento Democrático Brasileiro), juntamente com o Sr. Izidoro Bordon, Ferruccio Gazzetta, isso era pelo ano de 1966/1967, viviamos um regime de repressão no nosso país.


Nessa mesma época o seu Tio Aristides Réstio (cassado), juntamente com Roberto Finisguerra, Pedro Abel Jankovitz, sobre essa história da cassação, duas pessoas eram testemunha ocular da história, meu pai por ser parente de Turcão e o também falecido amigo (papos histórias políticas), Sr. Diogenes Benedito Gobbo (secretário da câmara e do prefeito de Nova Odessa), na época o Sr. Arthur Rodrigues Azenha.


Com o advento das eleições para Prefeito de 1968, meu pai então com 25 para 26 anos, candidatou-se a vereador, contava com apoio de bastante pessoas, assim como pessoas da família, amigos da época como o Macarrão Gazzetta, Antonio Coimbra, Edson Bazan, mais só que com uma "traição" na época do Turcão, juntamente com o filho do Isidoro Bordon (Amaury Bordon), sua eleição acabou prejudicada, com a derrota da legenda 1 MDB do Isidoro Bordon, para o Ferruccio Gazzetta acabou sendo derrotado, ficando como 2º Suplente da coligação, sobre essa história é um fato curioso e peculiar, que não caberia narrar aqui, devido a tamanha dimensão do fato.


Mesmo com a derrota com a amizade que tinha com a família Gazzetta, acabou sendo convidado para trabalhar como Chefe das Casas Próprias, do então Prefeito no período de 1969/1973 (pegando alguns meses do Prefeito Simão Welsh).


Nesse meio período perde o seu grande amigo, pai (segundo), Antonio Rondon, vítima de um infarto fulminante, em dezembro de 1969.


Nas eleições de 1972 sua família, Turcão, que alcança a primeira suplência do MDB, cuja eleição o seu amigo de Bocha e de longa data, Simão Welsh, ganha com larga soma para Prefeito, tendo como vice o seu amigo Manoel Samartin, a quem meu pai indicou para ser o vice do Simão em 1972, pois Simão na época tinha ido atrás de 2 vices.


Em Julho de 1975 meu pai se casa com a minha mãe, com quem conhecera no Hospital Beneficência Portuguesa, onde minha mãe trabalhou por mais 35 anos, como Técnica de Contabilidade (Encarregada Faturamento).


Em Novembro de 1975 perde sua mãe, sua grande parceira amiga, mulher quem ele mais o admirava.


Dessa união com dona Vita Rosa Tognella (popular preta ou pepê), nasceu Juninho em 1976 (falecido em 1999), Tiago - 1977, Mateus - 1987 (esse que vos escreve).

Sobre a vida do meu pai, ele sempre por trás da política, se tinha duas coisas que ele sempre fez na vida, foi política e jogar baralho (corrida de cavalo, com o grande amigo e irmão Picolé, Dr. José Geraldo Camargo).


Enfim sua vida foi marcada por diversas histórias, passagens, que muitas aprendi, ouvi em várias conversas com o meu pai, meu mestre, quem reverencio até hoje...

Depois em 1976 eleições prefeito de Sumaré, ajudou o seu "velho" amigo Aristides Moranza, a eleger o seu filho Paulo Célio Moranza.


Meu pai como um bom italiano (calabrês), nunca fugiu de uma boa briga, desde que com a razão, isso herdei e aprendi do meu pai, com a razão você vai até as últimas conseqüências, para mostrar que está certo.


Papai ajudou o Moranza em sua eleição, depois "brigou" com o Aristides, mais mesmo assim tinha amizade com o velho Moranza, que fora Prefeito de Sumaré.


Já na década de 80, mais precisamente em 1985, reencontrando um velho amigo em São Paulo, junto com o seu amigo Arino Bassora de Nova Odessa, voltara a ativa na política.


Em 1985 reencontrara com o Sr. Percival Gadia (procurador da república), irmão de Jamil Gadia, grande amigo de papai, que fora 2 deputado estadual, 2 ver. campinas, pres. guarani, da liga campineira, da câmara de campinas.


Foi quem passou o primeiro cabiamento de fio, um dos deputados mais votados em Nova Odessa, pelos idos de 1960, quem meu pai coordenou a sua campanha.

Desse reencontro e São Paulo vivendo umas das eleições mais difíceis da redemocratização, papai fora ser Administrador de Cemitério (Controlador de Agência), do Governo Jânio Quadros, há quem conheceu, assim como João Mellão Neto, amigo do meu pai desde os tempos do governo Jânio.


Lá ele conheceu pessoas como Reynaldo de Barros, Celso Matsuda, enfim várias pessoas, apadrinhado pela amiga da família dona Kalime Gadia (descendente turcos), com quem gostava do meu pai como filho.


Dona Kalime secretária gabinete do Jânio, acompanhou o ex-presidente desde o começo de sua carreira, até a sua morte em 1989.


Depois de 4 anos em São Paulo, meu pai volta a trabalhar em Nova Odessa, com o Manoel Samartin, retornando para São Paulo nos governos de Maluf e Pitta.


Com tudo isso, com essa vida, com sua história, aprendi a amar, viver e a gostar de política.


Por isso me formei em Sociologia !


Enfim devo tudo o que sou hoje a ele, aprendi tudo com ele, muitas histórias, lições de vida, exemplo de pessoa de fibra, de caráter.


Infelizmente meu velho e querido pai, de tantas conversas, conselhos, cafés, almoço (só nós dois), acabou deixando esse mundo, mais os seus ensinamentos ficaram e como ficaram.


Meu pai faleceu no dia 22/10/2011 aos 69 anos de Idade, na sua cidade natal Americana, vítima de Insulficiência Respiratória, DPOC (doença pulmonar obstrutiva crônica), além de broncopneumonia, em virtude do cigarro que fumara por 35 anos, parado há 23 anos quando eu nasci.


Enfim nos deixou de corpo, passou para um outro lado, mais os seus ensinamentos, sua alma, sua lembrança ainda fica no imaginário de todos os seus amigos e entes queridos.


Com certeza lá em cima (céu), como todos falam, há de encontrar os seus velhos amigos e parceiros de outrora como Picolé, Dalico, Jamil Gadia, Geraldo Bordon, Beibe, Cardoso, Mariquinha, Calabresão, Rondon, Reinaldo Alencar Maluf, enfim muitos amigos e familiares que ele gostava.


Por tudo isso vai com Deus papai, descanse em paz...

Do Seu filho raspa de tacho e de toda a sua família !!!