terça-feira, 20 de novembro de 2012

19 Novembro - Dia da Bandeira

A bandeira é um símbolo. Ela pode representar um time de futebol, uma instituição, um grupo étnico-cultural, enfim, são várias as ideias que podem ser expressas através de uma bandeira. Seu significado é tão forte, que todos os países possuem sua própria bandeira, aquela que representa a nação e que, por isso, deve ser respeitada. A atual bandeira do Brasil foi instituída quatro dias depois da Proclamação da República. Por conta disso, no Brasil, comemoramos o Dia da Bandeira em 19 de novembro. Parabéns, Bandeira do Brasil, pelo seu dia.


As cores


As primeiras bandeiras da história do homem costumavam representar um grupo sócio-cultural através da imagem de um animal, de um vegetal ou objeto. Com o tempo é que as cores passaram a ter também um significado importante, principalmente após a Revolução Francesa, quando passaram a exprimir a nacionalidade, independente de existirem ou não figuras ou emblemas na estampa.
Antigamente, a escolha das cores se dava de forma arbitrária. Hoje em dia, essa escolha é baseada em fatores religiosos e políticos. A cor vermelha, por exemplo, é geralmente associada a movimentos revolucionários.
No caso da bandeira brasileira, o verde traria à lembrança o primeiro objeto que funcionou como bandeira: os ramos arrancados das árvores pelos homens primitivos em atitude espontânea de alegria. O verde nos remeteria ainda à nossa filiação com a França, à juvenilidade do país e ao imenso mar, literariamente verde nos escritos de José de Alencar.
O amarelo, por sua vez, representaria nossa riqueza mineral e a aventura dos bandeirantes à procura do ouro. De maneira poética, nos levaria à imagem do sol, astro que nos garante condições essenciais de sobrevivência.
Numa homenagem à Nossa Senhora, padroeira de Portugal e do Brasil, o azul, ao lado da cor branca, nos colocaria no esquema de bandeiras latino-americano, onde predominam essas duas cores: azul e branca.
Finalmente, o branco, traduz nossos desejos de paz, nos inclui nas filosofias que enxergam Deus como plenitude do ser e do poder, assim como o branco é a plenitude das cores.

 
Fonte: COIMBRA, Olavo Raimundo. A Bandeira do Brasil: raízes histórico-culturais. Rio de Janeiro: Fundação IBGE, 2000.




As estrelas hoje


Sabemos que para cada estrela de nossa bandeira corresponde um estado brasileiro. Com a criação de novos estados no país, se estabeleceu uma dúvida: continuaria a correspondência? Conforme a Lei número 5.700, de 1º de setembro de 1971, essa correlação não existiria mais. Uma outra lei, no entanto, número 8.421, de 11 de maio de 1992, retificou a anterior, através da seguinte comunicação: a bandeira nacional deve ser atualizada sempre que algum estado da federação for criado ou extinto; os novos estados serão representados por novas estrelas, a serem incluídas, sem que afete a disposição estética original do desenho da primeira bandeira republicana; as que forem correspondentes a estados extintos serão retiradas, permanecendo aquela que represente um novo estado mediante a fusão.
Nessa lei de 1992 consta ainda um anexo, trazendo uma lista dos estados e sua respectiva relação com as estrelas. A informação, portanto, de que essa correspondência estelar não existiria mais, deve ter se tratado de um erro de interpretação da lei de 1971.



 
A polêmica das estrelas


As primeiras bandeiras da história do homem costumavam representar um grupo sócio-cultural através da imagem de um animal, de um vegetal ou objeto. Com o tempo é que as cores passaram a ter também um significado importante, principalmente após a Revolução Francesa, quando passaram a exprimir a nacionalidade, independente de existirem ou não figuras ou emblemas na estampa.
Antigamente, a escolha das cores se dava de forma arbitrária. Hoje em dia, essa escolha é baseada em fatores religiosos e políticos. A cor vermelha, por exemplo, é geralmente associada a movimentos revolucionários.
No caso da bandeira brasileira, o verde traria à lembrança o primeiro objeto que funcionou como bandeira: os ramos arrancados das árvores pelos homens primitivos em atitude espontânea de alegria. O verde nos remeteria ainda à nossa filiação com a França, à juvenilidade do país e ao imenso mar, literariamente verde nos escritos de José de Alencar.
O amarelo, por sua vez, representaria nossa riqueza mineral e a aventura dos bandeirantes à procura do ouro. De maneira poética, nos levaria à imagem do sol, astro que nos garante condições essenciais de sobrevivência.
Numa homenagem à Nossa Senhora, padroeira de Portugal e do Brasil, o azul, ao lado da cor branca, nos colocaria no esquema de bandeiras latino-americano, onde predominam essas duas cores: azul e branca.
Finalmente, o branco, traduz nossos desejos de paz, nos inclui nas filosofias que enxergam Deus como plenitude do ser e do poder, assim como o branco é a plenitude das cores.

Fonte: COIMBRA, Olavo Raimundo. A Bandeira do Brasil: raízes histórico-culturais. Rio de Janeiro: Fundação IBGE, 2000.


O hino à bandeira


Olavo Bilac



Salve, lindo pendão da esperança,

Salve, símbolo augusto da paz.

Tua nobre presença à lembrança

A grandeza da Pátria nos traz.



Recebe o afeto que se encerra

Em nosso peito juvenil

Querido símbolo da terra,

Da amada terra do Brasil!



Em teu seio formoso retratas

Este céu de puríssimo azul,

A verdura sem par destas matas

E o esplendor do Cruzeiro do Sul.



Contemplando o teu vulto sagrado

Compreendemos o nosso dever,

E o Brasil por seus filhos amado,

Poderoso e feliz há de ser.



Sobre a imensa Nação brasileira

Nos momentos de festa ou de dor,

Paira sempre, sagrada bandeira

Pavilhão da justiça e do amor.


Ordem e Progresso
A inscrição “Ordem e Progresso”, na faixa ao centro de nossa bandeira, é a síntese do positivismo, sistema filosófico que surgiu na França no começo do século XIX. Para os positivistas, só é possível afirmar que uma teoria é correta se ela foi comprovada através de métodos científicos válidos. Portanto, desconsideram os conhecimentos relacionados a crenças ou superstições, por exemplo. Assim, o positivismo defende o progresso da humanidade através dos avanços científicos.
Os grandes nomes dessa filosofia em nosso país foram Benjamin Constant, Demétrio Ribeiro, Teixeira Mendes e Miguel Lemos.





Curiosidades

Você sabia que...

 
- uma bandeira em mau estado de conservação não pode ser hasteada. Deve ser entregue a uma unidade militar para ser incinerada no dia 19 de novembro.
- a Bandeira Nacional fica permanentemente hasteada na Praça dos Três Poderes, em Brasília. Na base do mastro, está a seguinte inscrição: “Sob a guarda do povo brasileiro, nesta praça dos três poderes, a bandeira sempre no alto, a visão permanente da pátria”.
- em alguns locais, a bandeira deve ser hasteada todos os dias. São eles: palácio da Presidência da República; residência do presidente; Congresso Nacional; nos ministérios; no Supremo Tribunal Federal; nos edifícios-sede dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário; em repartições consulares; em repartições federais, estaduais e municipais situadas na faixa da fronteira etc. Tradicionalmente, a bandeira é hasteada às 8h da manhã e arriada às 18h. Se ficar hasteada durante a noite, deve estar iluminada.
- Não é permitido hastear bandeira de outro país em terras brasileiras se ao lado não estiver a Bandeira Nacional de igual tamanho e posicionada ao lado direito. A exceção é somente para embaixadas e consulados.


Outras palavras


Não faltam sinônimos para a palavra bandeira, originária do gótico "bandvja" e do latim "bandaria". São eles: auriflama, balsa, bandeirola, emblema, estandarte, flâmula, galhardete, gonfalão, guião, insígnia, lábaro, pálio, pavilhão, pendão e vexilo.
Veja agora o que significa cada uma dessas palavras:
Auriflama - pequeno estandarte de seda vermelha entregue aos reis da França pelo abade S. Dinis.
Balsa - é o estandarte usado pelos templários nas expedições contra os mouros.
Bandeirola - pequena bandeira usada pelos engenheiros quando querem marcar o ponto de um alinhamento.
Emblema - figura ou símbolo.
Estandarte - insígnia militar dos corpos de cavalaria.
Flâmula - tira ou faixa que tem a ponta farpada, sendo colocada no topo dos mastros das embarcações.
Galhardete - bandeira colocada nos mastros para adornar ou sinalizar. Também pode servir de enfeite nas ruas.
Gonfalão - bandeira de guerra com partes que prendem perpendicularmente a uma haste, sob a qual se enfileiravam os vassalos.
Guião - é o estandarte que encabeça as tropas ou procissões.
Insígnia - adorno emblemático de autoridades.
Lábaro - estandarte usado entre os romanos no tempo dos imperadores. Aparece na letra do hino nacional brasileiro.
Pálio - ornamento que o papa concede aos patriarcas e arcebispos e eventualmente as bispos.
Pavilhão - símbolo marítimo de uma nacionalidade.
Pendão - bandeira grande em cruz levada em procissões.
Vexilo - o termo é usado como destacamento militar e o vocábulo vexilalogia é a ciência que estuda das bandeiras como símbolos.


Fonte: http://www.ibge.gov.br/ibgeteen/datas/bandeira/home.html 

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