terça-feira, 15 de novembro de 2011

Meu Pai - Meu Herói !!!

Luiz Antonio Tognella, mais conhecido como Dedi Calabrês, nasceu no dia 02/09/1942 - na cidade de Americana (SP), no bairro de Salto Grande.




Filho da Dona Maria Tigani Tognella (popular Dona Mariquinha), do Senhor Alarico Tognella (popular Rico).


Seus avós Materno são: Francesco Tigani (Nono - Italiano Legítimo da região da Calábria - cidade Catanzaro), da dona Maria Anselmo Tigani (Nona - cuja família era da capital italiana).


Seus avós Paterno eram: Luiz Tognella e Dona Judith Tognella Faé.


A ligação sempre foi mais com o lado materno, com a família dos calabrês que eram composta por 7 irmãos: Mariquinha (sua mãe), Domenico Luiz Tigani (Tio Luizinho), Tia Leticia, Tia Nena (Madalena Tigani casada com Skaliche), Tio Tony, Tio Calabrês (Ercílio Tigani), por último Tia Benedita que fora casada com o Aristides Réstio (popular Turcão), ex vereador de Nova Odessa (SP).


Papai com apenas dois anos, perdera o seu pai, vítima de febre amarela em 1945, dona mariquinha minha vó, mulher aguerrida, desde jovem trabalhou para sustentar a família, trabalhou para os Abdalla (Família Rica - cujo Patriarca J.J. Abdalla fora deputado por 6 mandatos, prefeito birigui, seu irmão Nicolau era vereador em Americana).


Com 5 para 6 anos, dona mariquinha casa com o espanhol Antonio Rondon (segundo pai do meu pai, com meu pai amava aquele espanhol que o tinha com filho).


Mudaram para São Paulo, onde depois de Rondon receber um dinheiro vieram para Nova Odessa, então pertecendo para Americana como sub-distrito.


Nesse meio tempo minha família se estabeleceu na cidade, com a dona mariquinha se estabelecendo no ramo de alimentos, dona de uma pensão, onde ficou muito bem de situação na época, nossa família muita conhecida das famílias na cidade, em especial os Azenha onde meu pai, sempre falara que com a ajuda dessa família de descendência Portuguesa, minha vó e meu avô progrediram muito na vida, onde estabeleceu no centro da cidade.


Já nessa época meu pai adolescente, sempre começou a envolver-se na política, estavamos pelos idos de 1962 para 1963 quando a minha avó (toda minha família, mais principalmente dona mariquinha), ajudou a eleger o seu cunhado como vereador na 2ª Legislatura do recém criado município de Nova Odessa (SP).


Vale ressaltar que se hoje, como homem formado, gosta e participa de política devo única e exclusivamente ao meu pai, com quem aprendera a amar e gostar da política, das suas histórias, pois vale ressaltar que minha avó na época da política, sua pensão (restaurante) era rodeado por pessoas como Francisco Amaral, Jamil Gadia, dentre outros políticos da época.


Com o passar do tempo meu pai com amizade com essas duas figuras expoentes da política campineira, começou a entrar na política com corpo e alma, tanto que com o advento do AI-2 com a exclusão do Pluripartidarismo para o Bipartidarismo, ajudou a fundar o MDB (Movimento Democrático Brasileiro), juntamente com o Sr. Izidoro Bordon, Ferruccio Gazzetta, isso era pelo ano de 1966/1967, viviamos um regime de repressão no nosso país.


Nessa mesma época o seu Tio Aristides Réstio (cassado), juntamente com Roberto Finisguerra, Pedro Abel Jankovitz, sobre essa história da cassação, duas pessoas eram testemunha ocular da história, meu pai por ser parente de Turcão e o também falecido amigo (papos histórias políticas), Sr. Diogenes Benedito Gobbo (secretário da câmara e do prefeito de Nova Odessa), na época o Sr. Arthur Rodrigues Azenha.


Com o advento das eleições para Prefeito de 1968, meu pai então com 25 para 26 anos, candidatou-se a vereador, contava com apoio de bastante pessoas, assim como pessoas da família, amigos da época como o Macarrão Gazzetta, Antonio Coimbra, Edson Bazan, mais só que com uma "traição" na época do Turcão, juntamente com o filho do Isidoro Bordon (Amaury Bordon), sua eleição acabou prejudicada, com a derrota da legenda 1 MDB do Isidoro Bordon, para o Ferruccio Gazzetta acabou sendo derrotado, ficando como 2º Suplente da coligação, sobre essa história é um fato curioso e peculiar, que não caberia narrar aqui, devido a tamanha dimensão do fato.


Mesmo com a derrota com a amizade que tinha com a família Gazzetta, acabou sendo convidado para trabalhar como Chefe das Casas Próprias, do então Prefeito no período de 1969/1973 (pegando alguns meses do Prefeito Simão Welsh).


Nesse meio período perde o seu grande amigo, pai (segundo), Antonio Rondon, vítima de um infarto fulminante, em dezembro de 1969.


Nas eleições de 1972 sua família, Turcão, que alcança a primeira suplência do MDB, cuja eleição o seu amigo de Bocha e de longa data, Simão Welsh, ganha com larga soma para Prefeito, tendo como vice o seu amigo Manoel Samartin, a quem meu pai indicou para ser o vice do Simão em 1972, pois Simão na época tinha ido atrás de 2 vices.


Em Julho de 1975 meu pai se casa com a minha mãe, com quem conhecera no Hospital Beneficência Portuguesa, onde minha mãe trabalhou por mais 35 anos, como Técnica de Contabilidade (Encarregada Faturamento).


Em Novembro de 1975 perde sua mãe, sua grande parceira amiga, mulher quem ele mais o admirava.


Dessa união com dona Vita Rosa Tognella (popular preta ou pepê), nasceu Juninho em 1976 (falecido em 1999), Tiago - 1977, Mateus - 1987 (esse que vos escreve).

Sobre a vida do meu pai, ele sempre por trás da política, se tinha duas coisas que ele sempre fez na vida, foi política e jogar baralho (corrida de cavalo, com o grande amigo e irmão Picolé, Dr. José Geraldo Camargo).


Enfim sua vida foi marcada por diversas histórias, passagens, que muitas aprendi, ouvi em várias conversas com o meu pai, meu mestre, quem reverencio até hoje...

Depois em 1976 eleições prefeito de Sumaré, ajudou o seu "velho" amigo Aristides Moranza, a eleger o seu filho Paulo Célio Moranza.


Meu pai como um bom italiano (calabrês), nunca fugiu de uma boa briga, desde que com a razão, isso herdei e aprendi do meu pai, com a razão você vai até as últimas conseqüências, para mostrar que está certo.


Papai ajudou o Moranza em sua eleição, depois "brigou" com o Aristides, mais mesmo assim tinha amizade com o velho Moranza, que fora Prefeito de Sumaré.


Já na década de 80, mais precisamente em 1985, reencontrando um velho amigo em São Paulo, junto com o seu amigo Arino Bassora de Nova Odessa, voltara a ativa na política.


Em 1985 reencontrara com o Sr. Percival Gadia (procurador da república), irmão de Jamil Gadia, grande amigo de papai, que fora 2 deputado estadual, 2 ver. campinas, pres. guarani, da liga campineira, da câmara de campinas.


Foi quem passou o primeiro cabiamento de fio, um dos deputados mais votados em Nova Odessa, pelos idos de 1960, quem meu pai coordenou a sua campanha.

Desse reencontro e São Paulo vivendo umas das eleições mais difíceis da redemocratização, papai fora ser Administrador de Cemitério (Controlador de Agência), do Governo Jânio Quadros, há quem conheceu, assim como João Mellão Neto, amigo do meu pai desde os tempos do governo Jânio.


Lá ele conheceu pessoas como Reynaldo de Barros, Celso Matsuda, enfim várias pessoas, apadrinhado pela amiga da família dona Kalime Gadia (descendente turcos), com quem gostava do meu pai como filho.


Dona Kalime secretária gabinete do Jânio, acompanhou o ex-presidente desde o começo de sua carreira, até a sua morte em 1989.


Depois de 4 anos em São Paulo, meu pai volta a trabalhar em Nova Odessa, com o Manoel Samartin, retornando para São Paulo nos governos de Maluf e Pitta.


Com tudo isso, com essa vida, com sua história, aprendi a amar, viver e a gostar de política.


Por isso me formei em Sociologia !


Enfim devo tudo o que sou hoje a ele, aprendi tudo com ele, muitas histórias, lições de vida, exemplo de pessoa de fibra, de caráter.


Infelizmente meu velho e querido pai, de tantas conversas, conselhos, cafés, almoço (só nós dois), acabou deixando esse mundo, mais os seus ensinamentos ficaram e como ficaram.


Meu pai faleceu no dia 22/10/2011 aos 69 anos de Idade, na sua cidade natal Americana, vítima de Insulficiência Respiratória, DPOC (doença pulmonar obstrutiva crônica), além de broncopneumonia, em virtude do cigarro que fumara por 35 anos, parado há 23 anos quando eu nasci.


Enfim nos deixou de corpo, passou para um outro lado, mais os seus ensinamentos, sua alma, sua lembrança ainda fica no imaginário de todos os seus amigos e entes queridos.


Com certeza lá em cima (céu), como todos falam, há de encontrar os seus velhos amigos e parceiros de outrora como Picolé, Dalico, Jamil Gadia, Geraldo Bordon, Beibe, Cardoso, Mariquinha, Calabresão, Rondon, Reinaldo Alencar Maluf, enfim muitos amigos e familiares que ele gostava.


Por tudo isso vai com Deus papai, descanse em paz...

Do Seu filho raspa de tacho e de toda a sua família !!!

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