quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Nova Odessa homenagem a Jânio Quadros

Quando Nova Odessa, vai reparar o erro e homenagear o então governador de São Paulo a época, Sr. Jânio da Silva Quadros, que assinou o decreto emancipando Nova Odessa em 31/12/1958.

As autoridades municipais homenagearam Rui de Almeida Barbosa (patrono da causa e ex-presidente da ALESP), Abrahim Abraham (ex-prefeito de Americana), Lazáro Rodrigues Azenha (novaodessense que era ex-vice prefeito de Americana a época), só faltou o Jânio !

Espero que esse pessoal faça o que é certo e justo, afinal Jânio assinou decreto, elevando Nova Odessa de sub-distrito a município.

terça-feira, 20 de novembro de 2012

Dia Nacional da Consciência Negra - 20/11

Terça-feira, 20 de novembro. Hoje é o Dia Nacional da Consciência Negra. A data serve como reflexão sobre a importância da cultura e da história do negro no Brasil. E lembra também a morte de Zumbi dos Palmares, em 1695, um símbolo da resistência à escravidão.
Apesar desta data ter sido instituída como o Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra pela Lei 12.519/2011, ainda não é considerada feriado nacional.
Esse dia é considerado como uma ação afirmativa de promoção da igualdade racial e uma referência para a população afrodescendente dedicada à reflexão sobre as consequências do racismo e sobre a inserção do negro na sociedade brasileira.



Saiba mais sobre a vida e importância de Zumbi na luta contra a escravidão no Brasil:


http://www.ebc.com.br/infantil/voce-sabia/2012/11/20-de-novembro-dia-da-consciencia-negra

19 Novembro - Dia da Bandeira

A bandeira é um símbolo. Ela pode representar um time de futebol, uma instituição, um grupo étnico-cultural, enfim, são várias as ideias que podem ser expressas através de uma bandeira. Seu significado é tão forte, que todos os países possuem sua própria bandeira, aquela que representa a nação e que, por isso, deve ser respeitada. A atual bandeira do Brasil foi instituída quatro dias depois da Proclamação da República. Por conta disso, no Brasil, comemoramos o Dia da Bandeira em 19 de novembro. Parabéns, Bandeira do Brasil, pelo seu dia.


As cores


As primeiras bandeiras da história do homem costumavam representar um grupo sócio-cultural através da imagem de um animal, de um vegetal ou objeto. Com o tempo é que as cores passaram a ter também um significado importante, principalmente após a Revolução Francesa, quando passaram a exprimir a nacionalidade, independente de existirem ou não figuras ou emblemas na estampa.
Antigamente, a escolha das cores se dava de forma arbitrária. Hoje em dia, essa escolha é baseada em fatores religiosos e políticos. A cor vermelha, por exemplo, é geralmente associada a movimentos revolucionários.
No caso da bandeira brasileira, o verde traria à lembrança o primeiro objeto que funcionou como bandeira: os ramos arrancados das árvores pelos homens primitivos em atitude espontânea de alegria. O verde nos remeteria ainda à nossa filiação com a França, à juvenilidade do país e ao imenso mar, literariamente verde nos escritos de José de Alencar.
O amarelo, por sua vez, representaria nossa riqueza mineral e a aventura dos bandeirantes à procura do ouro. De maneira poética, nos levaria à imagem do sol, astro que nos garante condições essenciais de sobrevivência.
Numa homenagem à Nossa Senhora, padroeira de Portugal e do Brasil, o azul, ao lado da cor branca, nos colocaria no esquema de bandeiras latino-americano, onde predominam essas duas cores: azul e branca.
Finalmente, o branco, traduz nossos desejos de paz, nos inclui nas filosofias que enxergam Deus como plenitude do ser e do poder, assim como o branco é a plenitude das cores.

 
Fonte: COIMBRA, Olavo Raimundo. A Bandeira do Brasil: raízes histórico-culturais. Rio de Janeiro: Fundação IBGE, 2000.




As estrelas hoje


Sabemos que para cada estrela de nossa bandeira corresponde um estado brasileiro. Com a criação de novos estados no país, se estabeleceu uma dúvida: continuaria a correspondência? Conforme a Lei número 5.700, de 1º de setembro de 1971, essa correlação não existiria mais. Uma outra lei, no entanto, número 8.421, de 11 de maio de 1992, retificou a anterior, através da seguinte comunicação: a bandeira nacional deve ser atualizada sempre que algum estado da federação for criado ou extinto; os novos estados serão representados por novas estrelas, a serem incluídas, sem que afete a disposição estética original do desenho da primeira bandeira republicana; as que forem correspondentes a estados extintos serão retiradas, permanecendo aquela que represente um novo estado mediante a fusão.
Nessa lei de 1992 consta ainda um anexo, trazendo uma lista dos estados e sua respectiva relação com as estrelas. A informação, portanto, de que essa correspondência estelar não existiria mais, deve ter se tratado de um erro de interpretação da lei de 1971.



 
A polêmica das estrelas


As primeiras bandeiras da história do homem costumavam representar um grupo sócio-cultural através da imagem de um animal, de um vegetal ou objeto. Com o tempo é que as cores passaram a ter também um significado importante, principalmente após a Revolução Francesa, quando passaram a exprimir a nacionalidade, independente de existirem ou não figuras ou emblemas na estampa.
Antigamente, a escolha das cores se dava de forma arbitrária. Hoje em dia, essa escolha é baseada em fatores religiosos e políticos. A cor vermelha, por exemplo, é geralmente associada a movimentos revolucionários.
No caso da bandeira brasileira, o verde traria à lembrança o primeiro objeto que funcionou como bandeira: os ramos arrancados das árvores pelos homens primitivos em atitude espontânea de alegria. O verde nos remeteria ainda à nossa filiação com a França, à juvenilidade do país e ao imenso mar, literariamente verde nos escritos de José de Alencar.
O amarelo, por sua vez, representaria nossa riqueza mineral e a aventura dos bandeirantes à procura do ouro. De maneira poética, nos levaria à imagem do sol, astro que nos garante condições essenciais de sobrevivência.
Numa homenagem à Nossa Senhora, padroeira de Portugal e do Brasil, o azul, ao lado da cor branca, nos colocaria no esquema de bandeiras latino-americano, onde predominam essas duas cores: azul e branca.
Finalmente, o branco, traduz nossos desejos de paz, nos inclui nas filosofias que enxergam Deus como plenitude do ser e do poder, assim como o branco é a plenitude das cores.

Fonte: COIMBRA, Olavo Raimundo. A Bandeira do Brasil: raízes histórico-culturais. Rio de Janeiro: Fundação IBGE, 2000.


O hino à bandeira


Olavo Bilac



Salve, lindo pendão da esperança,

Salve, símbolo augusto da paz.

Tua nobre presença à lembrança

A grandeza da Pátria nos traz.



Recebe o afeto que se encerra

Em nosso peito juvenil

Querido símbolo da terra,

Da amada terra do Brasil!



Em teu seio formoso retratas

Este céu de puríssimo azul,

A verdura sem par destas matas

E o esplendor do Cruzeiro do Sul.



Contemplando o teu vulto sagrado

Compreendemos o nosso dever,

E o Brasil por seus filhos amado,

Poderoso e feliz há de ser.



Sobre a imensa Nação brasileira

Nos momentos de festa ou de dor,

Paira sempre, sagrada bandeira

Pavilhão da justiça e do amor.


Ordem e Progresso
A inscrição “Ordem e Progresso”, na faixa ao centro de nossa bandeira, é a síntese do positivismo, sistema filosófico que surgiu na França no começo do século XIX. Para os positivistas, só é possível afirmar que uma teoria é correta se ela foi comprovada através de métodos científicos válidos. Portanto, desconsideram os conhecimentos relacionados a crenças ou superstições, por exemplo. Assim, o positivismo defende o progresso da humanidade através dos avanços científicos.
Os grandes nomes dessa filosofia em nosso país foram Benjamin Constant, Demétrio Ribeiro, Teixeira Mendes e Miguel Lemos.





Curiosidades

Você sabia que...

 
- uma bandeira em mau estado de conservação não pode ser hasteada. Deve ser entregue a uma unidade militar para ser incinerada no dia 19 de novembro.
- a Bandeira Nacional fica permanentemente hasteada na Praça dos Três Poderes, em Brasília. Na base do mastro, está a seguinte inscrição: “Sob a guarda do povo brasileiro, nesta praça dos três poderes, a bandeira sempre no alto, a visão permanente da pátria”.
- em alguns locais, a bandeira deve ser hasteada todos os dias. São eles: palácio da Presidência da República; residência do presidente; Congresso Nacional; nos ministérios; no Supremo Tribunal Federal; nos edifícios-sede dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário; em repartições consulares; em repartições federais, estaduais e municipais situadas na faixa da fronteira etc. Tradicionalmente, a bandeira é hasteada às 8h da manhã e arriada às 18h. Se ficar hasteada durante a noite, deve estar iluminada.
- Não é permitido hastear bandeira de outro país em terras brasileiras se ao lado não estiver a Bandeira Nacional de igual tamanho e posicionada ao lado direito. A exceção é somente para embaixadas e consulados.


Outras palavras


Não faltam sinônimos para a palavra bandeira, originária do gótico "bandvja" e do latim "bandaria". São eles: auriflama, balsa, bandeirola, emblema, estandarte, flâmula, galhardete, gonfalão, guião, insígnia, lábaro, pálio, pavilhão, pendão e vexilo.
Veja agora o que significa cada uma dessas palavras:
Auriflama - pequeno estandarte de seda vermelha entregue aos reis da França pelo abade S. Dinis.
Balsa - é o estandarte usado pelos templários nas expedições contra os mouros.
Bandeirola - pequena bandeira usada pelos engenheiros quando querem marcar o ponto de um alinhamento.
Emblema - figura ou símbolo.
Estandarte - insígnia militar dos corpos de cavalaria.
Flâmula - tira ou faixa que tem a ponta farpada, sendo colocada no topo dos mastros das embarcações.
Galhardete - bandeira colocada nos mastros para adornar ou sinalizar. Também pode servir de enfeite nas ruas.
Gonfalão - bandeira de guerra com partes que prendem perpendicularmente a uma haste, sob a qual se enfileiravam os vassalos.
Guião - é o estandarte que encabeça as tropas ou procissões.
Insígnia - adorno emblemático de autoridades.
Lábaro - estandarte usado entre os romanos no tempo dos imperadores. Aparece na letra do hino nacional brasileiro.
Pálio - ornamento que o papa concede aos patriarcas e arcebispos e eventualmente as bispos.
Pavilhão - símbolo marítimo de uma nacionalidade.
Pendão - bandeira grande em cruz levada em procissões.
Vexilo - o termo é usado como destacamento militar e o vocábulo vexilalogia é a ciência que estuda das bandeiras como símbolos.


Fonte: http://www.ibge.gov.br/ibgeteen/datas/bandeira/home.html 

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Obama é reeleito para mais quatro anos de governo

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, vai governar o país por mais quatro anos. Ele foi reeleito na terça-feira dia (6) com 303 votos dos 538 nos principais colégios eleitorais. Nos dez estados apontados como decisivos, o republicano Mitt Romney ganhou apenas na Carolina do Norte. Com o lema de campanha "Four More Years!" (Mais Quatro Anos!), Obama venceu uma disputa apertada em uma campanha política considerada a mais cara dos Estados Unidos.
Ao saber do resultado das eleições, embora sem a conclusão de alguns estados, Obama fez um discurso de 25 minutos, no qual prometeu que o próximo mandato será mais bem-sucedido que o atual. “Nós sabemos, nos nossos corações, que para os Estados Unidos o melhor ainda está por vir”, disse Obama. De forma conciliadora, Romney felicitou o adversário político.
Obama discursou no Centro de Convenções McCormick Place, em Chicago, Illinois. Para uma multidão, o presidente reeleito cumprimentou Romney pela “árdua campanha”. Segundo Obama, sua meta é “fazer avançar o país”. Acompanhado pela mulher Michelle e pelas filhas Malia e Sasha, ele elogiou a família.
“[Reeleito, estou] mais determinado e mais inspirado do que nunca”, disse, acrescentando que “nunca esteve tão esperançoso em relação à América”. Ele citou como desafios a reforma do sistema de imigração, a redução do déficit e as mudanças no Código Tributário.
No final do discurso, Obama recebeu no palco, ao lado da família, o vice-presidente reeleito, Joe Biden, e vários integrantes de sua equipe de campanha. Todos foram aplaudidos pela multidão que acompanhou a saudação do presidente reeleito.
Romney telefonou para Obama parabenizando-o pela vitória. Romney divulgou seu diálogo com Obama. "Demos tudo nesta campanha", disse o republicano, agradecendo o apoio que recebeu. "A eleição acabou, mas os nossos princípios se mantêm."
O candidato derrotado disse que deseja felicidades ao presidente reeleito e que rezará pelo seu sucesso, "em um tempo de grandes desafios para a América".
Fonte: Agência Brasil

terça-feira, 30 de outubro de 2012

Quadro de prefeitos eleitos em 2012

Confira a lista completa do número de prefeitos eleitos por partido.


PMDB 1.023

PSDB 702

PT 635

PSD 497

PP 469

PSB 442

PDT 311

PTB 295

DEM 278

PR 275

PPS 123

PV 95

PSC 83

PRB 78

PCdoB 56

PMN 42

PTdoB 26

PRP 24

PSL 23

PTC 19

PHS 17

PRTB 16

PTN 12

PPL 12

PSDC 9

PSOL 2

Todos os Partidos 5.532

Resultado indefinido 36 municípios

Fonte: TSE - Tribunal Superior Eleitoral

PMDB, PSDB e PT conquistam o maior número de prefeituras

O PSDB ficou em segundo lugar, com 718 municípios, seguido pelo PT, que venceu em 566

O PMDB, partido do vice-presidente da República, Michel Temer, foi a sigla que conquistou o maior número de prefeituras – 1.041 – entre os 5.568 municípios onde houve disputa eleitoral. O PSDB ficou em segundo lugar, com 718 municípios, seguido pelo PT, que venceu em 566, de acordo com levantamento feito pela Empresa Brasil de Comunicação (EBC), com base em dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Em quatro cidades o reultado das eleições poderá ser mudado devido a decisões judiciais.

Criado no ano passado e disputando sua primeira eleição, o PSD saiu vitorioso da disputa pelo Executivo municipal em 502 cidades, ficando em quarto lugar, seguido pelo PP (472), PSB (428), PDT (319), PTB (297), DEM (278), PR (277) e PPS (126).

Entre as 26 capitais, o PSB, do governador de Pernambuco, Eduardo Campos, foi a legenda mais vitoriosa, com cinco conquistas - Recife, Fortaleza, Cuiabá, Porto Velho e Belo Horizonte-, seguido pelo PT, partido da presidenta Dilma Rousseff, e do PSDB, do senador Aécio Neves (MG), que venceram em quatro cada. O PT ganhou em São Paulo, Rio Branco, João Pessoa e Goiânia. Já o PSDB saiu vitorioso em Teresina, Manaus, Belém e Maceió.

O PDT, do ex-ministro Carlos Lupi, ficou em quarto lugar em número de capitais conquistadas – Porto Alegre, Curitiba e Natal –, seguido pelo PP, PMDB e DEM, com duas cada. O PP, do deputado federal Paulo Maluf, ganhou em Palmas e Campo Grande, o PMDB, no Rio de Janeiro e em Boa Vista, e o DEM em Aracaju e Salvador.

Pela primeira vez em sua história, o PSOL ganhou uma disputa pelo Executivo municipal ao conquistar a prefeitura de Macapá. O PTC, PSD e o PPS também venceram a disputa em uma capital cada: São Luís, Florianópolis e Vitória, respectivamente.

Levando em conta a votação do primeiro turno, o PT foi o partido que recebeu o maior número de votos em todo o país, com 17.188.748, à frente do PMDB, que obteve 16.665.662 votos, conforme levantamento do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap), com base em dados do TSE.

O PSDB ficou em terceiro lugar em número de votos, com 13.842.265, seguido pelo PSB (8.600.892), PDT (6.248.481) e PSD (5.813.451). O PT conseguiu o melhor resultado, considerando o número de votos, porque obteve votações expressivas em grandes centros, como São Paulo, maior colégio eleitoral do país, Salvador, Belo Horizonte e Fortaleza.

Fonte: EBC

Parabéns Jonas Donizette - Prefeito Campinas (SP)

Quero parabenizar o amigo e Deputado Jonas Donizete Ferreira pela sua eleição para prefeito de Campinas. Tenho certeza que você resgatará a história de Campinas, colocara ela no lugar onde nunca devia ter saído.

Aprendi muito com o deputado, tenho um enorme respeito e carinho, afinal Jonas é um dos maiores líderes do nosso partido em São Paulo e no Brasil.

Desde quando assumi a presidência do partido em Nova Odessa – SP, aprendi a admira-lo ainda mais, esse grande ser humano, cidadão e político.

Essa foto foi tirada em casa, nas eleições de 2010. A casa da minha família foi a primeira câmara e prefeitura de Nova Odessa (SP). Nesse dia fizemos campanha em N.O., antes da caminhada do centro, Dep. Jonas Donizette, tomou um café em casa, onde conversamos sobre a política.
Lembro-me do meu saudoso pai, falando para Jonas que ele seria eleito Deputado Federal, seria próximo prefeito de Campinas (SP), não é que a experiência do querido Dedi Calabrês estava certo !!!

 

Boa Sorte Prefeito !

Desempenho do PSB nos estado

Fonte: TSE (Tribunal Superior Eleitoral). Total de municípios com votação já encerrada: 5.566.


  Brasil                                  442 cidades conquistadas               % do total de cidades - 7,94

Centro-Oeste                        25 cidades conquistadas               % 5,36
Goiás                                    10 cidades conquistadas               % 4,07
Mato Grosso do Sul                4 cidades conquistadas               % 5,06
Mato Grosso                         11 cidades conquistadas               % 7,8


Nordeste                             264 cidades conquistadas                % 14,72
Alagoas                                   5 cidades conquistadas                %    4,9
Bahia                                    28  cidades conquistadas                %   6,71
Ceará                                    40  cidades conquistadas                % 21,74
Maranhão                              15   cidades conquistadas               %   6,91
Paraíba                                  35  cidades conquistadas                %  15,7
Pernambuco                          59  cidades conquistadas                 %  31,89
Piauí                                      53 cidades conquistadas                  % 23,36
Rio Grande do Norte             19  cidades conquistadas                 % 11,38
Sergipe                                  10  cidades conquistadas                  % 13,33


Norte                                     28 cidades conquistadas                    % 6,22
Acre                                         1 cidades conquistadas                    % 4,55
Amazonas                                 1 cidades conquistadas                    % 1,61
Amapá                                      3 cidades conquistadas                    % 18,75
Pará                                          5 cidades conquistadas                     % 3,47
Rondônia                                   2 cidades conquistadas                     % 3,85
Roraima                                     0                                                           0
Tocantins                                   16 cidades conquistadas                    % 11,51


Sudeste                                       91 cidades conquistadas                    % 5,46
Espírito Santo                              22 cidades conquistadas                    % 28,21
Minas Gerais                                31 cidades conquistadas                    % 3,63
Rio de Janeiro                                8 cidades conquistadas                     % 8,7
São Paulo                                     30 cidades conquistadas                     % 4,65


Sul                                                34 cidades conquistadas                      % 2,85
Paraná                                           14 cidades conquistadas                     %  3,51
Rio Grande do Sul                          18 cidades conquistadas                     % 3,62
Santa Catarina                                  2 cidades conquistadas                     % 0,68
          

PSB vai comandar o maior número de prefeituras em capitais do país

Partido conquistou cinco capitais; PSDB e PT vão comandar quatro cada.
No país, PMDB e PSDB encolhem, e PT e PSD avançam nos municípios.
 
O Partido Socialista Brasileiro (PSB) elegeu o maior número de prefeitos de capitais nas eleições municipais de 2012.
 
Segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a sigla vai comandar as cidades de Fortaleza, Belo Horizonte, Cuiabá, Recife e Porto Velho.

O PSDB foi vitorioso em quatro capitais: Maceió, Manaus, Belém e Teresina. Também quatro eleitos teve o PT, que venceu a disputa em Rio Branco, Goiânia, João Pessoa e São Paulo, a maior do país.

Pela primeira vez na disputa eleitoral nos municípios, o Partido Social Democrático (PSD) elegeu o prefeito de uma capital do país. Cesar Souza Júnior venceu o segundo turno em Florianópolis (SC).

Sete anos após ser registrado pela Justiça Eleitoral, o Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) elegeu neste domingo (28) seu primeiro prefeito em uma capital do país. Clécio Luís (PSOL) é o novo prefeito de Macapá (AP) com 101.261 votos, o equivalente a 50,59% dos votos válidos.
 
PMDB e PSDB encolhem; PT e PSB avançam
O PMDB e o PSDB lideram o ranking de prefeituras conquistadas pelos partidos em 2012, embora tenham tido menos prefeitos eleitos em todo o país nas eleições municipais deste ano em comparação com o pleito de 2008.

O PT, que ocupa o 3º lugar do ranking, conseguiu conquistar mais prefeituras do que em 2008. Já o PSD sai de sua primeira eleição municipal na 4ª posição, com 497 prefeitos eleitos.

Outros dados preocupantes desse segundo turno, foi a taxa de abstenção que foi muito alta, em torno de 19%, segundo o TSE - Tribunal Superior Eleitoral.

Municípios do Brasil acima de cem mil habitantes

Segue a lista dos municípios acima de 100 mil habitantes do Brasil. Os dados que seguem estão em conformidade à lista publicada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), de acordo com a estimativa de 2011.
O Brasil é uma república federativa presidencialista localizada na América do Sul, formada pela união de 26 estados federados e por um distrito federal, divididos em 5 565 municípios. Além do território continental, o Brasil também possui alguns grandes grupos de ilhas no oceano Atlântico como os Penedos de São Pedro e São Paulo, Fernando de Noronha (território estadual de Pernambuco), Trindade e Martim Vaz, no Espírito Santo, e um complexo de pequenas ilhas e corais chamado Atol das Rocas (pertencente ao estado do Rio Grande do Norte).
Com 8,51 milhões de quilômetros quadrados de área, equivalente a 47% do território sul-americano, e com 190 732 694 habitantes, o país possui a quinta maior área territorial do planeta e o quinto maior contingente populacional do mundo.
A cidade mais populosa do Brasil é São Paulo, com mais de 11 milhões de habitantes, e em seguida vem o Rio de Janeiro, com mais de 6 milhões. Salvador e Brasília possuem pouco mais de 2 milhões e 600 mil.
Guarulhos, com mais de 1 200 000 é a cidade não-capital mais populosa do Brasil. Em contraste, Palmas, capital estadual do Tocantins, é a capital menos populosa, não está nem mesmo entre as cem cidades mais populosas, contando com menos de 250 mil habitantes. O estado com mais presenças de cidades na lista é São Paulo, o mais populoso também em números absolutos e é nele que se localiza a maior cidade interiorana do país, Campinas, que conta com mais de 1 milhão de habitantes.



Município Unidade federativa População

1 São Paulo São Paulo 11 316 149

2 Rio de Janeiro Rio de Janeiro 6 355 949

3 Salvador Bahia 2 693 605

4 Brasília Distrito Federal 2 609 997

5 Fortaleza Ceará 2 476 589

6 Belo Horizonte Minas Gerais 2 385 639

7 Manaus Amazonas 1 832 426

8 Curitiba Paraná 1 764 540

9 Recife Pernambuco 1 546 516

10 Porto Alegre Rio Grande do Sul 1 413 094

11 Belém Pará 1 402 056

12 Goiânia Goiás 1 318 148

13 Guarulhos São Paulo 1 233 436

14 Campinas São Paulo 1 088 611

15 São Luís Maranhão 1 027 429

16 São Gonçalo Rio de Janeiro 1 008 064

17 Maceió Alagoas 943 109

18 Duque de Caxias Rio de Janeiro 861 157

19 Teresina Piauí 822 363

20 Natal Rio Grande do Norte 810 780

21 Nova Iguaçu Rio de Janeiro 799 047

22 Campo Grande Mato Grosso do Sul 796 252

23 São Bernardo do Campo São Paulo 770 253

24 João Pessoa Paraíba 733 154

25 Santo André São Paulo 678 485

26 Osasco São Paulo 667 826

27 Jaboatão dos Guararapes Pernambuco 649 787

28 São José dos Campos São Paulo 636 876

29 Ribeirão Preto São Paulo 612 339

30 Uberlândia Minas Gerais 611 903

31 Contagem Minas Gerais 608 714

32 Sorocaba São Paulo 593 775

33 Aracaju Sergipe 579 563

34 Feira de Santana Bahia 562 466

35 Cuiabá Mato Grosso 556 298

36 Joinville Santa Catarina 520 905

37 Juiz de Fora Minas Gerais 520 810

38 Londrina Paraná 511 278

39 Niterói Rio de Janeiro 489 710

40 Ananindeua Pará 477 999

41 Belford Roxo Rio de Janeiro 472 008

42 Campos dos Goytacazes Rio de Janeiro 468 086

43 Aparecida de Goiânia Goiás 465 092

44 São João de Meriti Rio de Janeiro 459 379

45 Caxias do Sul Rio Grande do Sul 441 332

46 Porto Velho Rondônia 435 752

47 Florianópolis Santa Catarina 427 298

48 Mauá São Paulo 421 184

49 Vila Velha Espírito Santo 419 853

50 Santos São Paulo 419 509

51 Serra Espírito Santo 416 028

52 São José do Rio Preto São Paulo 412 075

53 Macapá Amapá 407 023

54 Mogi das Cruzes São Paulo 392 195

55 Diadema São Paulo 388 575

56 Campina Grande Paraíba 387 643

57 Betim Minas Gerais 383 570

58 Olinda Pernambuco 378 537

59 Jundiaí São Paulo 373 713

60 Carapicuíba São Paulo 371 502

61 Piracicaba São Paulo 367 289

62 Montes Claros Minas Gerais 366 134

63 Maringá Paraná 362 329

64 Cariacica Espírito Santo 350 615

65 Bauru São Paulo 346 076

66 Rio Branco Acre 342 298

67 Anápolis Goiás 338 544

68 São Vicente São Paulo 334 663

69 Caucaia Ceará 330 854

70 Vitória Espírito Santo 330 526

71 Pelotas Rio Grande do Sul 328 864

72 Itaquaquecetuba São Paulo 325 518

73 Canoas Rio Grande do Sul 325 188

74 Franca São Paulo 321 012

75 Caruaru Pernambuco 319 579

76 Ponta Grossa Paraná 314 527

77 Blumenau Santa Catarina 312 634

78 Vitória da Conquista Bahia 310 129

79 Paulista Pernambuco 303 400

80 Petrolina Pernambuco 299 751

81 Ribeirão das Neves Minas Gerais 299 728

82 Uberaba Minas Gerais 299 360

83 Santarém Pará 297 039

84 Petrópolis Rio de Janeiro 296 565

85 Guarujá São Paulo 292 743

86 Boa Vista Roraima 290 741

87 Cascavel Paraná 289 339

88 Taubaté São Paulo 281 336

89 Limeira São Paulo 278 093

90 São José dos Pinhais Paraná 268 807

91 Praia Grande São Paulo 267 306

92 Suzano São Paulo 265 074

93 Governador Valadares Minas Gerais 264 960

94 Mossoró Rio Grande do Norte 263 344

95 Santa Maria Rio Grande do Sul 262 368

96 Volta Redonda Rio de Janeiro 259 011

97 Gravataí Rio Grande do Sul 257 428

98 Foz do Iguaçu Paraná 255 900

99 Várzea Grande Mato Grosso 255 448

100 Juazeiro do Norte Ceará 252 841

101 Camaçari Bahia 249 206

102 Imperatriz Maranhão 248 805

103 Taboão da Serra São Paulo 248 127

104 Sumaré São Paulo 244 733

105 Barueri São Paulo 243 241

106 Embu das Artes São Paulo 242 730

107 Ipatinga Minas Gerais 241 538

108 Viamão Rio Grande do Sul 240 302

109 Novo Hamburgo Rio Grande do Sul 239 151

110 Marabá Pará 238 708

111 Palmas Tocantins 235 315

112 Magé Rio de Janeiro 228 972

113 São Carlos São Paulo 224 172

114 Itaboraí Rio de Janeiro 220 351

115 Marília São Paulo 218 228

116 Sete Lagoas Minas Gerais 216 399

117 Arapiraca Alagoas 216 107

118 São Leopoldo Rio Grande do Sul 215 664

119 Divinópolis Minas Gerais 215 246

120 Colombo Paraná 215 242

121 Americana São Paulo 212 791

122 Jacareí São Paulo 212 743

123 São José Santa Catarina 212 586

124 Macaé Rio de Janeiro 212 433

125 Maracanaú Ceará 211 267

126 Araraquara São Paulo 210 672

127 Presidente Prudente São Paulo 209 024

128 Parnamirim Rio Grande do Norte 208 425

129 Indaiatuba São Paulo 205 808

130 Itabuna Bahia 205 286

131 Cotia São Paulo 205 154

132 Santa Luzia Minas Gerais 204 327

133 Itapevi São Paulo 203 712

134 Juazeiro Bahia 199 761

135 Rondonópolis Mato Grosso 198 949

136 Dourados Mato Grosso do Sul 198 421

137 Rio Grande Rio Grande do Sul 198 048

138 Alvorada Rio Grande do Sul 196 571

139 Hortolândia São Paulo 195 775

140 Criciúma Santa Catarina 193 988

141 Cachoeiro de Itapemirim Espírito Santo 191 041

142 Cabo Frio Rio de Janeiro 190 786

143 Sobral Ceará 190 724

144 Rio Claro São Paulo 187 637

145 Cabo de Santo Agostinho Pernambuco 187 158

146 Chapecó Santa Catarina 186 336

147 Itajaí Santa Catarina 186 127

148 Passo Fundo Rio Grande do Sul 186 082

149 Ilhéus Bahia 185 801

150 Nova Friburgo Rio de Janeiro 182 747

151 Araçatuba São Paulo 182 525

152 Rio Verde Goiás 181 020

153 Santa Bárbara do Oeste São Paulo 180 771

154 Barra Mansa Rio de Janeiro 178 355

155 Luziânia Goiás 177 098

156 Castanhal Pará 176 116

157 Angra dos Reis Rio de Janeiro 173 369

158 Ferraz de Vasconcelos São Paulo 170 296

159 Mesquita Rio de Janeiro 168 966

160 Guarapuava Paraná 168 262

161 Lauro de Freitas Bahia 167 308

162 Teresópolis Rio de Janeiro 165 716

163 São José de Ribamar Maranhão 165 418

164 Águas Lindas de Goiás Goiás 163 495

165 Nossa Senhora do Socorro Sergipe 163 046

166 Ibirité Minas Gerais 160 943

167 Parauapebas Pará 160 228

168 Nilópolis Rio de Janeiro 157 710

169 Timon Maranhão 157 438

170 Lages Santa Catarina 156 664

171 Caxias Maranhão 156 327

172 Francisco Morato São Paulo 156 063

173 Itu São Paulo 155 589

174 Itapecerica da Serra São Paulo 154 374

175 Poços de Caldas Minas Gerais 153 725

176 Araguaína Tocantins 153 350

177 Jequié Bahia 152 137

178 São Caetano do Sul São Paulo 149 962

179 Pindamonhangaba São Paulo 148 604

180 Bragança Paulista São Paulo 148 411

181 Parnaíba Piauí 146 735

182 Itapetininga São Paulo 145 821

183 Jaraguá do Sul Santa Catarina 145 781

184 Camaragibe Pernambuco 145 676

185 Linhares Espírito Santo 143 508

186 Alagoinhas Bahia 142 869

187 Abaetetuba Pará 142 785

188 Paranaguá Paraná 141 477

189 Teixeira de Freitas Bahia 140 709

190 Palhoça Santa Catarina 139 989

191 Patos de Minas Minas Gerais 139 848

192 Barreiras Bahia 139 284

193 Queimados Rio de Janeiro 139 188

194 Mogi Guaçu São Paulo 138 244

195 Valparaíso de Goiás Goiás 135 908

196 Teófilo Otoni Minas Gerais 135 153

197 Franco da Rocha São Paulo 133 406

198 Jaú São Paulo 132 493

199 Pouso Alegre Minas Gerais 132 445

200 Sapucaia do Sul Rio Grande do Sul 131 587

201 Maricá Rio de Janeiro 131 354

202 Vitória de Santo Antão Pernambuco 130 923

203 Garanhuns Pernambuco 130 303

204 Porto Seguro Bahia 129 324

205 Botucatu São Paulo 128 788

206 Atibaia São Paulo 127 778

207 Barbacena Minas Gerais 127 217

208 Sabará Minas Gerais 127 096

209 Uruguaiana Rio Grande do Sul 125 320

210 Varginha Minas Gerais 124 162

211 Crato Ceará 122 716

212 Cametá Pará 122 682

213 Apucarana Paraná 121 924

214 Santa Rita Paraíba 121 166

215 Araucária Paraná 121 032

216 Resende Rio de Janeiro 120 937

217 Toledo Paraná 120 934

218 Araras São Paulo 119 967

219 Simões Filho Bahia 119 759

220 Cubatão São Paulo 119 519

221 Santa Cruz do Sul Rio Grande do Sul 119 199

222 Cachoeirinha Rio Grande do Sul 119 100

223 Codó Maranhão 118 567

224 Pinhais Paraná 118 084

225 Itapipoca Ceará 117 719

226 Conselheiro Lafaiete Minas Gerais 117 562

227 Ji-Paraná Rondônia 117 363

228 Bagé Rio Grande do Sul 116 944

229 Sinop Mato Grosso 116 013

230 Maranguape Ceará 115 464

231 Bragança Pará 114 720

232 Araruama Rio de Janeiro 114 250

233 Campo Largo Paraná 113 881

234 Ribeirão Pires São Paulo 113 725

235 Catanduva São Paulo 113 355

236 Barretos São Paulo 112 729

237 Guaratinguetá São Paulo 112 675

238 Colatina Espírito Santo 112 431

239 Santana de Parnaíba São Paulo 111 422

240 Sertãozinho São Paulo 111 257

241 Itaguaí Rio de Janeiro 111 170

242 Rio das Ostras Rio de Janeiro 110 992

243 Marituba Pará 110 842

244 Balneário Camboriú Santa Catarina 110 747

245 Itabira Minas Gerais 110 663

246 São Mateus Espírito Santo 110 453

247 Araguari Minas Gerais 110 402

248 Birigui São Paulo 109 835

249 Votorantim São Paulo 109 798

250 Jandira São Paulo 109 613

251 Paulo Afonso Bahia 109 309

252 Valinhos São Paulo 108 621

253 Bento Gonçalves Rio Grande do Sul 108 490

254 Tatuí São Paulo 108 393

255 Várzea Paulista São Paulo 108 186

256 Paço do Lumiar Maranhão 107 764

257 Brusque Santa Catarina 107 763

258 Passos Minas Gerais 106 987

259 Poá São Paulo 106 797

260 Vespasiano Minas Gerais 106 684

261 Guarapari Espírito Santo 106 582

262 Salto São Paulo 106 464

263 Trindade Goiás 106 256

264 Arapongas Paraná 105 587

265 Açailândia Maranhão 105 254

266 Almirante Tamandaré Paraná 104 350

267 Corumbá Mato Grosso do Sul 104 317

268 Coronel Fabriciano Minas Gerais 104 173

269 São Lourenço da Mata Pernambuco 103 854

270 Ourinhos São Paulo 103 739

271 Igarassu Pernambuco 103 536

272 Três Lagoas Mato Grosso do Sul 103 536

273 Itatiba São Paulo 103 027

274 Parintins Amazonas 102 945

275 Santana Amapá 102 860

276 Ubá Minas Gerais 102 782

277 Caraguatatuba São Paulo 102 522

278 Formosa Goiás 101 730

279 Umuarama Paraná 101 442

280 Eunápolis Bahia 101 432

281 Muriaé Minas Gerais 101 430

282 Patos Paraíba 101 358

283 Altamira Pará 100 736

284 Bacabal Maranhão 100 614

285 Bayeux Paraíba 100 136

  Fonte: Wikipedia e Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

FATOS ETERNOS - POPULISMO (PARTE II)

“Façamos a Revolução antes que o povo a faça.”



O título deste artigo é a consistência de todo o período populista, o qual terá seu fim com o golpe de Estado de 1964. Para iniciar a discussão é preciso primeiro indagar o que é o populismo. Para isso, é preciso retomar o titulo deste artigo, o qual resume claramente o que aconteceu em 1963, quando o governo debatia muito sobre algumas reformas, na verdade o que estavam tentando era encontrar alguma forma de tornar desnecessária a participação popular das decisões políticas. Assim, o golpe de 1964 envolve muito mais do que a queda do governo de João Goulart, ou seja, é a aniquilação do regime anterior, acabando com toda a elite política, assim como a exclusão política das massas, acaba com a participação política de quase toda sociedade civil.

Para não cair em uma análise autoritarista, antidemocrata é preciso, ao invés de julgar e discriminar o populismo, fazer uma análise destacando os pontos positivos e negativos, entendendo que o populismo, é uma forma política, baseada em uma visão hegemônica da sociedade. Pois, como lembra Ângela de Castro Gomes (2001.), muitos autoritaristas e antidemocratas utilizam de afirmações genéricas de senso comum para justificar o motivo de serem contrários a participação política. Assim, explicam seu ponto de vista com afirmações do tipo: os políticos populistas são aqueles que enganam o povo, que prometem e não cumprem, usam de um discurso para o povo, enquanto agem de acordo com seus interesses pessoais.

Esta explicação é apoiada em afirmações realizadas pelos políticos da UDN (União Democrática nacional), os quais desde 1945 até 1964 perderam três eleições presidenciais consecutivas (1945, 1950 e 1955) e apoiou a candidatura vitoriosa de Jânio Quadros em 1960, por defenderem um liberalismo, que não se justificava nem se sustentava mais. Também, foram os políticos, que com a ilusão da vitória política apoiaram o golpe militar de 1964. Desta forma, sempre desprezam a massa e a política populista, aconselhando os demais políticos para não tentarem fazer o povo refletir, para prometerem tudo que o povo pede e sempre quando puderem abrace o povo.

È necessário lembrar que as tensões e os debates sobre populismo gerou tensões e gera, percorrendo décadas e décadas, até hoje não havendo um consenso de quando, como iniciou o populismo, nem seu significado, tampouco se ele acabou com o golpe militar em 1964 no Brasil. Para defini-lo buscou a definição mais ampla e consistente, que fosse além do senso comum. Partindo de Gomes, o populismo não é massificação da população, mas uma aliança entre Estado e população. Chegou se ao ponto de vista de Francisco Weffort, que afirma que o populismo é a massificação da população é negar a participação do povo nas conquistas nas décadas de 1930 a 1964.

Weffort é o cientista político brasileiro que melhor trabalhou e definiu o populismo. Ele acredita que o populismo deve ser visto como uma democracia em partes, uma democracia regulada. Porém, afirma que as políticas populistas desestruturaram o movimento operário, não só da Era Vargas (1937-1945), mas de todo o período. Portanto, o político populista defendia uma ideologia, tinha um motivo de tomar suas decisões. Pois, como nota Gomes, o populismo não nasceu do dia da noite, ou seja, ocorreram alguns fatores históricos sociais, que permitissem sua ocorrência, ela destaca alguns: um proletariado, sem consciência de classe, uma classe dirigente, em crise de hegemonia; um líder carismático, que regula a relação proletariado Estado, subordinando as instituições e rompendo com as fronteiras sociais.

Baseado em Weffort, as condições gerais do populismo seriam: 1. Massificação, retira a individualidade das pessoas sem uma conscientização os conglomeram, gerando uma sociabilidade periférica e mecânica, sem consciência de classe; 2. Perda da “representatividade” da “classe dirigente”, a qual se transforma em parasitária e dominante; 3. Presença de um líder carismático. Contudo, é dentro desse contexto político que surgem as classes populares, o que está diretamente relacionado com o processo de desenvolvimento da democracia.

Não pode ser esquecido, como lembra Weffort, são as particularidades da América Latina, ou seja, pode-se utilizar de elementos e teorias que explicam o mecanismo Europeu e dos demais países, porém, não pode abandonar as particularidades locais. Na América Latina, houveram algumas: como a falta de experiência política, tal como a falta de experiência de classes. Com isso, observa-se que nos países latino-americano o desenvolvimento político se deu em diferentes níveis de participação, sendo definido com uma "democracia representativa", por início era uma participação ampliada, até alcançar a participação total. Todavia, é importante destacar que participação é diferente de mobilização política.

Ao estudar os casos dos países latino-americanos, com base ainda Weffor, deve se ressaltar que o contexto destes, que seria o influxo da formação e consolidação do capitalismo. Primeiro, colônias de Portugal ou Espanha, assim como se segue passam ao domínio imperialista inglês, depois dos Estados Unidos, de forma que sempre estiveram sobre uma relação de subordinação exigida pela expansão do capitalismo mundial. O capitalismo na América Latina só se consolidou com a Independência dos países, com o desenvolvimento de uma burguesia agrária ou comercial, na metade do século XIX.

Portanto, a modernização política nestes países foi conseqüência de um processo de perda de hegemonia das classes agrárias. Com isso, na história da América Latina, não é o setor clássico da sociedade burguesa que moderniza o Estado, mas um setor empresarial, isso indica que o desenvolvimento do capitalismo latino-americano esteja no mesmo estágio do europeu. Com isso, algumas teorias nos levam a refletir sobre dois problemas da América Latina, as estruturas reais do processo de acumulação do capitalismo nela, e o outro seria uma indagação sobre o problema nacional das relações políticas e ideológicas entre as classes sociais, os valores nacionais e a “cultura nacional” para as diferentes classes que se confrontam nela. Também, observa-se uma emergência política das classes populares na América Latina, o que significou, por um lado, a pressão popular sobre as estruturas do Estado e do mercado, por outro lado a pressão popular no interior do regime político.

Alguns componentes fundamentais para o populismo, segundo Weffort: a personalização do poder, a imagem da soberania do Estado sobre o conjunto da sociedade e a necessidade da participação das massas populares urbanas. Nesta nova estrutura, o Estado tende a se confundir com a pessoa, a qual assume a posição de árbitro. Contudo, esta posição que o governante assume não poderia ser durável, de forma que nos primeiros anos, a solução encontrada por Vargas foi à implantação de uma ditadura. Com a crise interna das classes dominantes brasileiras, o Estado deve penetrar nas massas populares urbanas, de forma que o chefe de Estado estará representando as massas. Devido à dificuldade da classe dominante, de se assumir como classe, sendo uma das características que levam a mesma a manipular a massa, surge intermediários para assumirem o governo, estabelecendo alianças com as massas populares. As limitações das funções do governo populista estão em duas premissas: Na relação entre a classe dominante e o chefe de Estado; e na relação das classes populares, que limitaram seu poder através das reivindicações.

Seria ingênuo imaginar que o Estado teria inventado uma nova força social, a fim de atender seus interesses no jogo político, apesar de uma análise como esta aparecer real, não tem apoio histórico, algum. Entender a passividade das classes operárias nos decênios posteriores a Revolução de 1930, é entender que a participação política de classe esta de acordo com um auto-reconhecimento, uma consciência de classe, de forma que nenhuma classe no contexto histórico brasileiro possuía, assim, todas foram pacíficas nas décadas que decorreram a Revolução de 1930. Contudo, a noção de manipulação e passividade das classes deve ser relativizada, para conseguir entender-se o real significado do populismo, assim o autor propõe para melhor entender este contexto histórico, que veja-se o populismo como uma aliança entre diferentes setores e diferentes classes sociais, onde a hegemonia encontra-se sempre vinculado as classes dominantes.

De forma, que para entender melhor a influência da pressão popular sobre o desenvolvimento econômico e o complexo quadro político, que inicia com a crise das oligarquias, é necessário realizar uma análise mais a fundo e detalhada dos acontecimentos em cada país, com suas particularidades. Assim, é preciso sair desta análise mais ampla do populismo americano latino e se especificar mais no brasileiro, que é o objetivo do texto, contudo o populismo melhor estudado foi o argentino e muitos dos autores brasileiros se baseiam nos estudos argentinos, assim, este texto acaba por se apoiar também nos estudos argentinos.

Para isso, a partir de algumas particularidades brasileiras será definido populismo. Primeiro, diferenciando o conceito de populismo de “coronelismo”, lembrando que no Brasil sempre houveram muitos Coronéis e sempre se escuta essa denominação, mas o que é realmente o coronel, tem alguma ligação com o político populista. Definir precisamente qualquer conceito utilizado nas ciências humanas em geral, é preciso entender que eles possuí um contexto histórico e diferentes interpretações. Então, para falar desses temas a base ainda será em Weffort, pois no Brasil é uma referência nesse tema.

Tanto populismo como “coronelismo” há uma identificação entre a base e o chefe. Contudo, o “coronelismo” é uma forma de poder local, reduzido ao seu habitat, local no interior de um município, que se caracteriza pela incursão do poder privado no domínio político. Enquanto, o populismo tem suas raízes mais fortes nas localidades onde ocorre a intensificação de urbanização, tendo em São Paulo, como expoente destes dois fenômenos. Assim, é uma relação entre líder e massa que se assemelha a relação tradicional da velha sociedade agrária brasileira. Portanto, as diferenças são inúmeras, em suma, o “coronelismo” é um compromisso entre poder publico e privado, expressada pelo grande proprietário de terras; em contra partida, o populismo é a exaltação do poder público, o próprio Estado estaria em contato com as massas.

Depois dessa análise é preciso interpretar a “massificação” populista, com base em Weffort: 1. A pressão popular sobre o Estado é marcada pela insatisfação, mesmo dos setores integrados ao desenvolvimento econômico; 2. Esta insatisfação é manipulada pelos lideres populistas; 3. A “situação de massas” dissolve os vínculos com os padrões tradicionais e obscurecem a consciência de classe, não são independentes da posição de determinadas classes, apesar das massas negarem esta influência; 4. Deste modo, a manipulação da massa pelos lideres populistas limita-se nestas posições de classes, de forma que se o líder de Estado encontra-se impossibilitado de oferecer algum grau de satisfação popular concreta, sua imagem começa por diluir-se perante as massas.

Desta forma, é possível notar que no Brasil houve diferentes formas de populismo desde seu inicio em 1930 até seu colapso em 1964, as quais além de se diferenciar por ideologias, por região também se diferenciaram por momento histórico. Entre elas, 1930-1937, depois a da ditadura Vargas, depois 1945 a 1954, com o suicídio de Vargas, depois de 1954-1964, com diferentes presidentes, encerrando-se em 1964, com João Goulart. Por ideologias, observam-se duas essencialmente paulistas, exemplificadas por Jânio Quadros, o qual é famoso pelas suas frases: Bebo porque é liquido, se fosse sólido comê-lo-ia e...; e Ademar de Barros. Porém, definir o janismo e o ademarismo, primeiro é preciso ter em mente o que foi e representou o movimento populista na política brasileira. Ou seja, que o populismo, é uma forma popular de consagração de uma pessoa que aparece como a imagem desejada para liderança. De forma, que a massa se integra de mãos atadas aos interesses dos dominantes, por espera que esse faça tudo.

Com isso, é possível analisar a fundação do Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), em 1945, um partido ideologicamente populista. Como desta Lucila Almeida Neves (2001), Getúlio Vargas era antipartidário, pois acreditava que assim colocava a política dentro da lógica de mercado do liberalismo. Contudo, devido à conjectura do período, fim da Segunda Guerra Mundial, vitória do liberalismo, fim da Ditadura de Vargas (Estado Novo), Vargas, para continuar no meio político, não teve escolha e acabou tendo que se filiar a um partido, no caso escolheu o PTB.

A proposta do PTB era visando os trabalhadores, sempre pensando no salário na previdência social. Isso muito porque a maioria dos integrantes era sindicalista ou advogado sindicais. Todavia, dentro do partido havia três vertentes trabalhistas:

A getulista pragmática, que foi hegemônica nos primeiros anos pós-1945, os burocratas, tinham como objetivo, preservar o carisma político de Getulio Vargas, montar um partido para os trabalhadores e não dos trabalhadores. Para isso, possuí dois suportes: um de natureza ideológica, que se mostrava um partido de eficácia social e neutro; e outro de natureza organizativa, que buscou base em instituições públicas. Devido ao processo histórico o pragmatismo getulista, foi sendo rompido, enquanto as concepções nacionalistas e desenvolvimentistas foram mudando. De forma a se consolidar uma nova conjuntura social.

Outra vertente era as dos doutrinários trabalhistas, em sua maioria era composta pelos intelectuais orgânicos do partido, visavam o trabalhismo social. Sua base era nas tendências doutrinárias, tendo como figura representativa Alberto Pasqualini. Seus fundamentos básicos eram de forma geral: trabalhismo como etapa para o reformismo social; conservação do capitalismo e da propriedade privada, buscando significados sociais neles; organização autônoma dos trabalhadores em função de uma ampla reforma social; difusão dos princípios trabalhistas na sociedade brasileira; políticas nacionalistas independentes com posições conjunturais e com diferentes subjetividades. Não queriam o fim do capitalismo, temiam o socialismo, de forma, que uma reformulação capitalista, a qual fizesse com que esse fosse menos privatista e mais social, evitaria o socialismo. Em suma, suas reivindicações eram: distribuição da riqueza; realização de reforma agrária com objetivo de uma maior estabilidade social; salários justos; elaboração de um programa de previdência social justo e eficaz; estabelecimento de um sistema de crédito popular administrado pelo Estado; educação político do povo e da juventude; combate ao capital estrangeiro com efeitos maléficos a sociedade; implantação de um regime político que interviesse na economia, de forma que houvesse a maior liberdade política e melhor distribuição de riquezas; manutenção das empresas estatais, abrindo apenas alguns setores para o capital privado; constituição de um fundo monetário ou um poder aquisitivo cooperativo visando os direitos humanos básicos; manutenção das leis trabalhistas; incentivo ao cooperativismo; e investimento na educação.

A última vertente eram os pragmáticos reformistas, atuaram principalmente na segunda metade da década de 1950, seu principal expoente foi João Goulart, tinham tendências getulistas e doutrinárias, era o meio termo. João Goulart, um conterrâneo de Getulio Vargas, Rio Grande do Sul. Teve inúmeros cargos administrativos governamentais, até a presidência da república de 1961-1964, quando foi deposto, pela ditadura militar. Goulart, quando assume o Ministério do Trabalho coloca em projeto muitas das concepções desta frente trabalhista, entre elas: crítica ao capitalismo pelos seus aspectos desumanos e sem pátria; preocupação com o bem-estar da população e com a defesa dos direitos dos trabalhadores; preocupação com a distribuição de renda; pretensão de uma ordem política democrática visando uma justiça social; harmonização entre um “capitalismo sadio” e o bem estar dos trabalhadores; atuação, intervenção do Estado dos conflitos sociais, agindo também como mediador dos mesmos; paz social através de um desenvolvimento mais humano; implementação de bancos estatais que investissem e financiassem os trabalhadores; defesa da realização de uma reforma agrária.

Independente dos Paradoxos e das contradições do PTB e do trabalhismo em si, percebe-se neste movimento, uma solidariedade e uma luta por reformas contra o subdesenvolvimento, mesmo que as propostas e ações sejam contraditórias, ou utópicas, se diferenciando do individualismo compulsivo da atualidade. Portanto, o que foi ideal e base de um tempo, hoje é apresentado como irreal, utópico e ultrapassado, ficando escondido pelas brumas da História, toda uma série de conquistas e lutas de várias gerações.

Com essa análise mais detalhada que Neves fez do PTB, é possível perceber que o populismo não visava só à massificação da população. Embora, seus diversos aspectos negativos, também tiveram inúmeros positivos. Assim, ao invés de ver o populismo como certo ou errado, é importante vê-lo como um estilo de governo, sensível as pressões populares. Sendo possível entendê-lo, somente no contexto de crise política e de desenvolvimento econômico, que se abre com a Revolução de 1930. Manifesta-se no processo de democratização do Estado, apoiado no autoritarismo institucional da ditadura Vargas (1937-45) ou no autoritarismo paternalista ou carismático dos lideres de massas da democracia do pós-guerra (1945-64). Assim, o populismo é um estilo político que em seus diferentes períodos expressam em essencial a crise das oligarquias e do liberalismo. Desta forma, para entender o populismo brasileiro é preciso retomar os acontecimentos entre os anos de 1929 e 1930. Primeiramente, é preciso caracterizar o tipo de sociedade brasileira neste período, uma sociedade agrário-exportadora, com poder local forte. Com essas características, consegue mostrar como se deu a crise da hegemonia oligárquica, com o desenvolvimento do capitalismo mundial, as idéias liberais se difundem pelas Américas, atingindo a América Latina. Assim, esta nova ideologia entra em choque com a antiga ideologia, que sustentava a hegemonia oligárquica.

Portanto, é importante ressaltar e notar que falar de política no capitalismo envolve pensar em economia, assim, é importante entender que o surgimento do populismo no Brasil, se deu devido às mudanças econômicas, também, dos anos de 1930. Assim, é preciso retomar o abalo sofrido pela economia com a crise de 1929, junto com a depressão de 1930, que abre, no Brasil, condições sociopolíticas iniciais para o processo de democratização do Estado. Deste modo, a Revolução de 1930 é o ponto de partida de uma nova fase da história política brasileira, a qual rompe com um Estado oligárquico, ligados às grandes propriedades agrárias, voltadas ao mercado externo, e inicia a formação de um Estado democrático, apoiado nas massas populares urbanas e nos setores industriais. Começa assim, nessa época, a transição de uma, nos termos de Germani, “democracia com participação limitada” para uma “democracia com participação ampliada”. Portanto, devido à permanência dos aspectos básicos das condições estruturais que passam a se configurar, a partir de 1930, por isso da continuidade dessa mesma democracia de 1945 até a queda de João Goulart.

Lembrando, como Weffort ressaltou que a decadência da economia de exportação é reflexo da decadência dos impulsos externos e não um conflito entre os setores urbanos industriais e os setores tradicionais agrários. Em 1930, começa uma política, que possibilita a instalação do capitalismo industrial, criando condições favoráveis para o investimento ligado ao mercado interno e a economia brasileira, que não depende mais exclusivamente estímulos externos. Surgindo uma nova personagem na história brasileira: as massas populares urbanas; a fonte de legitimidade do Estado brasileiro. Assim, aparece o “fantasma do povo”, manipulado por 15 anos por Getulio Vargas, onde o Estado sobre uma estrutura sindical controlava o povo, criando a ideologia do “pai dos pobres”, por legalizar a “questão social”, reconhecendo as massas o direito de reivindicarem por seus direitos.

Retomando a idéia de a mudança de Estado nos países latino-americanos, não ter sido apoiada pela as classes sociais clássicas, como na Europa. Para entender o que se passou, no Brasil, quem melhor explica é Fernando Henrique Cardoso. Assim, no Brasil, houve uma dependência do desenvolvimento industrial do capital estrangeiro, não criando, assim, uma camada empresarial autônoma, capaz de criar uma relação política, de acordo com esses interesses. Portanto, instaura-se no Brasil, um Estado como realidade política, enquanto a democracia fica apenas como um mito, de forma que o Estado cada vez se torna mais superior e soberano a sociedade esmagando qualquer possibilidade de reação dos grupos não hegemônicos.

Essa atitude acabou por ser uma debilidade política dos grupos dominantes urbanos, que tentaram substituir as oligarquias na hegemonia política de um país tradicionalmente agrário, numa etapa que possibilitava um desenvolvimento capitalista nacional. Foi, neste período, a expressão maior da emergência das classes populares, gerando a incorporação dessas ao jogo político. Portanto, o populismo é mais complicado que mera manipulação, cuja complexidade política não ressalta a complexidade das condições históricas em que se formou, sendo um modo concreto de manipulação das classes populares, ao mesmo tempo uma manifestação da insatisfação das mesmas. Este estilo de governo e comportamento político essencialmente ambíguo, onde os dominantes exerciam seus domínios, em contra partida os seus domínios encontrava-se potencialmente ameaçado.

Getulio Vargas desde que assumiu o Estado em 1930, sempre esteve reformulando as relações entre a classe trabalhadora e o poder estatal. Assim, o número de greves diminui, também, o número de grevistas envolvidos. Como observa Weffort, Getulio Vargas e os políticos populistas criam uma estrutura sindical no Brasil, a qual é a intermediária na relação entre poder político e classes. Em contra partida, a ausência de “partidos políticos”, como na situação atual da política brasileira, que transforma a relação política em relação entre indivíduos. Assim, é necessário analisar a participação popular, através de algumas manifestações políticas, nessa encontra-se principalmente a liderança de massas do tipo populista, a qual foi a principal forma política no período democrático, e o nacionalismo, ideologia que inspirou diversas linhas de organizações políticas e influenciou sindicatos e associações estudantis.

A presença popular é fato evidenciado na etapa democrática pós-1945. Pela primeira vez, na história brasileira as massas urbanas aparecem livres politicamente, contudo é uma liberdade limitada, pois a composição do poder continua a mesma do período anterior. Todavia, terminada a ditadura de Vargas, acaba seu monopólio sobre a opinião popular, embora até sua morte em 1954, será o grande chefe do populismo. O populismo começou a se deparar com suas fragilidades, se mostrando incapaz de manter um equilíbrio entre todas as forças e sobre o processo de ascensão das classes populares. Portanto, Goulart levará o populismo a falência ao tomar o caminho das reformas estruturais.

Embora, a resolução da crise institucional ter ocorrido no governo de João Goulart, seu ápice, assim como indícios de como ela se solucionaria, começa desde a renúncia de Jânio Quadros em 25 de agosto de 1961. Na verdade, expressou toda uma crise que veio se formando desde 1945. Ocorreu devido às forças das transformações sociais e econômicas, associadas ao desenvolvimento do capitalismo industrial, que assumem um ritmo mais acelerado desde a década de 1930. Tendo dois marcos, já descritos anteriormente, na história do Brasil, a crise do velho capitalismo agrário em 1929 voltado à exportação e o rompimento com a hegemonia política das oligarquias regionais, com a Revolução de 1930, sendo um marco econômico e logo em seguida outro político.

Contudo, com a capitalização das relações sociais dos campos, acaba por gerar a politização dos trabalhadores rurais. Com isso, mostra a distribuição política de alguns lideres, nas regiões rurais e suas respectivas importâncias, de forma que o getulismo e as políticas de massas chegam às regiões rurais e ao Nordeste com algumas décadas de atraso. De forma, que como os proletários rurais se engajam na vida política é similar com a dos sindicatos dos operários industriais, e entre as reivindicações mais audaciosas do proletariado agrícola, está à reforma agrária, assim com um quadro com as formulações sindicais rurais de 1963, prova a emergência tardia dos mesmos. Embora, a introdução deles na política, foi o ápice da crise da política populista, resultando no golpe militar de 1964.

O golpe militar de 1964 iniciou com a partida das tropas do exército de Juiz de Fora até a declaração da ausência do Presidente, o qual mal havia cruzado as fronteiras do Brasil, e a nomeação do presidente da Câmara como Presidente da República, o qual é reconhecido imediatamente pelos Estados Unidos da América, com esse reconhecimento imediato percebe quem esteve por de trás do golpe, ou seja, os estadunidenses estavam apoiando o golpe, só não podiam imaginar que duraria tanto tempo. Tudo isso se deu do dia 31 de março de 1964 ao dia primeiro de abril de 1964.

Para entender melhor o golpe é preciso retomar todo o processo dele. Iniciando em 1961, com a renúncia de Jânio Quadros, o qual havia cansado as elites devido aos seus caprichos, não por menos João Goulart, o vice estava em viagem na China. Assim, Leonel Brizola, entre em cena, tentando defender o posto do vice, com argumento da defesa da legalidade, nesta circunstância a democracia vence a primeira batalha e não a guerra. Esse é o erro de Goulart, que ao assumir a presidência da República, esquece que os militares, juntamente com as elites não desistiriam fácil, assim, Goulart dentro de uma República elitista brasileira, começou por medo do socialismo a atender algumas exigências das classes populares. Esquecendo que não existem só revoltas populares, mas também das elites conservadoras.

Assim, não pune nenhum dos participantes da tentativa do primeiro golpe, esquecendo que muitos movimentos sociais populares se dispuseram a lutar contra o golpe, faltava apenas que a figura de Goulart conseguisse ampliar esta mobilização social, iniciada no Rio Grande do Sul e por último e talvez mais importante, a defesa da legalidade, argumento utilizado por Leonel Brizola era em favor da democracia e não dos movimentos agressivos e ofensivos, conhecidos como os gorilas, que lutavam contra os golpistas. Portanto, não havia o que os detivessem.

No período da renúncia de Jânio ao golpe militar de 1964, foi o período republicano com maior mobilização social. Os movimentos sociais iam a luta e as ruas exigir seus direitos. De forma, que não havia uma alma viva no Brasil, que não soubesse que o país necessitava de reformas, até as elites conservadoras, afirmavam isso. Contudo, os conservadores reclamavam das greves e badernas e da falta de atitude do presidente, que permanecia com atitudes populistas, não calando a baderna dos movimentos sociais. Portanto, havia um medo crescente que se instaurassem um comunismo como o cubano no Brasil, assim, todos desconfiavam de todos a respeito do golpe ditatorial, podendo ser comunista ou capitalista.

Jango teve algumas vitórias no período em que esteve na presidência com ajuda dos movimentos sociais. Todavia, todas suas propostas de reformas enviadas ao legislativo, eram rejeitadas, pela extrema esquerda que as viam como muito conservadora e pela extrema direita que as viam como muito radicais e cada vez mais a sociedade brasileira se polariza. Desta forma, Jango, em outubro de 1963, encontra-se desorientado, de tal forma que tenta decretar estado sítio ao Brasil, porém nem a extrema direita nem a, esquerda aprovam esta conduta. Apenas em março de 1964, Jango decidiu por realizar comícios e reverter à situação de descontentamento social, com o discurso de que neste novo ano o Brasil iria prosperar, se comparando aos grandes heróis, construídos nacionalmente, Getulio Vargas, Princesa Isabel, entre outros. Fez todo um planejamento de Comícios, tendo seu último marcado no dia primeiro de maio em São Paulo. É importante enfatizar que seu primeiro comício em 13 de março, fez bastante sucesso.

A primeira reação conservadora é em São Paulo, com as marchas em nome de Deus e da Família. Logo no Rio de Janeiro, o ministro da marinha entra em atrito com os marinheiros. Assim, agosto de 1961, a defesa da legalidade que defendeu o governo dos golpistas conservadores, em março de 1964, se aparentava diferente. Isto é, viam o presidente Jango agindo na ilegalidade, enquanto as forças conservadoras tentavam, apenas, aparentemente, manter a ordem legislativa. Jango juntamente com as forças reformistas comete um erro brutal, o que facilitará o golpe, jogo os dados da partida, e pensa que a ganhou a batalha. A verdade, é que, ele mexeu com as forças conservadoras e não esperava que essas reagissem. A reação foi imediata, mesmo tentando mediar o caso entre o ministro e os marinheiros, não havia mais volta, as cartas foram postas, o motivo para justificar o golpe estava determinado, a defesa da legalidade. Assim, o país enfrentar os 20 anos de ditadura militar.

Assim, o sistema populista inverter os meios e os fins, tática e estratégica, ideologia e realidade. Contudo, nunca defendendo a ruptura do sistema. Apesar do golpe aparentar ser uma medida militar, na verdade, é uma base de manobra da classe média, e mais uma vez, a solução política da crise brasileira resulta da dependência estrutural. Podendo entender-se o Golpe Militar como uma ruptura com os políticos populistas ou como a impossibilidade de novas formas de política populista. Gomes defende a tese de que o golpe militar de 1964, não tinha como alvo o populismo, mas medo de que esse não conseguisse se adaptar e assim manter-se no poder, ou seja, medo de que a elite perdesse o poder. Segundo Weffort, existiam afinidades entre o populismo dos demagogos e o reformismo nacionalista de 1964. Assim, nos últimos anos do governo de João Goulart, pode-se afirma que houve uma ideologia de substituição, foi um período de crise na hegemonia das classes dominantes, que resume o que se passou em todo o período populista. Um período de crise hegemônica, em que o governo agia, para evitar uma revolução popular.